Liturgia e Homilias no XXVIII Domingo Comum B 2024
Destaque

Com Jesus, o Caminho e a caminho, somos todos “peregrinos de esperança”, que viemos de casa, a correr, até Ele.  Viemos a Jesus, viemos ao encontro d’Ele, não porque nos falte a saúde ou o dinheiro. Viemos até Jesus, porque queremos alcançar uma vida bela, com um sentido profundo, com uma grande esperança, com uma meta de largos horizontes. Só em Jesus encontramos a vida eterna, aquela vida que não acaba sequer na morte.  Jesus é para nós o Caminho, a Verdade e a Vida. Queremos fazer este caminho, como companheiros de viagem, Peregrinos de esperança, com todos e para o bem de todos.

Homilia no XXVIII Domingo Comum B 2024

 

1. “Abaixo de Cristo, isto…”, costumam dizer as pessoas, esfregando o polegar no indicador e referindo-se ao amor ao dinheiro, a raiz de todos os males. Talvez o provérbio tenha de mudar o advérbio de lugar, para se dizer toda a verdade: “Acima de Cristo, isto”.  O grande concorrente de Deus é, sem dúvida, o dinheiro. Por isso, o Papa Francisco não se cansa de nos dizer que o diabo sempre entra sempre pelos bolsos. E o Evangelho deste domingo é o exemplo perfeito de uma vida que tinha tudo para ser feliz e acaba na tristeza, porque este homem era possuído pelos seus muitos bens.

2. Voltemos então ao Evangelho. Jesus vai a sair do caminho e um tal homem corre ao encontro d’Ele, ajoelha-se e chama-lhe: «Bom Mestre». E depois, pergunta-lhe: «Que devo fazer para alcançar a vida eterna?», ou seja, a felicidade. «Vida eterna» não é somente a vida do além, mas é a vida plena, a vida completa, a vida sem limites. Porque saúde, juventude e dinheiro na carteira, isso já tinha ele quanto baste. Para o encher mais, não era preciso nada. Mas faltava-lhe algo ou alguém que O pudesse preencher, em profundidade, por dentro. Que devo fazer para alcançar esta plenitude de vida? A resposta de Jesus resume os mandamentos que se referem ao amor pelo próximo. E, a este respeito, nada se pode repreender àquele homem, desde a sua juventude; mas evidentemente a observância dos preceitos não lhe é suficiente, o cumprimento da lei não satisfaz. E Jesus intui o desejo que o homem traz no coração; por isso, a sua resposta traduz-se num olhar intenso, repleto de ternura e carinho. Jesus olhou-o com amor. Compreendeu que era um homem bom... Mas Jesus percebeu também qual era o ponto fraco do seu interlocutor, e espetou-lhe a espada da Palavra no coração, com um punhado de imperativos: vai, vende, dá, vem, segue-Me. E viu-se o que estava lá dentro: um coração dividido entre dois senhores: Deus e o dinheiro. Chocado, o homem vai-se embora entristecido. Assim, por fim, a alegria do impulso inicial para seguir Jesus dilui-se na infelicidade de uma vocação falhada!

3. Afinal há algo naquele homem que ele ama mais do que a Deus. Os seus bens impedem-no de O amar verdadeiramente. Ele julga amar a Deus e tem simpatia por Jesus, mas não ao ponto de O pôr em primeiro lugar. Sente-se atraído pela eternidade, mas muito mais pelos bens que possui! O homem não se deixou conquistar pelo olhar de amor de Jesus, e deste modo não conseguiu mudar. O dinheiro, o prazer e o sucesso deslumbram, mas depois dececionam: prometem a vida, mas causam a morte. O Senhor pede-nos que nos desapeguemos destas falsas riquezas para entrar na vida verdadeira, na vida plena, autêntica, luminosa!

4. Pensemos agora, que este homem, anónimo, sou eu, és tu. Empresta-lhe o teu nome. Temos todos de nos interrogar: Porque é que dizemos «à boca cheia», que temos muita fé, que amamos a Deus, que gostamos tanto de Jesus, e tão facilmente O trocámos por coisas que não valem nada? O que nos impede de seguir Jesus? Quais são as riquezas que nos estorvam de O seguir, sem desvios no Caminho? Neste início de ano pastoral, pensemos em tantos que desistiram e desertaram da catequese e da comunidade, que ficaram pelo caminho, que partiram tristes e acabaram numa vida “de garrafa bonita, mas vazia”. E pensemos em nós próprios, que queremos ser discípulos de Jesus, mas temos tanta dificuldade em dar-lhe o primeiro lugar. Faltámos à Missa, “por dá cá aquela palha”. Tantas vezes o nosso entusiasmo inicial por Jesus arrefece ou desaparece, quando damos preferência a outros bens, a outros senhores (o trabalho, os tempos livres, os telemóveis e computadores, as atividades desportivas) que nos impedem de seguir Jesus, de encontrar o tesouro da vida!

