Liturgia e Homilia no XV Domingo Comum A 2017
Destaque

A este Deus, primavera do Universo, ofereçamos o terreno do coração, para nos tornarmos “o verão do mundo”, que leva à maturação das sementes. Para que o outono chegue, lá para meados de setembro, carregado de frutos! 

Homilia no XV Domingo Comum A 2017

 

Antes ainda da parábola, está Jesus que saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar.

 

Sentando num barco, fala para a multidão, que ficara na margem do lago. Curiosamente, Jesus não recorre à imagem do mar, do vento, da vela e do barco. Mas, dentro do barco, olha para mais longe, para os campos de trigo. E observa um semeador! E na largueza confiante do semeador, ajuda-nos a entender a generosidade esperançosa do nosso Deus para connosco. Mãos largas, mãos abertas, um Deus sem mãos a medir. Ele sai por todo o lado e, em todos os lados, lança a poderosa semente, como se em cada um encontrasse um torrão de terra boa, onde possa fazer germinar, florescer e frutificar a Palavra de Deus. Se não vier a frutificar, não é porque a semente não preste, mas porque o terreno onde ela cai é terra batida, ou terra de pedras e seixos, ou terra de espinheiros cultivados no coração.

 

Mas ainda assim, não é nos terrenos áridos e inférteis que Jesus põe o acento da parábola. Mas na certeza do poder da semente e na esperança de encontrar em mim a boa terra. Ele é um Deus que sai pelas estradas do mundo, cheio de confiança na força da semente e na bondade daquele punhado de terra que sou eu, que és tu, que é o outro. Contra todas as sarças e espinheiros, contra todas as pedras e caminhos, Deus vê sempre em mim, em ti, e no outro, uma terra capaz de acolher.  Deus sabe que, por três vezes, por infinitas vezes, sou terra que não dá nada. E, na sua paciência, adverte para a ilusão daquelas sementes que “logo nasceram” e ainda mais “depressa morreram”. Mas Ele espera o tempo que for preciso. E basta que, por uma vez, se Lhe abra o nosso coração e então Ele frutificará em mim, em ti, no outro, a trinta, a sessenta e a cem por um.

 

A este Deus, primavera do Universo, ofereçamos o terreno do coração, para nos tornarmos “o verão do mundo”, que leva à maturação das sementes. Para que o outono chegue, lá para meados de setembro, carregado de frutos! 

 

Top

A Paróquia Senhora da Hora utiliza cookies para lhe garantir a melhor experiência enquanto utilizador. Ao continuar a navegar no site, concorda com a utilização destes cookies. Para saber mais sobre os cookies que usamos e como apagá-los, veja a nossa Política de Privacidade Política de Cookies.

  Eu aceito o uso de cookies deste website.
EU Cookie Directive plugin by www.channeldigital.co.uk