«Ensinar os ignorantes» é a segunda obra de misericórdia espiritual, proposta para esta quinta semana da Páscoa. Será uma obra de misericórdia, em desuso? Na verdade, quem se atreverá a considerar o outro como “ignorante”, sem levar, por resposta defensiva e agressiva, «ignorante és tu!» 

«E Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos»

(Ap 7,17; 21,4)

Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo!

1. Esta é a sexta obra de misericórdia espiritual, que nos propomos viver, nesta terceira semana da Páscoa. Dita assim, ou, na pior tradução, «suportar com paciência as pessoas molestas»,nem parece uma obra de misericórdia! Dá-nos a impressão, à primeira vista, de que já não há nada a fazer, «perante as pessoas molestas» ou aborrecidas, que nos carregam ou sobrecarregam de problemas, que se nos tornam pesadas, difíceis de aturar, de suportar. Mas a paciência de Jesus ressuscitado, com os Seus discípulos, na Sua terceira aparição, e o testemunho alegre dos Apóstolos, perante os ultrajes, ajudam-nos a viver retamente esta obra de misericórdia.

“Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom; é eterna a Sua Misericórdia” (Sl 117/118,1-2).

1.Jesus veio, pôs-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco!». E mostrou-lhes as mãos e o peito” (Jo 20,19-20), mostrou-lhes as Suas chagas. Reconheceram, assim, que não se tratava de uma visão, mas era mesmo Ele, o Senhor, e encheram-se de alegria. Oito dias depois, Jesus veio de novo ao Cenáculo e mostrou as chagas a Tomé, a fim de que as tocasse, como ele pretendia, para poder acreditar e tornar-se, também ele, testemunha da Ressurreição.

 

Irmãos e irmãs: Cristo ressuscitou! «Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a Sua misericórdia. Diga a casa de Israel: É eterna a Sua misericórdia» (Sl 117/118,1-2).

Cristo ressuscitou! Que grande alegria é, para mim, poder fazer-vos este anúncio. Queria que ele chegasse especialmente ali, onde há mais sofrimento, aos lares, aos hospitais, aos abrigos, às prisões, às casas de tantas famílias feridas, pela solidão, pela doença, pelo luto, pela separação, pelo desemprego. 

1.«Cruz da misericórdia»! Foi assim que a designámos, decorámos e construímos, sinalizando-a, com as sete obras de misericórdia corporais, pelas quais tocámos a carne sofredora de Cristo, e revivemos a Sua Paixão, nos irmãos que hoje padecem fome, sede, frio, desabrigo, doença, prisão ou morte.

Pratica a misericórdia com alegria! Felizes os misericordiosos!

E, nesta noite da Última Ceia, não nos faltam exemplos, para o exercício prático da misericórdia, em três dimensões concretas: no serviço, no perdão e na caridade.

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