Conferência São Vicente Paulo e In Manus Tuas
Conferência de São Vicente de Paulo de Nossa Senhora da Hora 2021/2022
A CARIDADE DIZ RESPEITO A TODA A COMUNIDADE
A Conferência de São Vicente de Paulo é o grupo mais antigo da Paróquia. Trabalha em rede social, sem perder de vista o específico da Caridade Cristã e o carisma vicentino. Neste momento, a Conferência Vicentina apoia 53 famílias, entre as quais se contam 12 crianças.
INTEGRAR A MORTE NO HORIZONTE DA VIDA!
O Grupo In Manus tuas (Nas tuas mãos) promove a oração no velório e a qualificação das celebrações exequiais, através do acolhimento, do canto, da leitura da Palavra de Deus. São missionários da esperança.
"A pergunta sobre a morte é a pergunta sobre a vida, e manter aberta a pergunta sobre a morte, talvez, seja a maior responsabilidade humana para manter aberta a pergunta sobre a vida” (Papa Francisco).
A partir de novembro de 2018, a Paróquia conta com este grupo, que se denomina “In Manus Tuas” («Nas Tuas mãos»). O nome recolhe a sua inspiração na frase bíblica (Lc 23,46; Sl 31,6) de Jesus na Cruz («Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito») e serviu de lema episcopal a Dom António Francisco dos Santos, que queremos assim homenagear. A missão deste grupo é ajudar as famílias em situação de luto, acolhendo, acompanhando e rezando, com elas, desde logo no velório que tem lugar na capela mortuária. Será um sinal da presença da comunidade que sabe chorar com quem chora, sofrer com quem sofre, exercitando pela oração a virtude da esperança cristã. A sua presença junto da família pode ajudar também o pároco a tornar mais pessoal e familiar a celebração exequial, com elementos da história de vida, que sejam sinais de Deus, sementes do Verbo ou desafios de esperança.
Um dos propósitos, na sequência do Ano da Misericórdia, é responder à necessidade de um maior cuidado pastoral, por ocasião da morte. Precisamos de valorizar os gestos de acolhimento, de presença e de proximidade, de oração e de acompanhamento das pessoas, em situações de luto. A Igreja não pode alhear-se dos seus filhos, em situações tão dolorosas, como é esta, “quando a morte crava o seu aguilhão” (cf. Papa Francisco, Misericórdia et Misera, n.º 15; Amoris laetitia, n.ºs 253-258). “Por isso, exorto a que animemos de maior espírito pascal as celebrações exequiais e formemos um grupo de oração que acompanhe os velórios e aqueles para quem o luto é mais difícil” (Pe. Amaro Gonçalo, Homilia, 2.11.2017). Destacamos duas ações e as respetivas boas e más práticas:
Acompanhar o luto
Más práticas:
+ Dizer frases rotineiras sem conteúdo, por não se saber manter o silêncio e o abraço.
+ Generalizar: «mais cedo ou mais tarde toca a todos»; «um dia todos nós teremos de ir».
+ Interpretar a morte em termos fatalistas: «todos temos um destino».
Boas práticas:
+ Promover a aceitação da morte.
+ Estar atento às necessidades concretas, respeitando ritmos, melhoras e retrocessos no processo de elaboração do luto.
+ Permitir que a pessoa desafogue os seus sentimentos, sejam eles quais forem, mesmo absurdos e sem sentido.
Humanizar os ritos
Más práticas:
+ Evitar os ritos por serem questões tradicionais.
+ Impor ritos que não tenham significado para os participantes, caindo em «fazer teatro» ou puro formalismo.
+ Impedir a participação das crianças nos ritos.
Boas práticas:
+ Preparar os ritos, personalizando-os na justa medida, respeitando a sua dimensão repetitiva.
+ Fomentar a participação de todas as pessoas protagonistas, nos momentos em que os ritos o preveem.
+ Utilizar símbolos significativos para os participantes, impedindo que sejam meros formalismos frios.