Levantámo-nos, saímos de casa, das nossas coisas e da nossa vida, e caminhámos ao encontro desta mesa, na nossa Casa comum, para nos fortalecermos com o Pão dos peregrinos. Atraídos pelo Pai, viemos com alegria ao encontro do Senhor. Jesus é então o nosso Pão e o nosso Caminho, é o nosso Guia e Companheiro. Partilhamos esta intimidade itinerante com todos os peregrinos, migrantes e refugiados, que estão no centro da oração e da atenção da Igreja nesta semana, que lhes é especialmente dedicada: é a quinquagésima segunda (52.ª) Semana nacional das Migrações, subordinada ao tema: “Deus caminha com o Seu Povo”.
Não está recesso o pão da multiplicação do passado domingo! O dom do maná, do pão descido do Céu, renova-se hoje mesmo, em cada Eucaristia. Por isso, vimos ao encontro de Jesus. A nossa fome da verdadeira Vida atrai-nos para o Alimento que dura para a vida eterna. Às vezes, esta busca de Jesus é uma procura errante e errada, procurando n’Ele mais um pão para comer do que um sentido para viver.O Senhor convida-nos a não esquecer que, se é necessário preocuparmo-nos pelo pão, é ainda mais importante cultivar a relação com Ele, fortalecer a nossa fé n’Ele, que é o «pão da vida», que veio para saciar a nossa fome de verdade, a nossa fome de justiça, a nossa fome de amor. Que esta Eucaristia nos ensine a procurar tanto o dom como o doador.
Na velhice., não me abandones! (cf. Sal 71, 9)
São Marcos, o evangelista deste ano litúrgico, foi de férias. E temos agora cinco domingos, em que somos guiados pelo IV Evangelho, para nos alimentarmos com o muito que sobrou da partilha dos cinco pães e dois peixes.Neste Domingo, por ser o último de julho, celebramos o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos (4DMAI). O tema escolhido pelo Santo Padre, "na velhice não me abandones" (cf. Sl 71, 9), pretende destacar como a solidão é, infelizmente, a amarga companheira na vida de muitos idosos, que muitas vezes são vítimas da cultura do descarte. A solidão e o descarte dos idosos não são inevitáveis, mas o fruto de escolhas erradas que não reconhecem a dignidade infinita de cada pessoa. Celebremos esta Eucaristia, agradecendo também ao Senhor os cinco pães e os dois peixes, com que os avós e idosos podem alimentar a nossa vida: a sabedoria, os afetos, os sonhos, a memória e o testemunho de fé, o amor gratuito e a oração. Eles são aqueles preciosos pedaços de pão, deixados na mesa da nossa vida, que nos podem alimentar com a fragrância da memória e da misericórdia.
«Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco» (Mc 6,31)! É Cristo, o Bom Pastor, que Se compadece de nós, Seus discípulos missionários, e nos leva a descansar, nos conduz e nos prepara a mesa da abundância. Aqui reconforta a nossa alma. Vamos, na escuta da Sua Palavra e ao abrigo da Sua presença, celebrar o domingo do nosso repouso, da nossa paz e da nossa alegria no Senhor! Manifestemos a consciência de que todos somos ovelhas e todos temos necessidade de um Bom Pastor que cuide de nós.
Neste Domingo, na Igreja Catedral do Porto, quatro jovens serão ordenados presbíteros. Julho é o mês das ordenações na nossa Diocese e em outras dioceses do País. Por isso, são muitas as comunidades cristãs que celebram o dom do sacerdócio ministerial, também na comemoração do aniversário de ordenação dos seus párocos. Neste Domingo, em que o Senhor chama a Si os Apóstolos e, a partir de Si, os envia aos outros, rezemos especialmente pelos sacerdotes e pela sua missão: pelos que estão a começar e pelos que estão a concluir, pelos que estão felizes e pelos que atravessam crises e sofrimentos no seu ministério. Deixemo-nos interpelar pela Palavra de Deus, que nos chama à presença e ao encontro do Senhor e, a partir daí mesmo, nos envia ao encontro dos que mais precisam de uma cura de silêncio, de escuta, de presença, de afeto.
Com todos e para o bem de todos:
Este é o lema para o ano pastoral de 2024-2025,
na Diocese do Porto.
Um mote fortemente marcado
pela Celebração do Jubileu de 2025.
O Plano aponta para três objetivos: