Homilia na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus 2022
1.º esquema: forma mais longa
Pés ao caminho. Juntos pelo Natal.Faz-nos bem abeirarmo-nos do Presépio, que nos apresenta a Sagrada Família, os Pastores e os Magos: todos eles são pessoas a caminho. Todos eles caminham com a mesma pressa do Amor, que move o céu e as estrelas. Todos eles partem e regressam por um caminho novo. E, para que também nós prossigamos juntos por um caminho novo, sugerimos este desafio: Ano novo, sapatos novos. Como calçar estes sapatos novos, na estreia de um novo ano? Sugerimos três atitudes: maravilhar-se, mudar de vida, construir a paz.
1. Maravilhar-se! «Todos os que ouviam, admiravam-se do que os pastores diziam» (Lc 2,18). A isto somos chamados hoje, com o olhar ainda fixo no Menino, que nasceu para nós, pobre de tudo e rico de amor. Este é o dia para nos maravilharmos, antes de mais, diante da Mãe de Deus: Deus é um bebé nos braços de uma Mulher, que alimenta o seu Criador. Tal é o mistério que celebramos hoje e como ele suscita uma maravilha infinita: Deus, através da maternidade divina de Maria, ligou-Se à nossa humanidade para sempre. Deus e o homem sempre juntos, no mesmo caminho: eis a boa notícia no início do ano. Não estamos sós. Maravilhar-se é, pois, a atitude que devemos ter no início de um novo ano civil, porque a vida é um dom que nos possibilita começar sempre de novo. Por isso, no meio das agruras e amarguras, nunca percamos a infância, a capacidade de espanto, de maravilhamento, de encantamento, perante o mistério e as surpresas de Deus, na nossa vida de cada dia. A vida é uma viagem cheia de surpresas. Não passemos ao lado. Irmão, irmã: não deixes que a frieza dos números da pandemia te impeça de ver a maravilha do avanço científico e a rápida resposta na produção e aplicação das vacinas; a maravilha da dedicação e resiliência de tantos profissionais de saúde, de voluntários e anónimos neste combate pela defesa da vida; a maravilha da coragem criativa, com que inventámos novos meios de proximidade e de contacto, novas formas de celebrar a fé e a vida. Esta coragem criativa, que aprendemos de São José, deve prosseguir hoje e sempre.
2. Mudar de vida: «Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido» (Lc 2,20). Os pastores regressam cheios de Deus, cheios de alegria, por um caminho novo, porque quem se encontra ou se deixa encontrar pelo Senhor não pode senão mudar a rota e o estilo da sua vida.É esta mudança de vida que fará novo o ano de 2022. Bem o sabemos: a novidade deste ano não nos vem dos sapatos novos que calçamos (e às vezes apertam os calos a tal ponto que preferimos calçar os velhos), nem resulta tampouco da imediata mudança de ano no calendário civil. Portanto, de pouco nos valerão sapatos novos, se a direção do nosso caminho for a mesma. Dizem alguns que o ano de 2021 foi apenas a continuação do ano de 2020. E porquê? Talvez porque esperássemos que as coisas mudassem sem a nossa mudança pessoal. Talvez porque desejássemos voltar àquele normal que a crise pandémica mostrou ser anormal. Ora a mudança não acontece por um passe de magia, na passagem de ano. Irmão, irmã: se queres um ano novo, faz com que a mudança comece por ti. A mudança que sonhas para a tua vida, para a tua família, para a tua Igreja, começa em ti, começa por ti.
3.Construir a paz: Esta é uma missão artesanal feita à mão, por cada um. Não é obra apenas dos poderosos envolvidos na complexa arquitetura da paz.O Papa sugere-nos, neste dia, três caminhos a percorrer:primeiro, o diálogo entre as gerações, como base para a realização de projetos compartilhados. Depois, a educação, como fator de liberdade, responsabilidade e desenvolvimento. E, por fim, a promoção de um trabalho digno, para uma plena realização da dignidade humana. Irmão, irmã: não é o brilho dos sapatos novos, que tornam belos os nossos pés. “Belos são os pés do mensageiro que anuncia a paz” (Is 52,7). Belas são as mãos que constroem a paz em cada dia do novo ano de 2022!
