Liturgia e Homilias no XXII Domingo Comum A (2 e 3 setembro 2017)
Destaque

De regresso a casa e ao trabalho, aqui viemos, neste domingo, para celebrar a Eucaristia, como alimento que alimenta, sustenta e reforça a nossa fé. Somos desafiados por Jesus, a segui-l’O pelo caminho da Cruz ou, no dizer de São Paulo, a oferecermo-nos “como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, como culto espiritual”.  

Homilia no XXII Domingo Comum A 2017

Setembro chegou e, com ele, a vida, a luta e a labuta das nossas famílias, das empresas, das escolas, e até da Igreja, volta, pouco a pouco, à sua normalidade. A partir das leituras, que escutávamos neste domingo, organizemos a nossa reflexão, com base em três atitudes fundamentais: a renunciação ao mal, a profissão de fé em Cristo e a renovação espiritual da nossa vida.

 

1.º A renunciação ao mal! Por ocasião do Batismo, na Festa da Profissão de Fé e na Vigília Pascal, somos desafiados a dizer: “Sim, renuncio”. Não se pode seguir Jesus e o caminho da Sua Cruz, sem renúncia: renúncia a si mesmo, renúncia ao egoísmo, renúncia a viver uma vida orientada unicamente para o sucesso social, para o bem-estar individual, físico e económico. Quando assim é, já não se vive nem se pensa segundo a vontade de Deus, mas segundo a lógica deste mundo. Renunciar é, pois, uma forma de reafirmar a nossa escolha por Jesus Cristo. Não podemos querer andar de bem com Deus e com o Diabo, numa vida cristã um pouco mais ou menos, a meio gás. Quando assim é, tornamo-nos mundanos e acabamos por nos tornar cristãosdiluídos, que perderam aquela alegria e novidade que nos advém do Espírito Santo. Na verdade, deveria ser o contrário: quando em nós permanece viva a força do Evangelho, ela transforma «os critérios de julgar, os valores que contam, as nossas motivações, as formas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida» (EN 19). É muito triste encontrar cristãos diluídos, que se parecem com o vinho aguado, que não se sabe bem se é vinho ou se é água, acabando por não ser coisa nenhuma!

2.º A profissão de fé em Cristo! Só a partir da renúncia ao mal, a Satanás, às suas obras e às suas seduções, é que podemos professar a nossa fé, isto é, dizer de viva voz, com a graça do Espírito Santo, que Jesus é o Senhor, o Único Salvador do mundo. Dizemos “Sim, creio”, com alguma frequência e facilidade, nas nossas celebrações! Mas é preciso dizê-lo aos outros, com a própria vida, mesmo diante daqueles que se riem ou fazem troça da nossa fé. Como o jovem Jeremias, movidos e seduzidos pelo amor de Deus, não podemos cair na tentação de deixar de falar em nome e no Nome do Senhor. Deixemos que o fogo ardente do Espírito Santo nos dê coragem para professar a fé da Igreja, nos âmbitos da família, da escola, do trabalho, da vida pública, social, cultural ou política, ali onde é mais difícil, necessário e urgente o nosso testemunho.

3.º A renovação espiritual da nossa vida! Isto implica uma constante renovação espiritual da nossa mentalidade e da nossa vida concreta. Tão facilmente nos deixamos levar pelo pensamento dominante, pelos modos e modas do tempo que passa! Para isso, desafio-vos a trazerdes sempre convosco um pequeno Evangelho, no bolso ou na bolsa, ou a descarregardes no telemóvel alguma aplicação, com as leituras ou a liturgia do dia. É tão importante ler todos os dias uma pequena passagem das Escrituras, que enriqueça as nossas orações e ilumine as nossas ações. Além disso, participemos, sem intermitências, na missa dominical, onde encontramos o Senhor, vivo e presente, no seio da comunidade. Graças a estes dons, podemos conformar-nos, pouco a pouco, não com o espírito do mundo, mas com Cristo, e segui-l’O com alegria, ao longo do Seu caminho, como Maria, a primeira discípula do Senhor.

Que a Mãe de Jesus, que iremos visitar em peregrinação no próximo dia 9, nos ajude, desde já, a renunciar corajosamente ao mal, a professar com alegria a fé em Cristo e a renovar permanentemente a nossa vida cristã, para que todos, no novo ano pastoral, sigamos em frente, movidos pelo amor de Deus!

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