Um pobre chamado Lázaro e um rico que nem nome tem. Ambos chegaram ao fim da vida degradados: um pela miséria, outro pela riqueza. Mas nem Lázaro se salvou por não ter nada, nem o rico se condenou por ter muito. O problema é quando o que sobra em riquezas falta em compaixão.
Neste início do ano pastoral, a Liturgia da Palavra vem recordar-vos a palavra-chave, na relação com Deus, nosso sumo e único Bem, e na justa relação com os bens deste mundo: a fidelidade. “A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo”!
Em pleno Ano da Misericórdia, a única parábola (da ovelha perdida no deserto, da dracma perdida em casa, e dos filhos perdidos, um longe e outro dentro de casa), vem avivar-nos esta imagem de Cristo, Rosto da Misericórdia do Pai, que não Se cansa de nos procurar, para nos perdoar e fazer a festa.
Madre Teresa de Calcutá é canonizada, este domingo, pelo Papa Francisco, passados 19 anos, menos um dia, da sua morte, a 5 de setembro de 1997, aos 87 anos. Este é, por certo, o gesto que marcará, mais do que qualquer outro, o Ano da Misericórdia. Esta religiosa está na memória de todos, com a sua figura franzina, vergada por uma existência dedicada ao serviço dos mais pobres entre os pobres, mas sempre repleta de uma energia interior inexaurível: a energia do amor de Cristo.
O Papa Francisco decidiu instituir, na Igreja Católica, o "Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação" que, desde o ano passado, é sempre celebrado no dia 1 de Setembro, tal como já ocorre há muito tempo na Igreja Ortodoxa. De facto, «viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspeto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa» (Laudato Si, 217).
A humildade é o estilo de Deus. E a gratuidade a sua marca. À mesa, e à conversa com os convivas, Jesus introduz-nos, de novo, na sabedoria dos humildes e dos simples, na escola da humildade e da gratuidade, de que Ele próprio é o exemplo mais sublime. À mesa da Palavra, acolhamos o seu apelo e a sua presença de amor dado, sem troco nem preço.
Esforçai-vos por entrar pela porta estreita!É este o espírito olímpico de Jesus, que não nos define o número exato dos eleitos, mas nos indica o caminho da salvação. A nós que O escutamos e aqui comemos e bebemos com Ele, Jesus adverte-nos, que é preciso validar o bilhete de entrada, no banquete do Reino, com o esforço da caridade, nas obras de misericórdia.
O tempo é de luta, pela medalha olímpica e de esperança no troféu da vitória. O tempo é de luta contra a praga dos incêndios e de esperança na transformação do mundo. O tempo é de calor, na terra, e de esperança a arder no céu. A assunção de Maria, no meio de agosto, vem lembrar-nos o céu, como meta da nossa vida e acordar-nos assim para as coisas do alto. Neste meio de Agosto, da terra, do rio e do mar, contemplamos as alturas do céu, a que chegou, em primeiro lugar, Maria, a obra-prima de Deus.