Nestes dias, em que os mais pequeninos (as crianças e os pobres) são os destinatários das prendas e das maiores atenções do Natal que se aproxima, é bom não perder de vista o caminho para Belém, pois Jesus é a “Estrela que guia o meu coração; é a Estrela que ilumina o meu chão”. Neste caminho, deixemo-nos guiar pela esperança, essa virtude-menina, a exemplo de Maria, a Virgem Peregrina. Ela percorre um caminho de gestação e de esperança, pois leva no seu seio o Menino Deus, que Se faz Homem, fonte da nossa esperança. Com o Seu exemplo, a Virgem Maria incita-nos a sairmos de casa, da nossa zona de conforto, para levarmos às periferias do nosso mundo, aos mais sós e distantes, a Esperança do mundo, Cristo, nosso Senhor.
Alegres na esperança, vivemos este domingo da alegria, na grande expetativa do Natal, que já se aproxima. Formulamos os nossos votos de Natal, sonhamos as prendas a dar e a receber, talvez até façamos alguns propósitos de melhoria nas nossas atitudes. A Palavra e o testemunho de João Batista ajudam-nos a não criar expetativas enganadoras, de uma vida facilitada, mas a alargar e a alegrar os horizontes da nossa esperança, a viver da confiança segura de que o Senhor está connosco, está no meio de nós, para o que der e vier, aconteça o que acontecer. Podemos contar com Ele, para manter viva a chama da esperança, que agora aumenta na luz que se acrescenta à coroa do Advento.
«Tu és a Estrela. E eu sou o peregrino.Com todos e para o bem de todos». Com este lema, continuamos a percorrer o caminho da esperança, que nos conduzirá à celebração do Natal e ao início do Grande Jubileu do ano 2025. Somos todos peregrinos de esperança. E esta grande e ditosa esperança tem um exemplo perfeito, uma testemunha singular: Maria, a Mãe de Jesus. O Advento é o tempo por excelência de Maria, a Virgem da espera. Ela esperou com inefável amor a vinda do Salvador. Celebremos esta Solenidade da Imaculada Conceição, olhando para Maria, como Estrela da Manhã, Estrela do Mar, Estrela da Esperança.
Um filme breve. Uma grande missão
Irmãos e irmãs: Iniciamos hoje um caminho ao encontro do Deus Menino, que Se manifestará a todos no Presépio de Belém. Somos peregrinos, como Maria e José, como os Pastores, como os Magos, ao encontro do Salvador, que vem até nós. Cada um de nós, pode dizer hoje a Jesus, que veio, vem e há-de vir: “Tu és a Estrela. Eu sou o peregrino”. Não caminhamos sozinhos ou às escuras. No meio da noite, guia-nos a luz da esperança. Por isso, no início do novo ano litúrgico, vamos benzer esta Coroa [Estrela], com que inauguramos o tempo do Advento. As suas luzes lembrar-nos-ão que Cristo é a Luz do mundo. A cor verde significa a vida e a esperança. A Coroa [Estrela] do Advento é, pois, um símbolo de que a luz e a vida triunfarão sobre as trevas e a morte, porque o Filho de Deus fez-se Homem e deu-nos a verdadeira vida. Ao acender, semana após semana, os quatro círios, queremos significar a nossa progressiva preparação parareceber aLuzdo Natal. Porisso, hoje, 1.º Domingo do Advento, abençoamos esta Coroa (Estrela] e acendemos o primeiro círio.
Celebramos hoje o último domingo do ano litúrgico, com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. A liturgia convida-nos a contemplar o rosto humano e divino de Jesus, aclamado como o Filho do homem. Ele é o Rei do Universo, mas reina a partir da Cruz, naquele amor com que nos atrai para o Pai. Com Cristo, Rei e Senhor, aprendemos que o poder de Deus não se manifesta no uso da violência armada, mas no amor com que nos acolhe, nos perdoa e abraça a todos. Com Ele aprendemos que reinar é servir. É este o Seu modo de reinar: Ele não reina dominando-nos, mas atraindo-nos no Seu amor.
“A oração do pobre eleva-se até Deus” (Sir 21,5). Este é o pensamento bíblico escolhido pelo Papa Francisco, para a celebração do 8.º Dia Mundial dos Pobres. No contexto do Ano da Oração, e já às portas do Jubileu, “a esperança cristã inclui também a certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre” (Papa Francisco, Mensagem para o VIII DMP, n.º 1). Nós encontramos na oração e, sobretudo na Eucaristia, o alimento do Pão da Vida, que nos dá a força e a coragem, para sair e servir os pobres (cf. Ibidem, 7). Se queremos um mundo novo, como nos anuncia a Palavra de Deus, devemos então começar por oferecer sinais de um futuro melhor, sobretudo a quem mais precisa!
«Para Jesus, tudo o que não seja tudo é nada»! Aquele “tudo”, de que ouvíamos falar há oito dias, sobre o amor a Deus, “com todo o coração, com todo a alma, com todo o entendimento e com todas as forças” (Mc 12,31) podemo-lo ver, ao vivo, no testemunho de uma mulher, pobre e viúva, capaz de dar ao Senhor tudo o que tem para viver. Ao concluirmos hoje a Semana de Oração pelos Seminários, compreendemos que só chegaremos a viver verdadeiramente a vida, se nos doarmos com tudo o que somos e temos. Peçamos ao Senhor a graça de lhe oferecermos a vida inteira, de lhe oferecermos também os nossos pecados, para os quais lhe pedimos a abundância da Sua misericórdia.