Liturgia e Homilias no VIII Domingo Comum C 2025
27 fevereiro 2025Olhar e falar. Duas dimensões da nossa vida que estão hoje sob o juízo da Palavra de Deus. No centro, é claro, está o coração. Um coração que vê. Um coração que fala ao coração. O coração de Deus ecoa na Palavra e ressoa em nossos corações. Quando nos fala, é o coração de Deus que transborda! Ponhamo-nos à escuta, deixando vibrar nas cordas do coração o timbre desta Palavra, para que ela possa frutificar na nossa vida. No silêncio do coração, acolhamos a Palavra do Amor e o fruto do seu amor, na entrega de Jesus ao Pai por nós.
Liturgia e Homilias no VII Domingo Comum C 2025
20 fevereiro 2025Jesus sobe a parada e a escalada do amor, com este desafio: «Amai os vossos inimigos»! É bem alta a medida da vida cristã comum, que todo o discípulo é chamado a viver. Trata-se agora de amar, não apenas quem é diferente de nós, mas também de amar quem nos ofende ou é contra nós. Perante a loucura deste amor sem medida, deste perdão gratuito, desta dádiva sem recompensa, sentimo-nos pequeninos e suplicamos a Jesus que nos dê o que nos pede. Na medida em que nos deixarmos amar por Ele é que poderemos amar como Ele nos amou e mandou. Invoquemos e deixemo-nos transformar pela sua misericórdia e pelo Seu perdão.
Liturgia e Homilias no VI Domingo Comum C 2025
6 fevereiro 2025No Jubileu da esperança, a Palavra de Deus, que hoje temos a felicidade de escutar, é um verdadeiro Hino à esperança. A esperança de que somos peregrinos tem as suas flores brancas, nas asperezas do caminho. A esperança é a virtude teologal (forjada por Deus), pela qual desejamos não apenas uma vida melhor, mas a vida eterna como nossa felicidade. As bem-aventuranças elevam a nossa esperança para o céu, como nova Tema Prometida e traçam-nos o caminho através daquelas provações que, desde sempre, aguardam os discípulos de Jesus. Deixemo-nos atrair pela felicidade que Cristo nos propõe e saibamos por nas suas promessas toda a nossa esperança. Aqui e agora, somos felizes porque convidados para o banquete do Reino. Vistamos o traje de festa, o coração simples e pobre, e confessemos ao Senhor a pouquidão da nossa curta esperança!
Liturgia e Homilias no V Domingo Comum C 2025
6 fevereiro 2025Cristo morreu, foi sepultado, ressuscitou, apareceu. Este é o coração da nossa fé, o «núcleo» da nossa esperança. A esperança cristã consiste precisamente nisto: face à morte onde tudo parece acabar, através de Cristo e da sua graça que nos foi comunicada no Batismo, recebe-se a certeza de que «a vida não acaba, apenas se transforma», para sempre. Sepultados com Cristo no Batismo, recebemos n’Ele, ressuscitado, o dom duma vida nova, que derruba o muro da morte. A morte torna-se uma passagem para a vida eterna: esta é a meta para a qual tendemos na nossa peregrinação terrena (cf. Spes non confundit, 20). Diante do Senhor, reconheçamos humildemente, como Isaías, como Paulo, como Pedro, a nossa pequenez e o nosso pecado, para que o Senhor nos tome, transforme e envie como testemunhas da Sua Ressurreição.
Liturgia e Homilias na Festa da Apresentação do Senhor 2025
30 janeiro 2025Há oito dias, tínhamos os olhos fixos em Jesus, a iniciar o seu ministério na Galileia. Jesus apresentava-se então, na sinagoga de Nazaré, como o Messias, que cumpria, em plenitude, a esperança dos pobres e inaugurava o Grande Jubileu, o Ano da Graça do Senhor. Neste domingo, 2 de fevereiro, completam-se 40 dias depois do Natal. Por ser uma Festa do Senhor, ela goza de precedência sobre o IV Domingo Comum. “Puxámos a fita atrás”, e voltamos àquele outro encontro, em que Jesus é apresentado por Maria e José, no Templo de Jerusalém. Aí é acolhido de braços abertos; aí é aclamado e reconhecido como o Messias esperado, a Luz das Nações. Simeão e Ana, que há tanto tempo esperavam o Messias, são para nós, o testemunho de quem mantém acesa a chama viva da esperança, que não engana. Por isso, hoje benzemos estas velas, pedindo ao Senhor que o nosso coração se mantenha, como o de Simeão e Ana, desperto na esperança, como uma tocha sempre acesa!