Liturgia e Homilias na Festa da Sagrada Família 2023
Destaque

Vamos com alegria. Vamos todos a Belém”. Mas hoje temos de continuar a viagem, acompanhando a Sagrada Família, na sua primeira peregrinação ao Templo de Jerusalém, para a apresentação do Menino Jesus. É um dos belos mistérios da infância de Jesus, um dos mistérios da alegria, mas onde se desenha já a sombra da Cruz, onde se anuncia já a espada de dor, que trespassará o coração de Maria. Tal acontecerá quando o Filho, oferecido pelos pais, Se oferecer ao Pai por todos nós.  A alegria do amor em família, que se vive em Nazaré, é também escola de sabedoria, para a nossas famílias, sempre a caminho. Celebremos esta Festa da Sagrada Família, neste domingo dentro da oitava do Natal, pois o mistério da Encarnação, tem lugar no seio de uma família da humilde da periferia de Nazaré, onde Jesus crescia e se robustecia, enchendo-se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele. Esteja com as nossas famílias também.

 

 

Homilia na Festa da Sagrada Família 2023 | Forma mais breve

I.Vamos com alegria. Vamos todos a Belém. Neste Domingo da Sagrada Família, somos chamados a anunciar, a celebrar e a viver a alegria do amor em família. Como escreveu Leon Tolstoi: “a verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família”. E o Papa Francisco é perentório na sua Exortação Apostólica: “A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja” (AL 1).

II. Que alegria do amor é esta? Como podemos alcançá-la, guardá-la, protegê-la?

1. A alegria do amor em família é a alegria de estarmos e de caminharmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros, no caminho da vida. A família é o lugar onde nós valemos pelo que somos, não pelo que fazemos ou pelo salário que ganhamos; na família, corremos juntos, mas não concorremos entre nós, a não ser na caridade, procurando cada um fazer sempre mais e mais pelos outros. 

2. A alegria do amor em família é a alegria de crescermos juntos. Na família, cada pessoa alegra-se com o bem e o crescimento do outro. Na família, ninguém se alegra com o fracasso do outro, porque não há lugar para a competição, mas sim para a cooperação. A família deve ser sempre o lugar onde cada pessoa, que consegue algo de bom na vida, sabe que ali, em casa, se vão congratular e alegrar com ela.

3. A alegria do amor em família é a alegria do perdão, da misericórdia e da compaixão. Não há famílias perfeitas. Não há o amor-perfeito, o casal perfeito, os filhos perfeitos. A família é uma realidade imperfeita, inacabada, sempre em caminho, em construção, em reparação, Por isso, os ingredientes desta alegria são a paciência do amor, a misericórdia do perdão, o cuidado dos outros, a humildade e a sabedoria para harmonizar as diferenças. Os casais saibam que não podem esperar um do outro aquele amor-perfeito que só Deus pode dar e, por isso, devem deixar de esperar do outro aquilo que é próprio apenas do amor de Deus. Trata-se, pois, de um caminho da amizade, que impele os esposos a cuidarem um do outro, a ajudarem-se mutuamente, invocando todos os dias “o amor nosso de cada dia”. Se falta este amor de Deus, seja no casal, seja entre pais e filhos, entre netos e avós, a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos, apaga-se a alegria.

III. Esta alegria do amor em família precisa de cuidados intensivos e permanentes, porque uma coisa muito pequenina tanto pode despertar uma grande alegria, como pode causar um terramoto! Convém, por isso, cuidar sempre da alegria do amor, na atenção aos pormenores, que, em casal ou em família, são sempre «por-maiores», e fazê-lo com pequenas atenções, com gestos simples, cuidando dos pequenos detalhes das relações marido-esposa, pais e filhos, avós e netos. E, para isso, importa muito aprender a falar e a escutar todas as vozes do coro, desde os mais novos aos mais velhos, para que todos se sintam reconhecidos e envolvidos na construção de uma família feliz. O Papa Francisco costuma recomendar-nos três palavras-mágicas, que não podemos deixar de dizer e de pôr em prática, todos os dias, para cuidar desta alegria do amor em família: “obrigado”, “desculpa” e “por favor”. Ditas no momento certo, estas três palavras-chave protegem e alimentam, dia a dia, a alegria do amor em família.

IV. Avancemos, famílias. Continuemos a caminhar, com alegria, animando-nos uns aos outros! Que esta alegria do amor em família se torne o júbilo da Igreja e a esperança de um mundo novo!

