Hoje é um dia muito especial. Em primeiro lugar, porque é domingo, o primeiro dia da semana, o dia da Ressurreição. O domingo é a nossa Páscoa semanal, o dia do nosso encontro com Cristo Ressuscitado. Em segundo lugar, por ser o 4.º Domingo da Páscoa, este é o Domingo do Bom Pastor, Dia Mundial de Oração pelas Vocações. O Santo Padre recorda-nos quatro palavras associadas à vocação: a fadiga, a coragem, a gratidão e o louvor. Em último lugar (mas não o menos importante), porque hoje celebramos o Dia da Mãe. E aquelas quatro palavras associadas à vocação retratam de modo perfeito a vocação de uma mãe: a fadiga, de que as mães nunca se queixam, porque quem ama não cansa nem se cansa; a coragem de dar à luz um filho e de enfrentar todas as dificuldades, sem fugir à missão. Este dia é, afinal e sobretudo, um dia «eucarístico», isto é, um dia de gratidão, de dizer «obrigado» pelas nossas mães. E é um dia de louvor ao Senhor pela Mãe de todas as mães, a Mãe de Deus e nossa Mãe: Maria.

 

Este é terceiro domingo da Páscoa, como de Páscoa são todos os domingos. E Jesus Ressuscitado continua hoje a vir ao nosso encontro, no primeiro dia da semana – o domingo – para ser a nossa luz na escuridão dos tempos, a nossa paz no meio dos medos, a nossa companhia em casa e à mesa, na solidão do confinamento. Ele oferece-Se-nos como o verdadeiro Caminho da Vida.

Este é o Domingo da Oitava da Páscoa. O primeiro dia da semana. O dia do encontro do Ressuscitado com a Sua Igreja reunida, na casa dos cristãos, como outrora no Cenáculo, na sala da Última Ceia. Este seria o domingo em que os novos batizados se apresentariam revestidos de Cristo, com a sua veste branca, para agradecer as riquezas do Batismo com que foram purificados, da unção espiritual do Crisma com que foram ungidos e renovados e do Corpo e Sangue da Eucaristia com que foram redimidos. Este é, desde o ano 2000, o domingo da Divina Misericórdia, que nos recorda o dom do perdão dos pecados, que brota das feridas e do lado aberto de Cristo Morto e Ressuscitado.

Hoje é Domingo de Páscoa. E a Páscoa não engana. Mesmo sem os sinais habituais de festa (missa dominical com o povo, visita pascal tradicional, foguetes, visita às famílias) a Páscoa está aí com toda a sua força, em tantos sinais vitais de vitória sobre o egoísmo, sobre o mal e sobre a morte. Assim vemos que a Ressurreição de Jesus não é algo do passado; contém uma força de vida que penetra o nosso mundo. Onde parece que tudo morre, voltam a aparecer os rebentos da esperança. O poder da Ressurreição de Jesus é uma força sem igual! Jesus não ressuscitou em vão.

 

É para a Cruz, que hoje se dirige o nosso olhar. Porque é, também, do alto da Cruz que o Senhor, glorificado, nos olha. E, nesta troca de olhares, está a salvação do Homem e do mundo. Disse-nos há dias, na praça de São Pedro, vazia de pessoas mas cheia das nossas lágrimas e preces: “Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor. No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da Sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, a reconhecer e a incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a torcida que ainda fumega, que nunca adoece, e deixemos que reacenda em nós a esperança” (Papa Francisco, Meditação, 27.03.2020).

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