Liturgia e Homilias na Vigília Pascal C 2019
Destaque

Esta é a noite do ano! A noite de todos os acontecimentos, a noite das grandes intervenções de Deus na nossa história. Estamos em vigília, em expectação noturna, para dar início à celebração do terceiro dia do Tríduo Pascal, o dia da Ressurreição. Na mais solene das vigílias, vamos proclamar a Ressurreição de Jesus, o acontecimento por excelência das grandes maravilhas de Deus operadas em nosso favor, a realização plena, em Jesus, do prometido sinal de Jonas: “Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites, assim o Filho do homem estará no ventre da terra, três dias e três noites” (Mt 12,40; cf. Lc 11,29-32). Quatro grandes liturgias darão corpo à nossa celebração: a Liturgia da Luz, a Liturgia da Palavra, a Liturgia Batismal, e, como coroamento, a Liturgia Eucarística! Porque é de noite, começamos por acender a Luz. A Luz é a primeira obra da Criação. O Presidente desta celebração irá proceder à bênção do fogo, com o qual acenderá o grande círio pascal. A partir desse círio iremos acender as nossas velas. E só depois entraremos pela porta da alegria.

Homilia na Vigília Pascal – Ano C 2019

  1. Cristo vive! Aleluia! As primeiras palavras que te quero dirigir não são mais do que o eco jubiloso daquela surpreendente notícia, que ressoa desde a manhã de Páscoa: “Porque procurais entre os mortos Aquele-que-vive”? Não está aqui. Ressuscitou” (Lc 24,5-6). Dito assim, dois homens, de vestes resplandecentes (cf. Lc 24,4; cf. 9,30), interpretam, na luz das Escrituras, o prometido sinal de Jonas: “Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites, assim o Filho do homem estará no ventre da terra, três dias e três noites” (Mt 12,40; cf. Lc 11,29-32). Por isso, Ele já não está ali, no lugar do morto, porque é maior do que Jonas dentro da baleia (cf. Mt 12,41)e o sepulcro jamais O poderia conter
  2. Cristo vive! Aleluia! O acontecimento da Páscoa é, por excelência, o grande sinal de Jonas e é o pleno cumprimento de todas as Escrituras, que escutávamos longamente nesta noite. E porque havemos de escutar tanto as Escrituras, em tantas e belas leituras? Porquê esta longa navegação pelo alto mar das Escrituras? Porque, para conhecer Jesus, para reconhecer o Ressuscitado, é necessário recordar-se das Escrituras, que apontam para Ele, ao mesmo tempo que o Ressuscitado nos remete para elas. Na verdade, o Ressuscitado cumpre e enche de vida as Escrituras; não está depois delas ou no fim delas. Está no meio delas, fá-las transbordar de vida, transborda delas, revelando-Se como Aquele-que-vive, o EternoVivente.
  3. Cristo vive! Aleluia! Recordando estas e outras palavras, segundo as quais “o Filho do Homem havia de ser entregue, crucificado e ressuscitado ao terceiro dia” (cf. Lc 24,7-8), as mulheres perplexas aprendem assim a ler, nas Escrituras, os sinais do sepulcro aberto, da pedra removida, das faixas de linho no chão e do sudário enrolado noutro lugar (cf. Jo 20,6-7): “Não está aqui. Ressuscitou” (Lc 24,6). Doravante, o encontro com o Ressuscitado é inseparável das Escrituras que O profetizam e dos evangelizadores que O anunciam. Por isso, não deixemos de proclamar, de viva voz, a todos e a cada um: Cristo vive. Aleluia!
  4. Cristo vive. Aleluia! Digamo-lo hoje e sempre, e com toda a alma, porque “corremos o risco de tomar Jesus Cristo apenas como um bom exemplo do passado, como uma recordação, como alguém que nos salvou há dois mil anos. Isso não nos serviria de nada, deixar-nos-ia iguais, não nos libertaria. Aquele que nos enche com a sua graça, aquele que nos liberta, aquele que nos transforma, aquele que nos cura e nos consola é alguém que vive. É Cristo ressuscitado, cheio de vitalidade sobrenatural, vestido de uma luz infinita. Por isso dizia São Paulo: «Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé» (1 Cor 15,17)” (CV 124).Ora, a notícia da Páscoa do Senhor é outra: Ele não é um morto desaparecido. Ele está vivo e vive para sempre! Por isso, alegra-te com o teu Amigo que triunfou” (CV 126). Cristo vive e quer-te vivo” (CV 1).
  5. Cristo vive. Aleluia. Nesta noite, renova a memória das maravilhas de Deus, das quais a maior é a Ressurreição. Nessa memória enraíza a tua esperança e caminharás sem perder o rumo.Agarrado(a) a Ele, viverás e atravessarás, ileso(a), todas as formas de morte e de violência, que se escondem no teu caminho (cf. CV 127). Porque Ele vive, crê que em todas as situações obscuras ou dolorosas há sempre uma via de saída (cf. CV 104): crê que Ele te conduzirá a bom porto. Em Cristo, morto e ressuscitado, tens o teu porto da misericórdia e da paz. Agarra-te, por isso, como aquelas mulheres, à corda da esperança, para não andares à deriva, no meio das tempestades da vida. Agarrado a esta corda da esperança, mantém vivos os teus sonhos, projetos e ideais, porque a vida é uma aventura que vale a pena viver (cf. CV 32).Em tudo e sempre, “lembra-te de Jesus, ressuscitado de entre os mortos” (2 Tm 2,8). Ele vivee quer-te vivo e a salvo, hoje mesmo, no Seu porto de misericórdia e de paz.
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