Homilia na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus 2022
2.º esquema: forma mais breve que a do 1.º esquema
Pés ao caminho. Juntos pelo Natal.Faz-nos bem abeirarmo-nos do Presépio, que nos apresenta a Sagrada Família, os Pastores e os Magos: todos eles são pessoas a caminho. Todos eles caminham com a mesma pressa do Amor, que move o céu e as estrelas. Todos eles partem e regressam por um caminho novo. E, para que também nós prossigamos juntos por um caminho novo, sugerimos este desafio: Ano novo, sapatos novos. Como calçar estes sapatos novos, na estreia de um novo ano? Sugerimos três atitudes:maravilhar-se, mudar de vida, construir a paz.
1.Maravilhar-se! «Todos os que ouviam, admiravam-se do que os pastores diziam» (Lc 2,18). A isto somos chamados hoje, com o olhar ainda fixo no Menino, que nasceu para nós, pobre de tudo e rico de amor. Este é o dia para nos maravilharmos, antes de mais, diante da Mãe de Deus: Deus é um bebé nos braços de uma Mulher, que alimenta o seu Criador. Tal é o mistério que celebramos hoje e como ele suscita uma maravilha infinita: Deus, através da maternidade divina de Maria, ligou-Se à nossa humanidade para sempre. Deus e o homem sempre juntos, no mesmo caminho: eis a boa notícia no início do ano. Não estamos sós. Maravilhar-se é, pois, a atitude que devemos ter no início de um novo ano civil, porque a vida é um dom que nos possibilita começar sempre de novo. Por isso, no meio das agruras e amarguras, nunca percamos a infância, a capacidade de espanto, de maravilhamento, de encantamento, perante o mistério e as surpresas de Deus, na nossa vida de cada dia. A vida é uma viagem cheia de surpresas. Não passemos ao lado.
2.Mudar de vida: «Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido» (Lc 2,20). Os pastores regressam cheios de Deus, cheios de alegria, por um caminho novo, porque quem se encontra ou se deixa encontrar pelo Senhor não pode senão mudar a rota e o estilo da sua vida.É esta mudança de vida que fará novo o ano de 2022. Bem o sabemos: a novidade deste ano não nos vem dos sapatos novos que calçamos (e às vezes apertam os calos a tal ponto que preferimos calçar os velhos), nem resulta tampouco da imediata mudança de ano no calendário civil. Ora a mudança não acontece por um passe de magia, na passagem de ano. Irmão, irmã: se queres um ano novo, faz com que a mudança comece por ti. A mudança que sonhas para a tua vida, para a tua família, para a tua Igreja, começa em ti, começa por ti.
3.Construir a paz: Esta é uma missão artesanal feita à mão, por cada um. Não é obra apenas dos poderosos envolvidos na complexa arquitetura da paz.O Papa sugere-nos, neste dia, três caminhos a percorrer:primeiro, o diálogo entre as gerações, como base para a realização de projetos compartilhados. Depois, aeducação, como fator de liberdade, responsabilidade e desenvolvimento. E, por fim, a promoção de um trabalho digno, para uma plena realização da dignidade humana.
Irmão, irmã: não é o brilho dos sapatos novos, que tornam belos os nossos pés. “Belos são os pés do mensageiro que anuncia a paz” (Is 52,7). Belas são as tuas mãos, que constroem a paz em cada dia do novo ano de 2022!
Homilia na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus 2022
3.º esquema: com desenvolvimento da mensagem do papa para o dia mundial da paz
Ano novo, sapatos novos.Como calçar estes sapatos novos, na estreia de um novo ano, para pormos pés ao caminho, juntos pela novidade do Natal? Sugerimos três atitudes:maravilhar-se, mudar de vida, construir a paz.
