É em família que o povo de Deus começa por celebrar a sua Páscoa! E é para nós um sinal cheio de significado, que o Senhor Jesus queira ter instituído o sacramento da Eucaristia por ocasião de um importante encontro familiar: a Ceia pascal! Deixemo-nos inebriar pelo tesouro mais sagrado que, nesta noite, em família, recordamos e atualizamos à volta da mesa do altar: a Eucaristia. E, com este tesouro, agradeçamos os tesouros sagrados do sacerdócio ministerial, do mandamento novo. Mas glorifiquemos a Deus, especialmente pela beleza da Eucaristia, na qual Jesus, à mesa, Se oferece como o Cordeiro imolado, que sela com o Seu Sangue a nova e eterna aliança.
Irmãos caríssimos: Desde o princípio da Quaresma que fomos desafiados a subir com Cristo a Jerusalém para celebrarmos a Sua Páscoa gloriosa. Quisemos e queremos fazê-lo “todos juntos na arcada aliança”. Hoje, estamos aqui reunidos, para darmos início, em união com toda a Igreja, à celebração do mistério pascal do Senhor, isto é, da Sua Paixão, Morte, Sepultura e Ressurreição. Em Cristo, o Servo Sofredor, no dom da Sua vida até ao fim, cumpre-se a promessa da nova Aliança, à qual Deus é sempre fiel. Foi para realizar o sacrifício da nova e eterna aliança que Jesus Cristo entrou na Cidade Santa de Jerusalém. Por isso, recordando com fé e devoção esta entrada triunfal na Cidade Santa, acompanhemos o Senhor, de modo que participando agora na Sua Cruz, mereçamos, um dia, ter parte da ressurreição. Com os nossos ramos, aclamemos a Cristo Rei e Redentor. Ele é a Testemunha fiel da Verdade e do Amor.
Com este domingo entramos, por assim dizer, no pórtico da Paixão, da Morte e da Ressurreição do Senhor. A «Hora» de Jesus aproxima-se. Ouvi-l’O-emos, em oração, na sua agonia, rezar com clamores e lágrimas, suplicando ao Pai «salva-me desta hora». E vê-l’O-emos, na Hora da sua glorificação, ser lançado à terra, como o grão de trigo, que morre, para dar muito fruto! Elevado na Cruz, Jesus atrairá todos a Si. Percorremos, ao longo desta Quaresma, as grandes etapas da história do Povo de Deus e das sucessivas alianças. E, neste domingo, escutaremos a promessa de uma “nova aliança”. Assim, a relação entre Deus e o seu povo não se reduzirá mais a um contrato escrito nas tábuas da lei, mas será uma aliança inscrita no coração novo! E o coração novo é um coração purificado, recriado, renovado e transformado pelo amor de Deus!
«Com coração de pai» (Patris Corde = PC) são as primeiras palavras da Carta Apostólica que o Papa Francisco nos ofereceu, no passado dia 8 de dezembro, para nos propor, desde então, um Ano inteiro dedicado a São José. É um modo de assinalar os 150 anos da Declaração de São José, como padroeiro universal da Igreja Católica, feita pelo Papa de então, o Beato Pio IX, em 8 de dezembro de 1870. Faz hoje precisamente 5 anos que o Papa assinou a Exortação Apostólica sobre “A alegria do amor em família” (dita em latim, «Amoris laetitia»). Para valorizar as perspetivas pastorais deste documento, inaugura-se hoje o “Ano Famílias «amoris laetitia»”, que só terminará a 26 de julho do próximo ano. São José, pai na sombra, inspira também este Dia do Pai. É ocasião para celebrarmos toda a paternidade humana, na qual se esconde e se revela a paternidade divina. Dêmos, pois, graças a Deus, pelo pai de cada um de nós, esteja ele entre nós ou vivo no céu. Invoquemos a misericórdia do Pai que está nos Céus.
Todos juntos na Arca da Aliança. Estamos a celebrar o 4.º domingo da Quaresma, o domingo «laetare», o domingo que traz o convite à alegria, porque o exílio e o confinamento não duram sempre; alegria porque a misericórdia de Deus é sempre maior que o nosso pecado; alegria porque o perdão é um dom capaz de fazer uma nova criação; alegria porque as trevas da noite dão lugar à luz mais clara que o dia. Alegria porque, nesta subida a Jerusalém, cheira já a Páscoa. Por esta alegria, a Liturgia da Igreja alivia do roxo para se vestir hoje de cor-de-rosa.
Todos juntos na Arca da Aliança. É a partir da Aliança entre Deus e o Seu Povo, que se compreende o Decálogo. É a partir desta Aliança, que se entendem as «Dez Palavras», que nos habituámos a designar por 10 Mandamentos. O Decálogo é o Documento da Aliança, o compromisso fundamental entre Deus e o Seu Povo. Precisamente, na Arca estavam guardadas as duas tábuas de pedra, as Tábuas da Aliança ou Tábuas do Testemunho.
Todos juntos na Arca da Aliança. No primeiro domingo da Quaresma, fomos conduzidos aos primórdios da Criação e entrámos com Noé na arca, confinados numa quarentena, para cuidar da vida e regenerar a humanidade. Com Noé descobrirmos o tesouro da nossa Casa Comum. Neste segundo domingo da Quaresma, vamos até às raízes mais antigas da nossa fé, até às origens do Povo de Deus. E aí encontramos a figura patriarcal de Abraão. Ele tornou-se «nosso pai na fé» e nós fazemos parte da sua descendência incontável. Por isso, nesta Eucaristia, queremos evocar e agradecer os que nos precederam na fé (Abraão, Moisés e Elias) e nos guiaram até Jesus, que é a Palavra definitiva do Pai na nossa história Queremos evocar e agradecer aqueles que estão nas raízes da nossa vida e nos transmitiram a fé, para estabelecermos com eles uma verdadeira aliança de gerações.
Breve apresentação da Caminhada da Quaresma à Páscoa
com imagens elucidativas do que nos é proposto.