5. Jesus fita agora os olhos, olha em redor, para cada um de nós. Jesus olha para ti, para mim, com amor, para nos encorajar. Diz agora ao Senhor: «Senhor, eis-me aqui, com tudo o que sou, com tudo o que tenho. É tudo teu. Faz de mim o que quiseres. Livra-me de toda a tralha que atrapalha. Remove os obstáculos, que me impedem de Te seguir em cada dia, de Te encontrar especialmente à volta da mesa, na Eucaristia».

 

Homilia nas Missas com Catequese || XXVIII Domingo Comum B 2024

 

1.        Quem se dirige a Jesus? Um homem. Como se chama? Não sabemos. Este homem anónimo, sem nome, sou eu, és tu, pode ser qualquer um de nós!

2.        A quem se dirige ele? A Jesus.

3.        Como se dirige ele a Jesus? Correndo. Há nele a pressa dos jovens, a pressa de um mundo novo, a pressa de uma vida nova, a pressa da felicidade.

4.        Como trata ele Jesus? Trata-O por «Bom Mestre». Ele sabe que Jesus é a Palavra do Pai; é a Sabedoria de Deus em pessoa. Ele tem o segredo da felicidade!

5.        E como reage Jesus? Jesus confirma que «Bom» é um só, Bom é Deus. É de Deus que procede toda a bondade. Se alguma vez fizermos alguma coisa boa, isso significa que foi Deus que o fez em nós e por meio de nós.

6.        E que pergunta este homem a Jesus? “Que hei de fazer para alcançar a vida eterna?”. Afinal ele tinha tudo o que enche a vida das pessoas, tudo o que as pessoas acham que faz falta para ser feliz: juventude, saúde e dinheiro na carteira! E era, além do mais, um homem educado, cumpridor, simpático.

7.        Que mais havia de querer aquele homem?  Este homem não quer sequer uma cura. Ele quer saber como alcançar a vida eterna, porque se a vida presente for boa ou se for longa, de pouco lhe valerá se não for eterna, se não for feliz, se acabar na morte. Ele não quer nada para o encher, de coisas e mais coisas. Ele quer uma Vida que lhe preencha o coração. Ele quer uma vida verdadeira, abundante plena, a Vida, Ele quer Jesus afinal.

8.        Estará este homem disposto a tudo para alcançar o prémio da vida eterna? Parece que sim, ao princípio: ele cumpre a lei, ele cumpre os mandamentos, sobretudo no que refere ao próximo. Tem “tudo em dia”.

9.        No entanto, Jesus “espeta-lhe a espada” no coração e diz-lhe: “Falta-te uma coisa: vai vender tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-Me”. Isto foi um vendaval (pior do que a tempestade «kirk»), uma mão cheia de ordens difíceis: vai, vende, dá, vem, segue-me!

10.     Como reage o homem? O homem ficou chocado com estas palavras e foi-se embora muito triste.

11.     Que conclui Jesus?  Afinal há algo naquele homem que ele ama mais do que a Deus. Os seus bens impedem-no de O amar verdadeiramente. Ele julga amar a Deus e tem simpatia por Jesus, mas não ao ponto de O pôr em primeiro lugar. Sente-se atraído pela eternidade, mas muito mais pelos bens que possui!

12.     Pensemos agora, que este homem, anónimo, sou eu, és tu. Empresta-lhe o teu nome. Temos todos de nos interrogar: Porque é que dizemos «à boca cheia», que amamos a Deus, que gostamos tanto de Jesus, e tão facilmente O trocámos por coisas que não valem nada? O que nos impede de seguir Jesus? Quais são as riquezas que nos estorvam de O seguir, sem desvios no Caminho?

13.     Neste início de ano da catequese, pensemos em tantos que desistiram, que ficaram pelo caminho, que partiram tristes. E pensemos em nós próprios, que queremos ser discípulos de Jesus, mas temos tanta dificuldade em dar-lhe o primeiro lugar.  Tantas vezes o nosso entusiasmo por Jesus arrefece ou desaparece, quando damos preferência a outras coisas!

14.     Há tantos bens (os brinquedos, os jogos dos computadores, as atividades desportivas, as festas de anos, as atividades dos tempos livres), que nos impedem de seguir Jesus, de encontrar o tesouro da vida!

15.     Jesus fita agora os olhos, olha em redor, para cada um de nós. Jesus olha para ti, para mim, com amor. Diz agora ao Senhor: «Senhor, eis-me aqui, com tudo o que sou, com tudo o que tenho. É tudo teu. Faz de mim o que quiseres. Livra-me de toda a tralha que atrapalha. Remove os obstáculos que ainda me impedem de Te seguir em cada dia, de Te encontrar especialmente na Catequese e na Eucaristia».

 

 

 

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