Salve 2023, Ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo! De Cristo vivo, o mesmo ontem hoje e por toda a eternidade (Hb 13,8). Nós Te saudamos Ano Novo de 2023. Nós Te saudamos, Ano Novo, com os olhos postos no Menino Deus, ao colo de Maria, Sua Mãe. Ele é Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, e por isso, nós entramos no Ano Novo, deixando-nos olhar, abraçar e guiar por Maria, a quem aclamamos hoje, como Santa Mãe de Deus. Nós Te saudamos Ano Novo de 2023, com os olhos postos na pressa dos pastores, que acorrem ao Presépio, para o encontro pessoal com Cristo vivo e sentimos, como eles, que há «pressa no ar», neste dia inaugural do Ano Novo de 2023, Ano da Jornada Mundial da Juventude. Nós Te saudamos Ano Novo de 2023, neste 56.º (quinquagésimo sexto) Dia Mundial da Paz, com os olhos postos em Cristo vivo, o Príncipe da Paz, daquela Paz que o mundo não pode dar a si mesmo, mas que Deus Pai nos concedeu, enviando o seu Filho ao mundo. Nesta oitava do Natal, os nossos corações voltam-se para Belém, onde ressoa o primeiro choro do Príncipe da Paz. Na realidade, enquanto nos é dado o Príncipe da paz, ventos de guerra continuam a soprar, gelados, sobre a humanidade. Neste Dia, rezemos, juntos, de mãos dadas e mais intensamente pela Paz.

Abraça o presente de Natal. É Cristo vivo. Com este desafio, chegámos depressa e com a pressa de Maria e dos Pastores a esta celebração anual do Natal do Senhor. Não para fazer de conta que o Menino Jesus nasce, por magia, neste dia 25 de dezembro. Não sequer é nosso propósito, fazer uma festa de anos ao Menino, a troco de um conto de meninos que, por sinal, parece ter envelhecido e ganhou barbas brancas na figura do Pai Natal. Não. Não é esse o nosso Natal. Nós celebramos o Natal de Jesus, em cada ano, porque tal acontecimento inaudito, pelo qual Deus veio até nós e assumiu a nossa humanidade, não pertence ao passado. Tem lugar no hoje e no aqui da nossa vida. Não é mais um aniversário que se repete. É um acontecimento que se renova em cada pessoa, que vem a este mundo, criada à imagem e semelhança de Deus, e por isso, capaz de amar e digna de ser amada, de ser abraçada pelo Seu amor.

A oito dias da celebração do nascimento de Jesus, multiplicam-se os votos e desejos de boas festas, preparam-se e partilham-se tantos presentes. E renascem, à volta da chamada «magia do Natal», os sonhos de um tempo novo, de uma vida nova, de uma humanidade mais fraterna, de um mundo de paz. A Liturgia deste Domingo faz-nos entrar, não na falsa magia do Natal sentimental, mas no sonho de Deus, que, por sinal, precisa de nós e do abraço do nosso sim, para entrar neste mundo. Vai ser intérprete dos nossos sonhos, José, o esposo da Virgem Maria, que passa a vida a sonhar, para conhecer e realizar os sonhos de Deus, a Sua vontade.   

Alegrai-vos, sempre no Senhor. Exultai de alegria. O Senhor está perto. Tão perto e tão próximo, tão discreto e tão humilde, tão simples e tão nosso, que até podemos nem dar pela Sua presença e pela sua ação salvadora no meio de nós. João Batista está escandalizado, sente-se defraudado com a pequenez e a humildade do Messias, que não exibe a força da imagem ou do poder, para nos convencer ou converter. Precisamos, por isso, como ele, de redescobrir o presente de Deus, nos dons de cada dia, nos sinais mais humildes: há os que passam a ver a vida com outros olhos, há os que se erguem e levantam do chão, há os pobres felizes a quem é anunciada a Boa Nova. O Messias está aí. O Presente vem a caminho. Vale a pena arriscar.

Abraça o presente de Natal: é Cristo vivo. Com este apelo, abraçámos, no 1.º domingo do advento, o presente como uma surpresa e fomos desafiados a um presente original. Com este mesmo apelo, fomos chamados, no início desta 2.ª semana do Advento a abraçar o presente como um Rebento, cuidando das nossas raízes. Hoje é Maria, a Virgem, a Toda Santa, concebida sem pecado o original, que nos ensina a abraçar o presente original do Natal, que é Cristo vivo, mesmo quando este abraço nos traz algum embaraço.

João Batista é agora a voz que clama no deserto: «preparai os caminhos do Senhor, endireitai as suas veredas». E isto – pelos vistos – não vai com falinhas mansas ou palavras de circunstância. Ele aponta para o machado já posto à raiz das árvores e, por isso, dirá ele, ‘toda a árvore que não dá bom fruto será cortada e lançada ao fogo’. Ora, nós sabemos que aquilo que a árvore tem de flor e de fruto vive do que tem escondido nas suas raízes. Por isso, neste Domingo, queremos aprender a cuidar das raízes, atentos à palavra de Isaías: “sairá um ramo do tronco de Jessé e um rebento brotará das suas raízes” (Is 11,1-10).

Abraça o presente de Natal: é Cristo vivo”. Não há Natal sem presentes. E não há presentes como os de Natal. Ao iniciar o nosso caminho do Advento, em direção ao Natal de Jesus Cristo, nós abraçamos a vinda de Cristo, como o Presente por excelência deste presente que nos é dado viver, entre a memória da Sua primeira vinda há mais de dois mil anos e a expetativa da Sua vinda gloriosa no final dos tempos. Somos desafiados, no presente, a abraçar Cristo vivo, como o Presente de Natal. Para que Ele, tu e todos nós façamos parte dos presentes. É este o Presente de Natal que nos cabe abraçar, como Maria e Isabel, pois este “é o abraço de quem se acolhe mutuamente no amor, de quem partilha o Evangelho da Vida em carne viva”.

Abraça o presente. O presente é Cristo vivo. Do alto da Cruz, Ele oferece-nos de presente e já hoje um presente sem prazo de validade: a vida eterna. Do alto da Cruz, Ele confia-nos como presente o Seu Reino. E, junto à Cruz, no discípulo amado, o mais novo, podemos ver a imagem de cada jovem, os jovens do mundo inteiro, que são o agora de Deus. Abracemos estes belos presentes, nesta Solenidade de Cristo Rei, que o Papa Francisco quer que seja celebrado também como Dia Mundial da Juventude. Preparemo-nos para acolher a grandeza e a beleza dos presentes de Deus, nesta Eucaristia em que Jesus Se faz dom e Se faz presente no meio de nós.

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