Todos discípulos missionários! A liturgia deste domingo “volta à carga” com esta divisa pastoral. É com Amós, que tem de ir pregar para outra freguesia… é com os Doze, que são chamados até Jesus e enviados por Ele em missão. É com o Apóstolo Paulo, que nos recorda que, na base da vocação universal à missão, está a vocação à santidade. Deixemo-nos interpelar pela Palavra de Deus, que nos chama e envia.

Todos discípulos missionários! E somo-lo à imagem do profeta Ezequiel, que se levanta e é enviado a um povo rebelde. E somo-lo à imagem dos discípulos que acompanham Jesus, em missão na sua terra. E somo-lo à imagem de Paulo, que não conta com as suas qualidades ou fraquezas, mas que se apoia na graça de Deus. 

As mulheres abrem-nos o Evangelho”, escreve o Padre Tolentino, o tal padre português que foi escolhido pelo Papa para cuidar dos arquivos do Vaticano. E o Evangelho deste domingo é, a esse título, absolutamente exemplar. Comecemos por reconhecer a nossa miséria e a nossa indigência, para que o Senhor nos cure com o toque da Sua ternura e misericórdia e nos enriqueça com a Sua pobreza, para que tenhamos vida e vida em abundância.

O tempo do verão, com os santos e as festas populares, é muito propício à celebração da festa da vida e da alegria de viver. A Solenidade do Nascimento de São João é, por isso, um estímulo a celebrar o dom da Criação e a saborear os seus frutos mais belos. Alegremo-nos, pois, com o nascimento de João Batista (Lc 1,14). E aprendamos, com ele, «a saltar de alegria» (Lc 1,41)pelo dom da vida. Invoquemos do Senhor a Sua misericórdia.

As parábolas deste domingo desafiam-nos a acreditar no desenvolvimento da boa semente, enquanto o semeador dorme e se levanta. Ao fim de um ano laboral e pastoral, é preciso, não tanto medir os resultados, mas sobretudo saborear os frutos. Deixemos que este tempo, com o Senhor, na Eucaristia, seja o tempo do agir de Deus, que tanto pede a nossa colaboração como a nossa confiança. De coração confiante, invoquemos a sua misericórdia.

A nova família de Jesus reúne-se, em cada domingo, nesta Casa, à volta de Jesus, para se sentar à mesa da Palavra e da Eucaristia. Jesus tem, para todos nós, palavras que nos dão vida. Jesus não nos deixa nunca sem lugar ou sem alimento. Ele acolhe-nos à mesa e dá-nos o Pão. Ele dá-Se no Pão da Eucaristia, para que “a família assim nutrida, seja um dia reunida aos convivas lá do céu” (Sequência Corpus Christi)!

Depois da Quinta-Feira do Corpo de Deus, em que fizemos um pacto, para viver a Eucaristia como o coração do domingo, eis-nos então, de novo, reunidos, para celebrar o dia do Senhor.O domingo cristão não é o sétimo dia, o dia do repouso, mas o primeiro dia da semana, por referência à obra da criação; é o dia de Cristo enquanto dia da ressurreição e da nova criação; este é também o dia da Igreja, em que a comunidade cristã se reúne para escutar a palavra da salvação e participar no dom da vida; este é o dia da pessoa, porque é um dia livre e libertador, para a nossa alegria, para o repouso e para a caridade fraterna. Libertemos o nosso coração do peso do pecado, para vivermos a alegria do encontro com Cristo Ressuscitado.

Esta é uma quinta-feira muito especial, para celebrarmos a memória agradecida do dom da Eucaristia, naquela outra quinta-feira, de feliz e santa memória. A gratidão por este dom do Corpo entregue e do Sangue derramado por nós comove-nos na amizade do Senhor e move-nos ao compromisso de uma vida oferecida pelos outros, até à última gota de sangue!

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