Tende temor, mas não tenhais medo! Esta Palavra vem despertar a nossa confiança no amor e no temor do santo nome de Deus, nestes tempos difíceis de pandemia. “Não tenhais medo” é um refrão que se repete hoje, por três vezes, no Evangelho, mas que a Bíblia declina como um refrão, por 365 vezes, para que o medo não nos domine, não nos paralise e não nos contagie. Para vencer o medo, ponhamos, desde já, a nossa confiança no Senhor, que é Pai de todos e cuida de cada um de nós, com desvelo total e amor infinito. Confiemos-Lhe todas as nossas preocupações, porque Ele tem cuidado de nós. Aproximemo-nos d’Ele, com toda a confiança do coração.

Somos um reino de sacerdotes, uma assembleia santa, um povo sacerdotal. Quando nos reunimos, em assembleia, para celebrar a Eucaristia, ativamos este sacerdócio comum dos fiéis, que recebemos de graça, no Batismo. Pelo Batismo, tornamo-nos membros deste Povo sacerdotal, que é chamado a fazer da sua vida um dom de amor, um sacrifício de louvor a Deus, pela salvação dos irmãos. Pelo Batismo, participamos deste sacerdócio de Jesus, unindo-nos, em Eucaristia, ao dom que Ele mesmo faz da Sua vida ao Pai por nós. Pelo Batismo, somos todos chamados pelo nome próprio, resgatados pelo mesmo amor e enviados em missão, para dar de graça aos outros, o que de graça recebemos do Senhor.

 

Belo é este dia de quinta-feira, em que celebramos a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. De algum modo, voltamos ao acontecimento de uma outra quinta-feira, a Quinta-Feira Santa. Na noite em que ia ser entregue, Jesus reuniu-Se no Cenáculo com os Apóstolos. E, à volta da mesa, ofereceu-Se, nos dons do Pão e do Vinho, pelos quais Se faz Corpo dado e Sangue derramado por nós.

 

Aqui vimos, aqui estamos, para participar da Eucaristia, não em nosso nome, não a título pessoal, mas acolhidos, de graça, no seio da Santíssima Trindade. Desde o nosso Batismo, vivemos toda a nossa vida mergulhados nesta fonte eterna e inesgotável do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É desse mistério imenso de amor que vimos; é nesse imenso mistério de amor que somos, nos movemos e existimos. É para esse infinito mistério de amor que caminhamos. Cremos que esse amor de Deus se manifesta e se comunica, aqui e agora, no dom e na aceitação de cada um, na partilha da Palavra e do Pão, na comunicação e na participação dos dons de Deus.

 

Aqui vimos, aqui estamos, para participar da Eucaristia, não em nosso nome, não a título pessoal, mas acolhidos, de graça, no seio da Santíssima Trindade. Desde o nosso Batismo, vivemos toda a nossa vida mergulhados nesta fonte eterna e inesgotável do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É desse mistério imenso de amor que vimos; é nesse imenso mistério de amor que somos, nos movemos e existimos. É para esse infinito mistério de amor que caminhamos. Cremos que esse amor de Deus se manifesta e se comunica, aqui e agora, no dom e na aceitação de cada um, na partilha da Palavra e do Pão, na comunicação e na participação dos dons de Deus.

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