Liturgia e Homilias no XXXIII Domingo Comum B | 14 novembro 2021
11 novembro 2021“Pobres, sempre os tereis entre vós” (Mc 14,7). Do óbolo da pobre viúva, exaltada por Jesus no Evangelho do domingo passado, à celebração do 5.º Dia Mundial dos Pobres, neste penúltimo domingo do ano litúrgico, permanece bem atual o convite de Jesus a não perder de vista a oportunidade de fazer o bem. Não há melhor forma de garantir o futuro do que viver bem o presente. A Palavra de Deus, neste domingo, é mais um sinal de alerta vermelho, de redobrada atenção, não porque o fim do mundo esteja próximo, mas porque é urgente lutar por um mundo novo. Deixemo-nos interpelar por esta espécie de “Plano de Recuperação e Resiliência”, que a Palavra de Deus nos oferece para esta mudança de época.
Liturgia e Homilias no XXXII Domingo Comum B | 7 novembro 2021
5 novembro 2021Amarás o Senhor, teu Deus, com toda a tua alma, com todo o teu coração, com todas as tuas forças! Ouvíamos, há oito dias, esta belíssima fórmula de oração judaica, no diálogo entre Jesus e o escriba. Agora, ao vivo, no templo, Jesus confronta a soberba, a avidez e a hipocrisia dos escribas, que jogam as sobras, com a gratuidade, a confiança e a generosidade da viúva que dá tudo o que tem para viver. Na conclusão da Semana de Oração pelos Seminários, tenhamos presentes os seminaristas e os seus formadores. Ofereçamos ao Senhor a alegria das crianças, a ousadia dos adolescentes e o entusiasmo dos jovens, para que o Senhor, ao ver a riqueza do seu coração pobre, encontre neles a liberdade e a coragem de dar e arriscar tudo por amor a Deus e aos irmãos.
Liturgias e Homilias na Comemoração de Fiéis Defuntos 2021
29 outubro 2021Memória, gratidão e esperança. Com estes sentimentos, que se atravessam no nosso coração, cruzamos esta ponte que nos une aos que partiram antes de nós, que une a Terra e o Céu, o tempo e a eternidade, o princípio vital e o fim último da nossa vida finalizada em Cristo. Reunimo-nos em oração, na certeza de que esta pode não só ajudar os que partiram antes de nós, mas também tornar mais eficaz a oração de cada um deles em nosso favor. Na Eucaristia, que juntos celebramos, encontramos o lugar por excelência desta memória viva da Páscoa do Senhor, da gratidão mais profunda do coração que se eleva para Deus em ação de graças. Que esta celebração (no cemitério)| Que esta Eucaristia (na Igreja)“aumente em nós a esperança de que os nossos irmãos e irmãs, chamados a ser pedras vivas do templo eterno de Deus, ressuscitarão gloriosamente com Cristo” (cf. Ritual das Exéquias, n.º 97).
Percorremos o caminho de nossa casa até chegar a esta Casa Comum, para cruzar a ponte entre a Terra e o Céu, entre a beleza do que já somos e o que ainda se há de manifestar em nós. A alegria do domingo, que ontem vivemos, prolonga-se agora neste dia solene e de festa em honra de Todos os Santos. À vitória pascal de Cristo, que celebramos em cada Eucaristia, associa-se o coro incontável dos eleitos, que aclamam em alta voz a alegria da salvação e nos ensinam a cantar um hino de louvor a Deus e ao Cordeiro. Estes são dias para cruzar esta ponte, que nos une a todos, em Cristo, numa verdadeira comunhão dos santos. São os santos de antigamente e de longe, mas também os santos de hoje e de “ao pé da porta, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus” (GE 7).
Liturgia e Homilias no XXXI Domingo Comum B 2021
29 outubro 2021A regra do distanciamento físico deve ser revogada para dar lugar à lei da proximidade, física e espiritual. Precisamos de aprender a conjugar o verbo amar com a escuta e a proximidade, o que implica amar de corpo e alma, com a luz da inteligência, com a ternura do coração, com a força dos braços, com o realismo dos gestos concretos. A Palavra de Deus, neste domingo, recorda-nos que “o amor a Deus e o amor ao próximo são inseparáveis e constituem um único mandamento” (Bento XVI, DCE 18). Participar nesta Eucaristia é, ao mesmo tempo, uma expressão do amor a Deus, único Senhor, mas que reverte necessariamente a favor de um amor mais puro e mais concreto ao próximo. Porque onde há amor nascem gestos.