Presépio, um lugar para todos! Lá em casa, aqui na Igreja e lá fora nas ruas. Esta rota dos Presépios, que nos leva do Advento ao Natal, não pode limitar-se a uma construção material. Por isso, o primeiro desafio que vos deixei há oito dias foi não apenas o de construir, como também e sobretudo o de habitar o Presépio. Ainda nos inícios do Advento, e a concluir a primeira semana, olhemos hoje para Maria, que Deus escolheu para digna morada do Seu Filho e aprendamos d’Ela o que significa habitar o Presépio: recolher para acolher Deus que vem até nós. 

O Presépio, lugar de encontro para todos! É, neste espírito, que iniciamos o Advento. É nesta perspetiva que preparamos agora, e celebraremos em breve, o Natal do Senhor como festa do encontro com Jesus, que inspira, mobiliza e motiva tantos encontros pessoais, familiares, eclesiais, sociais e culturais. Não queremos construir apenas o Presépio, em casa, na Igreja ou na rua, como adorno decorativo, mas queremos habitá-lo, como lugar de encontro: do encontro de Deus, que sai de Si para vir até nós e nos fazer sair ao encontro dos outros.

O caminho do discípulo chega à Cruz, onde Cristo reina, testemunhando a verdade sem a força da lei ou o poder das armas, mas com a sabedoria e a soberania do amor. Nesta solenidade de Cristo, Rei e Senhor do Universo, o discípulo de Jesus é chamado a olhar para Aquele que nos ama, para Aquele que trespassaram. E, diante d’Ele, há de converter-se ao Seu Amor. É este o Seu modo de reinar: Ele não reina dominando-nos, mas atraindo-nos no Seu amor.

A nossa celebração dominical tem hoje duas marcas especiais: o último dia da Semana dos Seminários e o 2.º Dia Mundial dos Pobres. O Papa Francisco, na Mensagem para este 2.º Dia Mundial dos Pobres, lembra-nos três verbos importantes: clamar, responder elibertar. Podemos dizê-lo deste modo: o pobre clama, Deus ouve e a libertação acontece. Mas também se pode dizer: O Senhor chama e nós abrimos a porta, para Ele entrar e ficar, sair e nos fazer sair com Ele.

Neste início da Semana dos Seminários, tenhamos presentes os seminaristas e seus formadores. Ofereçamos ao Senhor a alegria das crianças, a ousadia dos adolescentes e o entusiasmo dos jovens, para que o Senhor, ao ver a riqueza do seu coração pobre, encontre neles a liberdade e a coragem de dar tudo por amor a Deus e aos irmãos.

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