Com Maria, como Maria, edifiquemos a Igreja Doméstica. Foi este o desafio que nos propusemos viver, ao longo deste mês de maio, mês mariano por excelência, em pleno tempo pascal. E quer o mês mariano quer o tempo pascal culminarão a 31 de maio, com a Solenidade do Pentecostes. Este tempo pascal reconduz-nos ao Cenáculo, à sala da Última Ceia, na Casa emprestada por um amigo a Jesus, para ali celebrar a Páscoa com os discípulos. Nessa mesma sala, dessa mesma casa, depois da Ressurreição, estão reunidos os apóstolos e a primeira comunidade dos discípulos, donde se destaca a presença de Maria, Mãe de Jesus. Confinada, como nós, naquela Casa, ela ensina-nos a viver esta hora, como oportunidade para redescobrir a nossa casa como morada de Deus e a família como Igreja Doméstica. Nesta quinta-feira, que seria da Ascensão, celebremos a nossa Padroeira, para que nos ajude a viver esta hora de crise, de crescimento e de esperança.

Vai longa a Páscoa do Senhor. Este é já o sexto Domingo, destes cinquenta dias, que são como que um só Domingo.Estamos ainda confinados em nossas casas, privados do encontro feliz com os cristãos, no seio da comunidade cristã. Mas haja alegria. Haja esperança. Não estamos órfãos, nem sozinhos. Em cada casa, onde se reúnem dois ou três em nome de Cristo, aí habita o Espírito Santo, como doce hóspede da alma, Consolador perfeito e Doce alívio. Ele está em nós e habita o coração de cada um dos batizados em nome do Senhor Jesus.

 

Irmãos e irmãs: reunimo-nos para dar início à celebração do 5.º Domingo da Páscoa. Pelo Batismo, somos todos membros deste Povo adquirido por Deus, chamado a anunciar os louvores d’Aquele que nos chamou das trevas para a Sua Luz admirável. O Povo de Deus é todo ele, em cada um dos seus membros, um Povo sacerdotal. Como Povo sacerdotal, unidos a Cristo, celebramos os louvores de Deus cuidando e oferecendo a nossa vida pelos outros. Na união das nossas vozes e dos nossos corações, exprime-se a unidade de toda a Igreja, que tem Cristo como Pedra Angular. Celebremos com alegria mais um Domingo da Páscoa do Senhor.

 

Hoje é um dia muito especial. Em primeiro lugar, porque é domingo, o primeiro dia da semana, o dia da Ressurreição. O domingo é a nossa Páscoa semanal, o dia do nosso encontro com Cristo Ressuscitado. Em segundo lugar, por ser o 4.º Domingo da Páscoa, este é o Domingo do Bom Pastor, Dia Mundial de Oração pelas Vocações. O Santo Padre recorda-nos quatro palavras associadas à vocação: a fadiga, a coragem, a gratidão e o louvor. Em último lugar (mas não o menos importante), porque hoje celebramos o Dia da Mãe. E aquelas quatro palavras associadas à vocação retratam de modo perfeito a vocação de uma mãe: a fadiga, de que as mães nunca se queixam, porque quem ama não cansa nem se cansa; a coragem de dar à luz um filho e de enfrentar todas as dificuldades, sem fugir à missão. Este dia é, afinal e sobretudo, um dia «eucarístico», isto é, um dia de gratidão, de dizer «obrigado» pelas nossas mães. E é um dia de louvor ao Senhor pela Mãe de todas as mães, a Mãe de Deus e nossa Mãe: Maria.

 

Este é terceiro domingo da Páscoa, como de Páscoa são todos os domingos. E Jesus Ressuscitado continua hoje a vir ao nosso encontro, no primeiro dia da semana – o domingo – para ser a nossa luz na escuridão dos tempos, a nossa paz no meio dos medos, a nossa companhia em casa e à mesa, na solidão do confinamento. Ele oferece-Se-nos como o verdadeiro Caminho da Vida.

Este é o Domingo da Oitava da Páscoa. O primeiro dia da semana. O dia do encontro do Ressuscitado com a Sua Igreja reunida, na casa dos cristãos, como outrora no Cenáculo, na sala da Última Ceia. Este seria o domingo em que os novos batizados se apresentariam revestidos de Cristo, com a sua veste branca, para agradecer as riquezas do Batismo com que foram purificados, da unção espiritual do Crisma com que foram ungidos e renovados e do Corpo e Sangue da Eucaristia com que foram redimidos. Este é, desde o ano 2000, o domingo da Divina Misericórdia, que nos recorda o dom do perdão dos pecados, que brota das feridas e do lado aberto de Cristo Morto e Ressuscitado.

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