Há “gente que não sabe estar”! Nem diante de Deus, nem diante dos outros, nem no próprio lugar que ocupa.Era assim um fariseu, que rezava, de pé, como quem olhava para o espelho e só via as suas virtudes. Bem diferente era a oração humilde do publicano, que batia no peito, com a mão direita, apontando para oseu coraçãopobre e ferido pelo pecado. Para que seja dada glória a Deus e não a nós, e porque a oração do humilde atravessa as nuvens, reconheçamos que somos pecadores. Não façamos peito… inchados com o nosso orgulho. Batamos no peito, confessando os nossos pecados.

Celebramos, neste Domingo, o 99.º (nonagésimo nono) Dia Mundial das Missões. E o Santo Padre desafia-nos a sermos construtores e missionários de esperança entre os povos. A Liturgia da Palavra vem recordar-nos hoje a importância da oração insistente e permanente: as nossas mãos erguidas para Deus são a grande arma e a retaguarda da missão. Mãos dadas a todos e entre todos são a forma mais bela e eficaz de construir a comunhão e de realizar a missão. Irmãos e irmãs: Deus deu-nos as duas mãos para «nelas trazermos a alma», para rezarmos, celebrarmos e realizarmos juntos as obras da fé. Por isso rezemos, celebremos e trabalhemos com as nossas mãos, para nos tornarmos missionários da esperança, de mãos erguidas e de mãos dadas.

Reunimo-nos em Eucaristia. A Eucaristia é o nosso grande “Obrigado” a Deus, por tudo o que Ele nos dá, nos diz e faz por nós. Na verdade, nada temos de grande, de belo e de bom, desde os dons da Criação aos dons da salvação, que não tenhamos recebido de Deus. Por isso, em cada Domingo, nós celebramos a Eucaristia, não tanto para oferecer algo a Deus, mas para receber d’Ele aquilo de que precisamos para O seguir verdadeiramente. A nossa gratidão, a nossa ação de graças, não acrescentam nada à grandeza de Deus, mas dilatam o nosso pobre coração para receber tudo o que o Senhor nos quer dar. Nesta Eucaristia façamos memória viva e agradecida da Vida que Jesus entregou ao Pai por nós. E peçamos que nos cure da lepra do esquecimento e da ingratidão.

Outubro é o mês missionário e é o mês do Rosário. Somos desafiados pelo Papa Leão XIV a intensificar, neste mês, a oração do Rosário pela Paz. A oração é a primeira ação missionária e, ao mesmo tempo, «a primeira força da esperança». Hoje o Evangelho recolhe-nos uma prece fundamental, que deve ressoar do mais profundo do nosso coração: “Senhor, aumenta a nossa fé”(Lc 17,5).Talvez esta oração deva ser dita e traduzida, hoje, por nós, de uma outra forma: “Senhor, dá-nos um pouco de fé e isso nos basta”! O Senhor prefere a fé humilde e serviçal dos pequeninos à fé arrogante e soberba dos que se julgam donos de Deus. Que a frescura da Palavra, o Pão da Eucaristia, a e o contágio do testemunho nos ajudem a crescer na pouca fé, na fé pequenina, na fé dos mais pequeninos.

Reunimo-nos para o banquete da Eucaristia, em que Cristo Se faz Pão partido para a vida do mundo. Queremos que esta mesa posta, para a alegria e alimento da nossa comunhão, seja o sinal e compromisso de abrir a Mesa da Criação a todos os Povos. Não nos tornemos cegos, surdos e indiferentes, a quem, à nossa porta, suplica pelo pão de cada dia. Para celebrarmos dignamente os santos mistérios, invoquemos, desde já, a infinita misericórdia do Senhor.

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