Liturgia e Homilias no XXXIV Domingo Comum B 2024
21 novembro 2024Celebramos hoje o último domingo do ano litúrgico, com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. A liturgia convida-nos a contemplar o rosto humano e divino de Jesus, aclamado como o Filho do homem. Ele é o Rei do Universo, mas reina a partir da Cruz, naquele amor com que nos atrai para o Pai. Com Cristo, Rei e Senhor, aprendemos que o poder de Deus não se manifesta no uso da violência armada, mas no amor com que nos acolhe, nos perdoa e abraça a todos. Com Ele aprendemos que reinar é servir. É este o Seu modo de reinar: Ele não reina dominando-nos, mas atraindo-nos no Seu amor.
Liturgia e Homilias no XXXIII Domingo Comum B 2024
15 novembro 2024“A oração do pobre eleva-se até Deus” (Sir 21,5). Este é o pensamento bíblico escolhido pelo Papa Francisco, para a celebração do 8.º Dia Mundial dos Pobres. No contexto do Ano da Oração, e já às portas do Jubileu, “a esperança cristã inclui também a certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre” (Papa Francisco, Mensagem para o VIII DMP, n.º 1). Nós encontramos na oração e, sobretudo na Eucaristia, o alimento do Pão da Vida, que nos dá a força e a coragem, para sair e servir os pobres (cf. Ibidem, 7). Se queremos um mundo novo, como nos anuncia a Palavra de Deus, devemos então começar por oferecer sinais de um futuro melhor, sobretudo a quem mais precisa!
Liturgia e Homilias no XXXII Domingo Comum B 2024
7 novembro 2024«Para Jesus, tudo o que não seja tudo é nada»! Aquele “tudo”, de que ouvíamos falar há oito dias, sobre o amor a Deus, “com todo o coração, com todo a alma, com todo o entendimento e com todas as forças” (Mc 12,31) podemo-lo ver, ao vivo, no testemunho de uma mulher, pobre e viúva, capaz de dar ao Senhor tudo o que tem para viver. Ao concluirmos hoje a Semana de Oração pelos Seminários, compreendemos que só chegaremos a viver verdadeiramente a vida, se nos doarmos com tudo o que somos e temos. Peçamos ao Senhor a graça de lhe oferecermos a vida inteira, de lhe oferecermos também os nossos pecados, para os quais lhe pedimos a abundância da Sua misericórdia.
Liturgia e Homilias no XXXI Domingo Comum B 2024
2 novembro 2024Estes primeiros dias de novembro, com a solenidade de Todos os Santos e a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, fizeram-nos sentir verdadeiramente peregrinos de esperança. Ao iniciarmos hoje a Semana de Oração pelos Seminários, brota do nosso coração peregrino a pergunta do salmista: «Que posso eu esperar» (Sl 39,8)? Olhar o futuro com esperança é próprio daqueles que confiam; é uma resposta a um amor primeiro e último: o amor de Deus. Por isso, olhamos aqueles que ensaiam, diariamente, esta atitude de esperançar; aqueles que esperam pelo discernimento da sua vocação e se abrem à possibilidade de uma continua interrogação, nomeadamente à hipótese da vocação sacerdotal, ainda no seio das suas famílias, nos seminários, no mercado laboral, ou em qualquer outro ambiente ou contexto. Que, nesta celebração da partilha da palavra e da fração do pão, nos sintamos implicados pelo Seu esperar animado e ancorado na permanente questão. Pelas vezes, em que nos entregamos a Deus e ao próximo, a meias, a prazo e sob reserva e condição, peçamos perdão ao Senhor.
Liturgia e Homilias na Comemoração de Fiéis Defuntos 2024
30 outubro 2024Peregrinos de esperança, celebrámos, em primeiro lugar, a bem-aventurança dos santos, de Todos os Santos, que alcançaram a meta e receberam a coroa de glória. É uma multidão de testemunhas, que nos animam nesta peregrinação de esperança, que nos conduz ao encontro com o Senhor. Alguns destes santos têm imagens nos altares das nossas Igrejas, são venerados como exemplo e auxílio para a nossa fragilidade. Mas, entre “Todos os Santos” estarão muitos, cujos restos mortais se encontram neste cemitério, homens santos e mulheres santas, que viveram e conviveram connosco: santos de “ao pé da porta”, que foram nossos familiares, amigos, conterrâneos, da nossa idade e profissão. Entre os fiéis defuntos, muitos esperam a nossa oração e a nossa comunhão, para apressar e intensificar o seu caminho de purificação que os conduza ao Céu. Rezemos todos juntos, vivos e defuntos, uns com os outros e uns pelos outros. Rezemos pelos que partiram antes de nós, confiantes de que também eles intercedem por nós junto de Deus. Somos peregrinos de esperança. Quem espera em Deus sempre O alcança.