Alegrai-vos, sempre no Senhor. Exultai de alegria. O Senhor está perto. Tão perto e tão próximo, tão discreto e tão humilde, tão simples e tão nosso, que até podemos nem dar pela Sua presença e pela sua ação salvadora no meio de nós. João Batista está escandalizado, sente-se defraudado com a pequenez e a humildade do Messias, que não exibe a força da imagem ou do poder, para nos convencer ou converter. Precisamos, por isso, como ele, de redescobrir o presente de Deus, nos dons de cada dia, nos sinais mais humildes: há os que passam a ver a vida com outros olhos, há os que se erguem e levantam do chão, há os pobres felizes a quem é anunciada a Boa Nova. O Messias está aí. O Presente vem a caminho. Vale a pena arriscar.

Abraça o presente de Natal: é Cristo vivo. Com este apelo, abraçámos, no 1.º domingo do advento, o presente como uma surpresa e fomos desafiados a um presente original. Com este mesmo apelo, fomos chamados, no início desta 2.ª semana do Advento a abraçar o presente como um Rebento, cuidando das nossas raízes. Hoje é Maria, a Virgem, a Toda Santa, concebida sem pecado o original, que nos ensina a abraçar o presente original do Natal, que é Cristo vivo, mesmo quando este abraço nos traz algum embaraço.

João Batista é agora a voz que clama no deserto: «preparai os caminhos do Senhor, endireitai as suas veredas». E isto – pelos vistos – não vai com falinhas mansas ou palavras de circunstância. Ele aponta para o machado já posto à raiz das árvores e, por isso, dirá ele, ‘toda a árvore que não dá bom fruto será cortada e lançada ao fogo’. Ora, nós sabemos que aquilo que a árvore tem de flor e de fruto vive do que tem escondido nas suas raízes. Por isso, neste Domingo, queremos aprender a cuidar das raízes, atentos à palavra de Isaías: “sairá um ramo do tronco de Jessé e um rebento brotará das suas raízes” (Is 11,1-10).

Abraça o presente de Natal: é Cristo vivo”. Não há Natal sem presentes. E não há presentes como os de Natal. Ao iniciar o nosso caminho do Advento, em direção ao Natal de Jesus Cristo, nós abraçamos a vinda de Cristo, como o Presente por excelência deste presente que nos é dado viver, entre a memória da Sua primeira vinda há mais de dois mil anos e a expetativa da Sua vinda gloriosa no final dos tempos. Somos desafiados, no presente, a abraçar Cristo vivo, como o Presente de Natal. Para que Ele, tu e todos nós façamos parte dos presentes. É este o Presente de Natal que nos cabe abraçar, como Maria e Isabel, pois este “é o abraço de quem se acolhe mutuamente no amor, de quem partilha o Evangelho da Vida em carne viva”.

Abraça o presente. O presente é Cristo vivo. Do alto da Cruz, Ele oferece-nos de presente e já hoje um presente sem prazo de validade: a vida eterna. Do alto da Cruz, Ele confia-nos como presente o Seu Reino. E, junto à Cruz, no discípulo amado, o mais novo, podemos ver a imagem de cada jovem, os jovens do mundo inteiro, que são o agora de Deus. Abracemos estes belos presentes, nesta Solenidade de Cristo Rei, que o Papa Francisco quer que seja celebrado também como Dia Mundial da Juventude. Preparemo-nos para acolher a grandeza e a beleza dos presentes de Deus, nesta Eucaristia em que Jesus Se faz dom e Se faz presente no meio de nós.

Jovens, catequistas e animadores desafiam-te:

JMJ 2023: Abraça este presente!

Celebramos hoje o 6.º Dia Mundial dos Pobres. São de esperança e confiança as palavras do Profeta Malaquias, que denuncia os soberbos e malfeitores e anuncia o raiar do sol de justiça e da salvação, para quantos honram o seu nome de filhos de Deus. Deus não dorme e os pobres são os seus eleitos! Na sua Mensagem para este dia, o Papa Francisco lembra-nos o exemplo de Jesus, “que sendo rico, Se fez pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza” (2 Cor 8, 9). E recorda-nos como, desde o princípio, a celebração da Eucaristia e o compromisso com os mais pobres caminham de mãos dadas.  Deixemos então que a Palavra de Deus nos interpele a abraçar o presente, não com medo e desconfiança, mas de braços abertos ao testemunho e sempre prontos para o trabalho.

Novembro traz consigo o problema da morte e, com ela, as grandes questões da vida. E a Liturgia da Palavra projeta hoje sobre nós a luz e a esperança da ressurreição, que celebramos em cada domingo, em cada Eucaristia! Concluímos hoje a Semana de Oração pelos Seminários, pedindo ao Senhor que não falte, à Igreja e ao mundo, o testemunho de vida dos padres, cuja escolha com sabor da eternidade é já um sinal da vida nova da Ressurreição.

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