E completámos hoje os 50 dias de Páscoa. Chega hoje à sua plenitude o tempo de Páscoa, desde a Ressurreição de Jesus até à Solenidade do Pentecostes, que hoje celebramos. De facto, o Dom por excelência da Páscoa do Senhor é o Espírito Santo. O Espírito Santo é o Amor de Deus em Pessoa, é a Pessoa divina do Amor, que une o Pai e o Filho e se faz Dom em nós e para nós. O Espírito Santo é o Amor do Pai e do Filho, que extravasa do mais íntimo do coração de Deus e é comunicado e derramado no mundo, na Igreja, no coração de cada pessoa. É o Espírito da Harmonia.

Da Páscoa à Ascensão quarenta dias vão. E hoje, em vez de lágrimas na partida e na despedida de Jesus, fazemos Festa. Porque Ele parte para ficar e nós ficamos para partir em missão. Agora o desafio é o de crescermos em humanidade e santidade, para aparecermos e testemunharmos, sem medo, a presença de Cristo em todos os ambientes da nossa vida. Nestes dias, entre a Ascensão e o Pentecostes, não estamos órfãos, porque o Espírito Santo nos assiste e porque Maria está connosco, como esteve com a Igreja nascente. Pelas vezes, em que usurpamos o lugar de Jesus, substituindo em vez de O fazer presente, ou calando-O, por vergonha, em vez de O anunciarmos, com alegria, invoquemos a misericórdia do Senhor.

Completámos hoje 40 dias de celebração da Páscoa do Senhor. Ao longo do tempo pascal, recordamos a Virgem Maria em oração, com a Igreja nascente. Ela foi confiada como Mãe aos discípulos de Cristo, na Hora da Cruz. Na Hora da Cruz, Cristo deu um lugar à Virgem Maria, como ditosa mãe de muitos filhos. Agora, entre a Páscoa e o Pentecostes, vem-nos à memória o que escreveu São Lucas a respeito desse tempo: “os discípulos de Cristo perseveravam unidos na oração, com Maria, Mãe de Jesus” (At 1,14). Este cenário, na Sala do Cenáculo, renova-se em cada Eucaristia. Eis-nos, também nós, reunidos para a oração comum e para a fração do Pão, em comunhão com a Virgem Santa Maria, que invocamos como Nossa Senhora da Hora. Fazemo-lo, ainda com a memória viva do Dia da Mãe e neste mês de Maio, Mês de Maria. Preparemos o nosso coração, para fazer dele, como o de Maria, uma digna morada para o Seu Filho.

A nossa Páscoa continua. E o segredo da Páscoa é o Amor mais forte do que a morte. Jesus mostra-nos, na sua Páscoa, a vitória do Amor que vence a morte e chega ao extremo de dar a vida por quem se ama. Somos fruto deste amor de Deus. E somos chamados a dar fruto no amor, pelo amor aos irmãos. Neste primeiro domingo de Maio, celebramos o Dia da Mãe. Agradeçamos ao Senhor, porque nascemos como fruto bendito do amor, do ventre da nossa mãe bendita.  E agradeçamos a Maria, a Bendita entre todas as mulheres, por nos dar Jesus, o fruto bendito do seu ventre. Preparemos o nosso coração, para fazer dele, como o de Maria, a morada do Senhor.

Continuamos a celebrar a grande e a maior revolução da nossa história da salvação, que é a Páscoa de Cristo, a Páscoa da nossa liberdade e da nossa libertação. Somos filhos e herdeiros, somos instrumentos e frutos desta revolução maior do amor, mais forte que o pecado e a morte. Enraizados em Cristo, como ramos na videira, somos chamados a falar abertamente a todos de Jesus, com coragem intrépida, com ousadia, sem medo, desassombradamente, porque na verdade o Senhor, que interceta o caminho da nossa vida, converte-nos em seus discípulos missionários.

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