1.Maravilhar-se! «Todos os que ouviam, admiravam-se do que os pastores diziam» (Lc 2, 18). A isto somos chamados hoje, com o olhar ainda fixo no Menino, que nasceu para nós, pobre de tudo e rico de amor. Este é o dia para nos maravilharmos, antes de mais, diante da Mãe de Deus: Deus é um bebé nos braços de uma Mulher, que alimenta o seu Criador. Tal é o mistério que celebramos hoje e como ele suscita uma maravilha infinita: Deus, através da maternidade divina de Maria, ligou-Se à nossa humanidade para sempre. Deus e o homem sempre juntos, no mesmo caminho: eis a boa notícia no início do ano. Maravilhar-se é, pois, a atitude que devemos ter no início de um novo ano civil, porque a vida é um dom que nos possibilita começar sempre de novo.
2.Mudar de vida: «Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido» (Lc 2,20). Os pastores regressam cheios de Deus, cheios de alegria, por um caminho novo, porque quem se encontra ou se deixa encontrar pelo Senhor não pode senão mudar a rota e o estilo da sua vida.É esta mudança de vida que fará novo o ano de 2022. Bem o sabemos: a novidade deste ano não nos vem dos sapatos novos que calçamos (e às vezes apertam os calos a tal ponto que preferimos calçar os velhos), nem resulta tampouco da imediata mudança de ano no calendário civil. Ora a mudança não acontece por um passe de magia, na passagem de ano. Irmão, irmã: se queres um ano novo, faz com que a mudança comece por ti. A mudança que sonhas para a tua vida, para a tua família, para a tua Igreja, começa em ti, começa por ti.
3. Construir a paz. O Papa sugere-nos, neste dia, três caminhos novos a percorrer:
3.1. Primeiro, o diálogo entre as gerações. “Dialogar significa ouvir-se um ao outro, confrontar posições, pôr-se de acordo e caminhar juntos” (MDMP 2021). Os mais velhos aprendem com a ciência e a técnica dos mais novos; os mais novos crescem com a paciência e a sabedoria dos mais velhos. Caminhemos sempre juntos, numa verdadeira aliança de gerações.
3.2.Depois, aeducação. “Educar os filhos não é nada fácil. Mas não esqueçamos que também eles nos educam. O primeiro ambiente educativo continua sempre a ser a família, nos pequenos gestos que são mais eloquentes do que as palavras. Educar é, antes de tudo, acompanhar os processos de crescimento, estar presente de várias formas para que os filhos possam contar com os pais em cada momento. Eles precisam de uma segurança que os ajude a sentir confiança nos pais, na beleza das suas vidas, na certeza de nunca estarem sozinhos, aconteça o que acontecer” (Papa Francisco, Carta aos esposos, 26.12.2021). Queridos pais: apostai tudo na educação, mas não deixeis que ninguém vos substitua como primeiros e principais educadores.
3.3.E, por fim, a promoção de um trabalho digno. Jesus nasceu próximo dos pastores, que estavam a trabalhar durante a noite. Jesus vem encher de dignidade a dureza do trabalho. É tão importante dar dignidade à pessoa com o trabalho, como dar dignidade ao trabalho da pessoa, porque o Homem é senhor e não escravo do trabalho. E hoje há tantas formas de escravização por meio do trabalho ilegal, mal pago, explorado. Não é bom caminho acusar as pessoas de não quererem trabalhar, para viver à custa de apoios sociais. É preciso também que o trabalho seja digno, adequado à formação e à capacidade de quem o realiza, pago com salários justos, que se diferenciem claramente das prestações sociais.
Irmão e irmã: não é o brilho dos sapatos novos que tornam belos os teus pés. “Belos são os pés do mensageiro que anuncia a paz” (Is 52,7). Belas são as tuas mãos que constroem a paz em cada dia do novo ano de 2022!
