Em tempo de calor e de férias, a Liturgia da Palavra ensina-nos hoje a cultivar a hospitalidade, o acolhimento cordial, pessoal e pastoral. A hospitalidade generosa de Abraão – que escutaremos na 1.ª leitura – configura-se como uma liturgia do acolhimento, uma festa da alegria do encontro à mesa. A hospitalidade de Marta e de Maria – no Evangelho – mostra-nos que a qualidade do acolhimento não está tanto na qualidade do prato, mas na escuta ativa.A nós, como a Abraão e aos discípulos de Emaús, compete-nos estar atentos e dizer: «Senhor, não passeis adiante, sem parar... sem ficar connosco» (Gn 18,3; Lc 24,29)... porque todos precisamos de«pão para restaurar as forças e podermos continuar o caminho».  

Com o verão a aquecer e as férias à porta, o Evangelho faz-nos parar na beira da estrada. Não para ficarmos à sombra, mas para nos fazer olhar e estender a mão a quem mais precisa. A parábola do bom samaritano exalta a compaixão de um estrangeiro e denuncia a indiferença de dois homens, ligados ao culto do templo de Jerusalém. O rosto de Cristo está aí, hoje refletido tanto no pobre que geme, como no samaritano, que vai ao encontro de todos os homens, atribulados no corpo ou no espírito e derrama sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança».  

Peregrinos da Cidade Santa, peregrinos de esperança, exultamos de alegria ao entrar na Casa do Senhor. Aqui experimentamos a ternura de Deus, no coração da Igreja, nossa mãe. Aqui procuramos e encontramos a Paz que vem de Deus e que Cristo nos oferece, colocando-Se no meio de nós. Preparemos o nosso coração, porque precisamos de construir a paz a partir de nós mesmos, pacificando o nosso coração, retirando dele todo o ódio, todo o ressentimento, toda o desejo de vingança, que ali lançam as suas raízes.

Em dia de Domingo, o primeiro da semana, celebramos a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo. “Estes são os Apóstolos que durante a sua vida na terra plantaram a Igreja com o seu sangue, beberam o cálice do Senhor e tornaram-se amigos de Deus” (Ant. Entrada)! Numa mesma Solenidade, a Igreja celebra o martírio de Pedro, apóstolo e de Paulo, doutor dos gentios. Ambos trabalharam, cada um segundo a sua graça, para formar a única família de Cristo. A Igreja neles alicerçada celebra em festa o dom generoso das suas vidas. E proclama as maravilhas de Deus.

Peregrinos de esperança, eis-nos a celebrar a Eucaristia. Jesus, que Se faz nosso Companheiro de viagem, peregrino no meio de nós, convida-nos a esta «pausa» no meio do caminho. Ele faz-se Pão e Vinho, para que façamos d’Ele o nosso Caminho. Durante o Ano jubilar somos desafiados a acolher o dom da indulgência, que brota do coração de Cristo trespassado na Cruz, como de uma nascente, para nos lavar a todos do pecado e da impureza (cf. 1.ª leitura). 

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