Liturgia e Homilia no XIII Domingo Comum A 2017
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"Vossa excelência acabou de entrar no local certo, na hora exata, no momento oportuno. Saiba que o lema desta casa é servir bem e bem servir dá saúde e faz sorrir”. 

Homilia no XIII Domingo Comum A 2017

 

“Quem vos recebe, a Mim recebe” (Mt 10,40)! Sem mais, concretizemos dois âmbitos, onde este acolhimento se torna “porta de abertura” aos outros, e, por eles, ao Senhor: a família e a comunidade.

 

1.Comecemos pela nossa família! Nas palavras do consentimento “os espososacolhem-se e doam-se reciprocamente, para partilhar a vida toda” (AL, 74), mas também se dispõem a “receber amorosamente os filhos como um dom de Deus” (cf. AL, 166), como“uma dádiva e não como uma dívida” (AL, 81)! Com que alegria, a distinta senhora de Sunam ouviu do profeta Eliseu a recompensa da sua hospitalidade: “No próximo ano, por esta época, terás um filho nos braços” (2 Rs 4,16)! Na verdade, “a vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida” (Papa Francisco, Homilia, Fátima, 13.05.2017)! Este acolhimento alarga-se, em família, “às mães solteiras, às crianças sem pais, às mulheres abandonadas, às pessoas deficientes, aos jovens que lutam contra uma dependência, às pessoas solteiras, separadas ou viúvas que sofrem a solidão, aos idosos e aos doentes que não recebem o apoio dos seus filhos, até incluir no seio dela mesmo os mais desastrados nos comportamentos da sua vida” (AL, 197). Por último, “quando a família acolhe e sai ao encontro dos outros, especialmente dos pobres e abandonados” (AL, 324), mostra o rosto de uma Igreja “mãe de coração aberto” (EG, 46). Queridos casais, queridas famílias: tende esta certeza: “a família é o hospital mais próximo, a primeira escola das crianças, o grupo de referência imprescindível para os jovens, o melhor asilo para os idosos, a grande «riqueza social» que outras instituições não podem substituir” (Papa Francisco, Homilia, Equador, 06.07.2015).Por isso, “praticai generosamente a hospitalidade” (Rm 12, 13).

2. E olhemos agora para esta família, que somos nós. “A Igreja é chamada a ser a casa aberta do Pai. E um dos sinais concretos desta abertura é ter igrejas com as portas abertas” (EG, 47). Saibamos “tratar a todos misericordiosamente, a começar por aqueles que nos procuram” (PDP 2015/2020, p. 31)e nos entram pela porta dentro, à procura dos sacramentos ou em alguma situação de dúvida e angústia, de dor e aflição! “Mas há outras portas que também não se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida eclesial” (EG, 47), mesmo os casais em situações irregulares, que devemos “acolher e acompanhar, com paciência e delicadeza” (AL, 284), como “uma mãe que cuida afetuosamente deles e os encoraja no caminho da vida e do Evangelho” (AL, 299).“E nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que é a «porta»: o Batismo” (EG 47). A própria Eucaristia, “pela qual recebemos a Cristo e Cristo nos recebe a nós” (Ecc. Euch., 22), deve tornar-se experiência de acolhimento, pois a Comunhão que recebemos “não é um prémio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos” (EG, 47). “Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores” (EG, 47). “Temos mais facilidade para fazer crescer a fé do que para a ajudar a nascer” (Papa Francisco, Discurso, 27.11.2014).

3. E a quem deveríamos privilegiar, neste acolhimento? Os mais pequeninos, na idade e na sociedade, os pobres e os doentes, os desprezados e os esquecidos. É tão importante “que os pobres se sintam na comunidade cristã como em sua casa” (NMI, 50; EG, 199). E hoje são novos pobres os imigrantes e emigrantes, os refugiados, entre os quais se contam as crianças, “três vezes mais vulneráveis, porque de menor idade, estrangeiras e indefesas” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia do Imigrante e Refugiado, 2017). Nesta Europa, de “condomínio fechado”, sejamos capazes de acolher quem nos chega de fora, à procura de terra, teto, trabalho, estudo ou lazer. Ofereçamos ao mundo “o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor”(Papa Francisco, Homilia, Fátima, 13.05.2017).

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