Liturgia e Homilias na Solenidade do Pentecostes A 2023
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Abraça o presente da Páscoa que é Cristo vivo”! E hoje podíamos dizer: “Abraça o presente de Cristo vivo, que é o Espírito Santo, o Dom de Deus”. Chega hoje à sua plenitude o tempo de Páscoa, desde a Ressurreição de Jesus até ao Pentecostes, que hoje celebramos. De facto, o Dom pascal por excelência é o Espírito Santo. O Espírito Santo é Dom. É presente. É oferta. É o Amor do Pai e do Filho, o fruto do amor entre eles, comunicado como Dom de Deus,  àqueles que acreditam.

Homilia na Solenidade do Pentecostes A 2023

1.“Abraça o presente da Páscoa que é Cristo vivo”! E hoje podíamos dizer:“Abraça o presente de Cristo vivo, que é o Espírito Santo, o Dom de Deus”. O Espírito Santo é o Dom por excelência de Cristo vivo e Ressuscitado. Poderíamos dizê-lo, talvez de forma ainda mais simples: no Pai que está nos céus, nós reconhecemos a fonte desta doação, a origem de todos os bens. O Pai é o Doador divino por excelência, Aquele de quem tudo recebemos, a tal ponto que nos deu o que tinha de mais Seu: o próprio Filho. No Filho, Jesus Cristo, nós reconhecemos o Oferente perfeito, porque Ele Se entregou por nós, dando-Se-nos inteiramente. E também agora, Jesus Se oferece continuamente por nós ao Pai. Ora, entre o Pai Doador por excelência e o Filho o Oferente perfeito, está o Espírito Santo, que é precisamente o Dom divino, que transborda desta relação de doação recíproca. No Espírito Santo, nós reconhecemos o próprio Dom de Deus, isto é, Deus feito dom, Deus em doação permanente! O Espírito Santo é, na verdade, o Amor entre o Pai e o Filho, que se faz Dom para nós. Por isso, quando se celebra o Sacramento do Crisma, o ministro diz ao crismando: “Recebe o Espírito Santo, o Dom de Deus”, isto é, “recebe este Deus, que se faz Dom para ti”!

2.“Abraça o presente da Páscoa que é Cristo vivo”! E hoje podíamos dizer: “Abraça o presente de Cristo vivo, que é o Espírito Santo, o Dom de Deus”. Abraçamos o Espírito Santo, recebendo-O de coração pobre e asseado. Sim, mas este não é o abraço de quem aperta o outro para si mesmo e o asfixia, sem lhe dar espaço. Pelo contrário, este abraço tem de se “desamarrar”, para podermos arregaçar as mangas e usarmos a força dos nossos braços, na transformação do mundo. Abraçar o Espírito Santo é ser tão capaz de O receber, como de O oferecer. Se na pessoa divina do Espírito Santo, Deus se manifesta como Dom, então também nós, habitados e habilitados por este mesmo Espírito, somos chamados a receber este Dom, não para O guardarmos, mas para O darmos e transmitirmos aos outros! Se o nosso Deus é Dom, então também nós desejaremos fazer da própria vida uma dádiva, um presente, uma entrega, uma partilha e um serviço aos outros. Como diz o Papa aos jovens “os dons de Deus são interativos” (CV 289)e, portanto, para os desfrutar, é preciso que cada um se ponha em campo, para os investir, para os arriscar, para os rentabilizar. Exorto-vos, por isso, a não “enjaulardes” o Espírito Santo, no baú das coisas velhas, na gaveta das coisas esquecidas!

3.“Abraça o presente da Páscoa que é Cristo vivo”! E hoje podíamos dizer: “Abraça o presente de Cristo vivo, que é o Espírito Santo, o Dom de Deus”. Irmãos e irmãs: só assim, abrindo-nos e saindo de nós mesmos, para ir ao encontro dos irmãos, é que podemos realmente abraçar o inestimável e inesgotável presente de Deus que recebemos! Saibamos então transmitir aos outros o Dom do Espírito, na imensa diversidade dos dons, que todos temos e recebemos. Tantos dons, tantos talentos, tantas capacidades, tantos bens pessoais, espirituais e materiais, tantos carismas pessoais, que nunca exercitámos, que nunca pusemos ao dispor dos outros e estão a enferrujar, a apodrecer, a anquilosar, como um membro do corpo, sem atividade. Quase, no final de um ano de catequese, pensemos ainda no muito que recebemos, no anúncio da Palavra, nas celebrações dos Sacramentos, nas diversas iniciativas paroquiais. Perguntemo-nos: Que demos e fizemos de tudo o que recebemos? O que é que nos impede de nos doarmos? O Espírito Santo recorda-nos que nascemos de um Dom e crescemos doando-nos; não poupando-nos. No Espírito Santo, cada um só tem o que dá.

Invoquemos, neste belo dia de Pentecostes, o Espírito Santo, o Dom de Deus:  

 

Vinde, Espírito Santo!

Reavivai em nós a lembrança do Dom recebido

e fazei de nós uma oferenda permanente.

Vinde, Espírito Santo,

acendei em nossos corações o desejo de servir e de fazer o bem.

Vinde, Espírito Santo!

Vós que sempre Vos doais,

dai-nos a coragem de sairmos de nós mesmos,

de amarmos e de ajudarmos,

para abraçarmos o presente,

com a ternura dos abraços e a força dos braços!

 


 

 

 

 

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