Mais um passo no caminho para a Páscoa. Saímos do poço de Jacob, para dar um saltinho à piscina de Siloé. Depois de bebermos da Fonte de água viva, no encontro de Jesus com a Samaritana, somos hoje conduzidos, como o cego, à fonte luminosa, que é Jesus Cristo, Luz do mundo! Hoje celebramos o 4.º domingo da Quaresma, o Domingo da Alegria. Mas este é também o dia do Pai,  do pai de cada um de nós, de todos os pais que, neste mundo, são a sombra do Pai celeste. Rezemos por eles e com todos eles.

Entramos no coração da Quaresma. Mergulhamos agora nas profundezas do nosso Batismo. Somos provocados, deste este 3.º domingo até ao 5.º domingo da Quaresma, por três encontros com Cristo, no caminho para a Páscoa. Revemo-nos na Samaritana, que encontra em Cristo a fonte de água viva, no cego de nascença que encontra em Jesus a luz da vida e em Lázaro, cuja morte e ressurreição anuncia já a vitória da Páscoa. É evidente a relação dos Evangelhos com os temas batismais da água, da luz e da vida.Hoje é a vez de saborearmos o encontro de Jesus com a Samaritana: ela representa-nos na nossa situação de pecado e no desejo de felicidade, na necessidade profunda e radical de salvação! 

Do Monte das Tentações subimos com Jesus ao Monte da Transfiguração. Do ponto de partida, no domingo passado, somos agora levados a contemplar a meta. É todo um caminho de transformação, para fazer vir à luz a graça da nossa filiação divina. Aceitemos o convite de Jesus, que nos chama a caminhar com Ele, para nos oferecer um banho de luz, que nos ajude a ver, para lá do caminho da Cruz, a meta da Ressurreição. Reunidos ao abrigo da Sua tenda, somos animados e fortalecidos com a luz e a força de Deus, para seguirmos em frente, neste caminho de transformação. Que esta Eucaristia nos ajude a escutar a Palavra do Filho, a entrar na nuvem da Sua glória e a abraçar com gratidão o presente da nossa filiação divina.

Abraça o presente da Páscoa. É Cristo vivo. Agarrado a Ele, viverás”.  Com este lema pastoral, iniciamos juntos, o nosso caminho quaresmal e sinodal com Cristo para a Sua Páscoa gloriosa. A meta é a nossa transformação pascal, a nossa transformação pessoal e eclesial. Hoje estamos juntos, no ponto de partida. Estamos e vamos com Cristo ao deserto, lugar do silêncio e da escuta da Palavra, lugar da privação e da tentação, lugar da grande solidão humana e da comunhão intensa com o Senhor. O deserto quaresmal é esse lugar interior onde somos desafiados a renunciar ao pecado e a escolher o caminho da vida. Se queremos abraçar o presente da Páscoa, que frutifica na Cruz do Senhor, renunciemos o presente envenenado do pecado, para seguirmos Jesus, na gloriosa liberdade dos filhos de Deus.

Abraça o Presente da Páscoa. É Cristo vivo. Agarrado a Ele, viverás”. Com este lema, iniciamos juntos, nesta Quarta-Feira de Cinzas, o nosso caminho quaresmal para a Páscoa, que é o centro de todo o ano litúrgico. Em pleno processo sinodal, somos desafiados a abraçarmos juntos este caminho da subida, que requer esforço, sacrifício e concentração, mas fazemo-lo com os olhos postos na meta; fazemo-lo na esperança dos melhores frutos de vida nova, que brotam da nossa comunhão com a Páscoa do Senhor. Queremos que este caminho para a Páscoa seja o caminho da nossa renovação pessoal e comunitária, o caminho da nossa transformação pascal em Cristo. Reunimo-nos hoje em assembleia, porque queremos fazer este caminho juntos, com os companheiros de viagem que Deus pôs a nosso lado. Deixemo-nos, pois, conduzir por Cristo, à parte e ao alto, abracemos o Caminho da Cruz até à Luz da Páscoa, rompendo com a mediocridade e as vaidades. Abraçados à Cruz de Cristo, alcançaremos o presente da Páscoa. Agarrados a Ele, viveremos!

Continuamos, com Jesus, no alto da montanha. Passo a passo, Jesus convida-nos a ir sempre mais alto e mais além, no caminho do amor. Um caminho de não violência, num amor sem limites! É difícil resistir ao terramoto interior que as Suas palavras fazem estremecer dentro de nós, sobretudo depois de uma semana de tantas e tristes revelações, que nos abalaram! Mais do que querer dar a volta ao texto, deixemos que o texto nos dê a volta a nós. E reconheçamos diante do Senhor que, a única saída limpa para a Igreja passa pelo caminho da santidade.

Subimos, uma vez mais, à montanha, para escutar Jesus. Saímos de nossas casas e viemos até aqui, até ao altar de Deus, para escutar a Palavra de Seu Filho e acolher a Sua presença no nosso coração. Continuamos a escutar o longo ensinamento de Jesus aos Seus discípulos, no chamado Sermão da Montanha. A Palavra de Deus, desde a 1.ª leitura, põe-nos hoje diante de escolhas: “o fogo e a água, o bem e o mal, a vida e a morte” e podíamos dizer “a indiferença ou a compaixão, o descarte ou o cuidado dos irmãos”. “O que cada um escolher, isso lhe será dado” (Sir 15,17). Ainda marcados pelo contexto do Dia Mundial do Doente, nós queremos escolher o amor pela vida (cf. Dt 30,15.19), a compaixão, o cuidado dos irmãos (cf. Lc 10,25-37), como opção de liberdade.

Jesus olha para nós, aqui reunidos à Sua volta. E diz-nos quem somos e o que espera de nós! «Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo». Parece-nos um exagero! Mas Jesus acredita em nós. Mesmo pequenos e pobres, podemos transformar a Terra e iluminar o mundo! Chamados a ser sal da terra, reconhecemos que muitas vezes perdemos o gosto e a alegria de sermos cristãos. Chamados a ser luz do mundo, nós reconhecemos que muitas vezes esta luz não irradia, mas se esconde ou se apaga.

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