"O Jubileu representou sempre na vida da Igreja

um acontecimento de grande relevância

espiritual, eclesial e social.

Desde que Bonifácio VIII, em 1300,

instituiu o primeiro Ano Santo –

com recorrência centenária,

passando depois, segundo o modelo bíblico,

a cinquentenária e por fim fixada

de vinte e cinco em vinte e cinco anos –,

Na quinta-feira do Corpo de Deus recordávamos que a Eucaristia instaura uma nova consanguinidade, uma nova familiaridade, uma nova fraternidade entre nós, em Cristo. Os que comem do mesmo Pão e à mesma mesa e os que bebem do mesmo cálice do Sangue de Cristo tornam-se consanguíneos, única família de Cristo, nutrida e reunida à volta da mesa do seu Senhor.  Neste X Domingo do Tempo Comum, é bom pensar que esta família também se afirma e cresce, à mesa da Palavra de Deus. A nova família de Jesus reúne-se, em cada domingo, nesta Casa, à volta de Jesus, para se sentar à mesa da Palavra e à mesa da Eucaristia. E assim nos tornamos irmãos.

Partilhar o Pão, alimentar a esperança. Reconheceram-n’O ao partir do Pão.Este é o lema do Congresso Eucarístico que decorre, em Braga, desde o dia 31 e finaliza neste domingo. Sobre o tema, refletimos já na passada quinta-feira, Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Em estreita ligação, a Liturgia da Palavra deste Domingo aponta para a celebração do Dia do Senhor, ao recordar-nos o preceito do descanso sabático, em memória do repouso de Deus, no último dos sete dias da semana da criação e em memória da libertação do Egipto. Nós, os cristãos, celebramos o domingo, o 1.º dia da semana, em memória viva e semanal da Páscoa do Senhor. De algum modo, o domingo, o 1.º dia da semana alimenta a nossa esperança, porque nos antecipa e remete para o domingo sem ocaso. Para nós, o Domingo cristão supera o sábado dos judeus. É mais do que um dia para o descanso. É o dia do encontro com o Senhor Ressuscitado. Que Domingo seria, para o cristão, aquele no qual lhe viesse a faltar o encontro com o Senhor?!

Esta é uma quinta-feira muito especial, destinada a celebrarmos a memória agradecida do dom da Eucaristia, naquela outra quinta-feira, de feliz memória. A gratidão por este dom do Corpo entregue e do Sangue derramado de Jesus por nós move-nos ao compromisso da partilha do pão e da dádiva do sangue até à última gota! Estamos nas vésperas do 5.º Congresso Eucarístico Nacional, que decorrerá em Braga, de 31 de maio a 2 de junho, subordinado ao tema: “Partilhar o pão, alimentar a esperança. «Reconheceram-n’O ao partir do Pão» (Lc 24,35)”. Que a celebração desta Solenidade e a realização deste Congresso desperte em nós o enlevo eucarístico, o assombro perante o admirável mistério da fé, o imenso tesouro que é a Eucaristia. Ela alimenta a esperança, na medida em que nos transforma e assim transforma o mundo. Ela alimenta a esperança, no mundo novo que há de vir, porque “é um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho” (Ecc. Euch. 19).

Na secção «recursos» publicávamos

habitualmente os guiões das diversas

festas e celebrações da Catequese.

Mantemo-las lá, como arquivo

que pode consultar clicando «aqui».

Nesta publicação partilhamos apenas

os guiões do Ano Pastoral 2023-2024.

Esperamos que sejam úteis e suscitem

não a replicação, mas a inspiração,

para propostas ainda mais criativas.

Iniciamos, celebramos e concluímos todas as nossas orações e também esta celebração da Eucaristia, invocando, sob o sinal da Cruz, a Trindade Santíssima. Fazemo-lo dando glória a Deus Pai, por meio do Seu Filho, na comunhão do Espírito Santo. Fazemo-lo sempre, porque é neste mistério do amor de Deus, que nós somos, vivemos e existimos. Concluído o tempo pascal, celebramos hoje solenemente a Santíssima Trindade. A Santíssima Trindade é este Amor eterno, inesgotável, que une e distingue, sem as separar nem confundir, as três pessoas divinas: o Pai, que enviou ao mundo o Seu Filho; o Filho, que Se entregou ao Pai por todos nós; e o Espírito Santo, que é o Amor transbordante do Pai e do Filho derramado em nossos corações.  Entremos humildemente neste mistério, confessando a nossa fé e os nosso pecados.

Da Páscoa à Ascensão quarenta dias vão. E hoje, em vez de lágrimas na partida e na despedida de Jesus, fazemos Festa. Porque Ele parte para ficar e nós ficamos para partir em missão. Agora o desafio é o de crescermos em humanidade e santidade, para aparecermos e testemunharmos, sem medo, a presença de Cristo em todos os ambientes da nossa vida. Nestes dias, entre a Ascensão e o Pentecostes, não estamos órfãos, porque o Espírito Santo nos assiste e porque Maria está connosco, como esteve com a Igreja nascente. Pelas vezes, em que usurpamos o lugar de Jesus, substituindo em vez de O fazer presente, ou calando-O, por vergonha, em vez de O anunciarmos, com alegria, invoquemos a misericórdia do Senhor.

Completámos hoje 40 dias de celebração da Páscoa do Senhor. Ao longo do tempo pascal, recordamos a Virgem Maria em oração, com a Igreja nascente. Ela foi confiada como Mãe aos discípulos de Cristo, na Hora da Cruz. Na Hora da Cruz, Cristo deu um lugar à Virgem Maria, como ditosa mãe de muitos filhos. Agora, entre a Páscoa e o Pentecostes, vem-nos à memória o que escreveu São Lucas a respeito desse tempo: “os discípulos de Cristo perseveravam unidos na oração, com Maria, Mãe de Jesus” (At 1,14). Este cenário, na Sala do Cenáculo, renova-se em cada Eucaristia. Eis-nos, também nós, reunidos para a oração comum e para a fração do Pão, em comunhão com a Virgem Santa Maria, que invocamos como Nossa Senhora da Hora. Fazemo-lo, ainda com a memória viva do Dia da Mãe e neste mês de Maio, Mês de Maria. Preparemos o nosso coração, para fazer dele, como o de Maria, uma digna morada para o Seu Filho.

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