Ano novo, vida nova! Confiamos o 1.º dia do ano civil e o ano novo de 2020 à proteção da Virgem Maria, que aclamamos hoje como Mãe de Deus. Este é também o (quinquagésimo terceiro) Dia Mundial da Paz. Nesta Oitava do Natal, o Evangelho recorda-nos a circuncisão e a imposição do nome: “Deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo antes de ter sido concebido no seio materno” (Lc 2,21). O nome exprime a singularidade de cada um, o caráter original e irrepetível da cada pessoa. Todos somos filhos de Deus. Todos somos fruto do pensamento amoroso de Deus. Deus conhece, ama e chama a todos e a cada um pelo próprio nome. Vamos acender estas velas, recordando que no coração de Deus estão inscritos os nossos nomes.

Neste dia da Festa da Sagrada Família, o apóstolo Paulo recorda-nos a nossa vocação universal à santidade e algumas características da santidade no contexto da vida familiar. Este ano, gostaria de focar especialmente a nossa atenção sobre o matrimónio cristão, como caminho de santidade. E deixo, para os 12 meses do ano, 12 caminhos para a vocação à santidade, específica dos esposos.

Todos aqui nascemos”. “A festa de hoje renova para nós o sagrado início da vida de Jesus, nascido da Virgem Maria. E, enquanto adoramos o Nascimento do nosso Salvador, celebramos realmente também o nosso nascimento. Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão: o Natal da Cabeça (que é Cristo)é também o Natal do Seu Corpo (que somos nós, a sua Igreja)” (cf. São Leão Magno, Sermão 6 do Natal do Senhor). Podíamos dizê-lo de outro modo: ao plantar-se neste mundo a videira verdadeira, que é Cristo, nascem e renascem com Ele, como os ramos, os filhos e filhas da humanidade inteira.

O Natal que se aproxima está também ele já marcado com o sinal da cruz, com a dor, o sofrimento, a rejeição. Este sinal marca a vida de Jesus desde o berço à Sua entrega na Cruz. Este é distintivo da nossa vida cristã. Este é o sinal. Diante dos outros batizados, este sinal é o atestado comum da minha inserção no mesmo Corpo, em virtude do Batismo comum.

Depois da figura feminina e acolhedora de Maria, a Imaculada, sinal da preparação radical, o Advento coloca-nos diante da figura masculina e austera de João, o Batista. O sobrenome dado a João tem uma clara razão de ser: foi ele que batizou Jesus, no Jordão. Como mensageiro que vai à frente, hoje pode iluminar o compromisso dos pais e dos padrinhos, como guias, testemunhas e companheiros, no caminho iniciado no Batismo. No dia do Batismo, foi-lhes dito: “A vós pais e padrinhos se confia o encargo de velar por esta luz, para que os vossos pequeninos, iluminados por Cristo, vivam sempre como filhos da luz, perseverem na fé e, quando o Senhor vier, possam ir ao seu encontro com todos os Santos, no reino dos céus” (Ritual do Batismo, n.º 64).

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