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Homilia na Festa da Sagrada Família 2023 | forma mais longa

 

I. Vamos com alegria. Vamos todos a Belém. Mas hoje temos de continuar a viagem, acompanhando a Sagrada Família, na sua primeira peregrinação ao Templo de Jerusalém. Na verdade, o mistério do Natal, o mistério da Encarnação, tem lugar no seio de uma família humilde da periferia de Nazaré, onde Jesus crescia e se robustecia, enchendo-se de sabedoria.

II. No contexto da nossa caminhada, neste Domingo da Sagrada Família, somos chamados a anunciar, a celebrar e a viver a alegria do amor em família. Como escreveu Leon Tolstoi: “a verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família”. E o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica é perentório: “A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja” (AL 1). Que alegria do amor é esta? Como podemos alcançá-la, guardá-la, protegê-la?

1. A alegria do amor em família é a alegria de estarmos e de caminharmos juntos!A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, aquela alegria que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros, no caminho da vida. A família é o lugar onde nós valemos pelo que somos e não pelo que fazemos ou pelo salário que ganhamos; na família, corremos juntos, mas não concorremos entre nós, a não ser na caridade, procurando cada um fazer sempre mais e mais pelos outros.

2. A alegria do amor em família é a alegria de crescermos juntos. Na família, cada pessoa alegra-se com o bem e o crescimento do outro, reconhecendo a sua dignidade, apreciando as suas capacidades e as suas obras. Na família, ninguém se alegra com o fracasso do outro, porque não há lugar para a competição, mas sim para a cooperação. Na família, quando alguém vê que a vida do outro lhe está a correr bem, vive isso com enorme alegria e dá glória a Deus. A família deve ser sempre o lugar onde cada pessoa, que consegue algo de bom na vida, sabe que ali, em casa, se vão congratular e alegrar com ela.

3. A alegria do amor em família é a alegria do perdão, da misericórdia, da compaixão. Não há famílias perfeitas. Não há o amor-perfeito, o casal perfeito, os filhos perfeitos. A família é uma realidade imperfeita, inacabada, sempre em caminho, em construção, em reparação, Por isso, os ingredientes desta alegria são a paciência do amor, a misericórdia do perdão, a humildade e a sabedoria para harmonizar as diferenças. Os casais saibam que não podem esperar um do outro aquele amor-perfeito que só Deus pode dar e, por isso, devem aprender a desiludir-se um do outro, a deixar de esperar do outro aquilo que é próprio apenas do amor de Deus. É preciso aceitar, por exemplo, que o matrimónio não é “amor e uma cabana”; a alegria do amor conjugal alcança-se, como o vinho bom, graças aos tempos de calor e de frio, de sol e de chuva. Ela resulta de uma combinação necessária de alegrias e fadigas, de tensões e repouso, de sofrimentos e libertações, de satisfações e buscas, de aborrecimentos e prazeres. Trata-se, pois, de um caminho da amizade, que impele os esposos a cuidarem um do outro, a ajudarem-se mutuamente, invocando todos os dias da graça de Deus “o amor nosso de cada dia”. Se falta este amor de Deus, seja no casal, seja entre pais e filhos, entre netos e avós, a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos, apaga-se a alegria.

III. Queridas famílias: Esta alegria do amor em família precisa de cuidados intensivos e permanentes, porque uma coisa muito pequenina tanto pode despertar uma grande alegria, como pode causar um terramoto! Convém, por isso, cuidar sempre da alegria do amor, na atenção aos pormenores, que, em casal ou em família, são sempre «por-maiores», e fazê-lo com pequenas atenções, com gestos simples, cuidando dos pequenos detalhes das relações marido-esposa, pais e filhos, avós e netos. E, para isso, importa muito aprender a falar e a escutar todas as vozes do coro, desde os mais novos aos mais velhos, para que todos se sintam reconhecidos e envolvidos na construção de uma família feliz. O Papa Francisco costuma recomendar-nos três palavras-mágicas, que não podemos deixar de dizer e de pôr em prática, todos os dias, para cuidar desta alegria do amor em família: “obrigado”, “desculpa” e “por favor”. Ditas no momento certo, estas três palavras-chave protegem e alimentam, dia a dia, a alegria do amor em família.

IV. Avancemos, famílias, porque todas as famílias, à imagem da Sagrada Família, são, ao mesmo tempo, sagradas e imperfeitas. Continuemos a caminhar, com alegria, animando-nos uns aos outros! Que esta alegria do amor em família se torne o júbilo da Igreja e a esperança de um mundo novo!


 

 

 

 

 

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