“Não podemos limitar-nos a esperar,
devemos organizar a esperança».
Se a nossa esperança não se traduzir
em opções e gestos concretos de atenção,
justiça, solidariedade,
cuidado da casa comum,
não poderão ser aliviados os sofrimentos dos pobres,
não poderá ser modificada a economia do descarte
que os obriga a viver à margem,
não poderão florescer de novo os seus anseios.
Compete-nos, especialmente a nós cristãos,
organizar a esperança –
é uma linda expressão, esta de Tonino Bello.
«organizar a esperança» –, traduzi-la diariamente em vida concreta nas relações humanas,
no compromisso sociopolítico. Isto faz-me pensar no trabalho
que fazem tantos cristãos com as obras de caridade em tantas instituições.
Que é que se faz lá?
Organiza-se a esperança.
Não se dá uma moeda; organiza-se a esperança.
Esta é uma dinâmica que hoje nos pede a Igreja”.
Papa Francisco, Mensagem para o 5.º Dia Mundial dos Pobres (2021)