Tende temor mas não tenhais medo! A Palavra de Deus vem despertar a nossa confiança no amor e no temor do Seu santo nome."Mesmo se o nosso coração nos acusar, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas" (1 Jo3,20).
Somos um povo e não uma multidão. Temos um nome e não um número. Somos queridos por Deus, chamados por Ele. Para ressuscitar no mundo o homem novo, aberto e próximo. O Senhor que nos chama e envia está connosco, neste dia de descanso, e vem ao encontro desta multidão fatigada e abatida para fazer de nós assembleia santa, povo sacerdotal.
Belo é este dia de quinta-feira, em que celebramos a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. De algum modo, voltamos ao acontecimento de uma outra quinta-feira, a Quinta-Feira Santa.
Hoje louvemos a Deus, não por um mistério particular, mas por Ele próprio, «pela sua imensa glória», como diz o hino litúrgico que vamos rezar. Louvemo-l’O e agradeçamos-Lhe porque Deus é Amor, e porque nos chama a entrar no abraço da Sua comunhão, que é a vida eterna.
E a Páscoa chega à sua plenitude, com a festa do Pentecostes. Cinquenta dias depois da Páscoa, e a concluir a nossa caminhada diocesana, desde as Cinzas ao Pentecostes, celebramos hoje o grande dom do Espírito Santo, que desce sobre a Igreja, como um vento que lhe sacode o pó do medo e sopra sobre as velas da sua embarcação, como um fogo que abrasa os discípulos, na paixão ardente da missão, como um vinho doce que nos inebria e entusiasma. Este é verdadeiramente o dia do “aniversário da Igreja”.
E completaram-se já os 40 dias da Páscoa: Jesus, que viera do Pai, parte para o Pai. Estamos a celebrar, com grande alegria, a solenidade da Ascensão do Senhor. Esta é verdadeiramente a Festa da nossa esperança!
Estamos já no VI Domingo da Páscoa. Aproxima-se o dia de Pentecostes e, com ele, a festa do Espírito Santo, que nos é dado, não para ser guardado, mas para tornar ainda mais forte e mais belo o nosso testemunho de Cristo. Em pleno mês de maio, recordamos a presença da Virgem Maria, junto dos Apóstolos em oração, aguardando o fogo do Pentecostes.