Iniciamos, celebramos e concluímos todas as nossas orações e também esta celebração da Eucaristia, invocando, sob o sinal da Cruz, a Trindade Santíssima. Fazemo-lo dando glória a Deus Pai, por meio do Seu Filho, na comunhão do Espírito Santo. Fazemo-lo sempre, porque é neste mistério do amor de Deus, que nós somos, vivemos e existimos. Concluído o tempo pascal, celebramos hoje solenemente a Santíssima Trindade. A Santíssima Trindade é este Amor eterno, inesgotável, que une e distingue, sem as separar nem confundir, as três pessoas divinas: o Pai, que enviou ao mundo o Seu Filho; o Filho, que Se entregou ao Pai por todos nós; e o Espírito Santo, que é o Amor transbordante do Pai e do Filho derramado em nossos corações. Entremos humildemente neste mistério, confessando a nossa fé e os nosso pecados.
Da Páscoa à Ascensão quarenta dias vão. E hoje, em vez de lágrimas na partida e na despedida de Jesus, fazemos Festa. Porque Ele parte para ficar e nós ficamos para partir em missão. Agora o desafio é o de crescermos em humanidade e santidade, para aparecermos e testemunharmos, sem medo, a presença de Cristo em todos os ambientes da nossa vida. Nestes dias, entre a Ascensão e o Pentecostes, não estamos órfãos, porque o Espírito Santo nos assiste e porque Maria está connosco, como esteve com a Igreja nascente. Pelas vezes, em que usurpamos o lugar de Jesus, substituindo em vez de O fazer presente, ou calando-O, por vergonha, em vez de O anunciarmos, com alegria, invoquemos a misericórdia do Senhor.
Completámos hoje 40 dias de celebração da Páscoa do Senhor. Ao longo do tempo pascal, recordamos a Virgem Maria em oração, com a Igreja nascente. Ela foi confiada como Mãe aos discípulos de Cristo, na Hora da Cruz. Na Hora da Cruz, Cristo deu um lugar à Virgem Maria, como ditosa mãe de muitos filhos. Agora, entre a Páscoa e o Pentecostes, vem-nos à memória o que escreveu São Lucas a respeito desse tempo: “os discípulos de Cristo perseveravam unidos na oração, com Maria, Mãe de Jesus” (At 1,14). Este cenário, na Sala do Cenáculo, renova-se em cada Eucaristia. Eis-nos, também nós, reunidos para a oração comum e para a fração do Pão, em comunhão com a Virgem Santa Maria, que invocamos como Nossa Senhora da Hora. Fazemo-lo, ainda com a memória viva do Dia da Mãe e neste mês de Maio, Mês de Maria. Preparemos o nosso coração, para fazer dele, como o de Maria, uma digna morada para o Seu Filho.
A nossa Páscoa continua. E o segredo da Páscoa é o Amor mais forte do que a morte. Jesus mostra-nos, na sua Páscoa, a vitória do Amor que vence a morte e chega ao extremo de dar a vida por quem se ama. Somos fruto deste amor de Deus. E somos chamados a dar fruto no amor, pelo amor aos irmãos. Neste primeiro domingo de Maio, celebramos o Dia da Mãe. Agradeçamos ao Senhor, porque nascemos como fruto bendito do amor, do ventre da nossa mãe bendita. E agradeçamos a Maria, a Bendita entre todas as mulheres, por nos dar Jesus, o fruto bendito do seu ventre. Preparemos o nosso coração, para fazer dele, como o de Maria, a morada do Senhor.
Liturgia e Homilias no V Domingo da Páscoa B 2024
24 abril 2024Continuamos a celebrar a grande e a maior revolução da nossa história da salvação, que é a Páscoa de Cristo, a Páscoa da nossa liberdade e da nossa libertação. Somos filhos e herdeiros, somos instrumentos e frutos desta revolução maior do amor, mais forte que o pecado e a morte. Enraizados em Cristo, como ramos na videira, somos chamados a falar abertamente a todos de Jesus, com coragem intrépida, com ousadia, sem medo, desassombradamente, porque na verdade o Senhor, que interceta o caminho da nossa vida, converte-nos em seus discípulos missionários.