Neste início do ano pastoral, a Liturgia da Palavra vem recordar-nos que é precisa uma santa astúcia, uma esperteza evangélica, na causa da Boa Nova e do Reino. Trata-se de uma fidelidade criativa, que saiba propor o Cristo de sempre aos homens e mulheres de hoje, abrindo assim janelas de futuro, na missão da Igreja. Na mesma fidelidade à memória viva da Páscoa do Senhor, encontramo-nos aqui para celebrar o domingo, na alegria dos batizados. Comecemos por reconhecer que, sem Ele, não sabemos sequer o que fazer! E, desde já, “ergamos para o Céu as nossas mãos santas, sem ira nem contenda” (cf. 2.ª leitura).

Regressamos e fazemos festa na Casa do Pai. É a alegria do encontro ou do reenc0ntro. Uma alegria que só é completa quando encontrarmos aquele ou aquela que falta e que é preciso procurar até encontrar.

O país regressou a casa, o ano escolar está à porta e setembro é o mês de todos os recomeços, também nesta comunidade. Em Portugal, a campanha eleitoral está na rua, com os políticos à pesca, nas praças e nas múltiplas redes sociais e de comunicação. Esperam-se, agora, os afamados banhos de multidão e até o tempo promete. Bem vistas as coisas, já não é nada como no tempo de Jesus, que não quer multidões de iludidos, mas discípulos e homens livres; promete cortes e não reversões. Perante a escalada da sua exigência, sentimos a prisão dos nossos pecados e invocamos a sua misericórdia.

A humildade é o estilo de Deus. E a gratuidade a sua marca. À mesa e à conversa com os convivas, Jesus introduz-nos, de novo, na sabedoria dos humildes e dos simples, na escola da humildade e da gratuidade, de que Ele próprio é o exemplo mais sublime. À mesa da Palavra, acolhamos o seu apelo e a sua presença de amor dado, sem troco nem preço.

Esforçai-vos por entrar pela porta estreita” (Lc 13,24)! É este o espírito de Jesus, que não nos define o número exato dos eleitos, mas nos indica o caminho da salvação. A nós, que O escutamos e aqui comemos e bebemos com Ele, Jesus adverte-nos, que é preciso validar o bilhete de entrada, no banquete do Reino, com o esforço da caridade.

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