Liturgia e Homilias no XIV Domingo Comum A 2020
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Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei”! Viemos até Ele, em resposta ao Seu convite! Sob o peso da nossa fragilidade, mas também na leveza da graça, que nos salva. Na alegria deste encontro com o Senhor, à volta da Sua mesa, confiemo-nos, desde já, à Sua misericórdia, para encontrarmos n’Ele a mansidão do coração, o refúgio sereno e a paz verdadeira.

Homilia no XIV Domingo Comum A 2020

«Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei» (Mt 11, 28).

1. Neste 1.º domingo de julho, quem poderá sentir-se excluído deste convite? O Senhor sabe quanto cansaço pesa sobre todos nós, no final de um ano letivo, pastoral e laboral, tão surpreendente e tão exigente. E pesam ainda mais as incertezas e as preocupações quanto ao futuro, a breve, a médio e a longo prazo.

2. A primeira coisa a fazer é sair de si mesmo; é não se deixar “afogar” ou “asfixiar” na tristeza que desmoraliza, no lamento que vitimiza, no fechamento que isola e nos enrola sobre nós mesmos e sobre os nossos problemas. Pelo contrário, Jesus quer tirar-nos destas “areias movediças” e, portanto, diz a todos e a cada um: «Vinde. Vem. Sai daí, sai de ti mesmo».

3. Mas ir e sair, para onde? Que destino procurar, para encontrar o repouso esperado? Jesus indica-nos para onde ir: “Vinde a Mim”. Por isso, vamos até Ele. É Ele o nosso destino paradisíaco. Na verdade, por esta altura muitos destinos de sonho parecem adiados, com fronteiras fechadas e o medo do contágio e a crise a cortar-nos as asas. Mesmo sem a ameaça da COVID-19, nós sabemos bem que muitos programas de férias são ilusórios: prometem alívio e distraem um pouco mas, por fim, deixam-nos perdidos e aterrados na mesma solidão anterior. São “fogos de artifício” que não satisfazem. Na verdade, o homem novo, animado pelo Espírito de Deus,não tem necessidade – nas suas férias – de falsos infinitos ou de superlativos do mais belo, do maior e do mais emocionante(São João Paulo II, Homilia, 12.5.1991). Sair ao encontro de alguém pode ser a melhor forma de sair. Procuremos falar com alguém que nos escute, com um amigo, com um perito na matéria... Mas não esqueçamos de ir até Jesus! Não esqueçamos de nos abrirmos a Ele e de Lhe contarmos a nossa vida, de Lhe confiarmos as pessoas e as situações. E Jesus dir-te-á: “Coragem, não sucumbas sob o peso da vida, não te feches diante dos teus medos e dos teus pecados, mas vem a Mim”!

4. Ele espera por nós, espera-nos sempre, não para resolver magicamente os nossos problemas, mas para nos tornar mais fortes em relação a eles. Jesus não nos tira os pesos da vida, mas liberta-nos da angústia do coração; não nos suprime a cruz, mas carrega-a juntamente connosco. E, com Ele, todo o peso se torna leve (cf. Mt 11,30), porque Ele é o repouso que nós buscamos e porque “quem anda no amor não cansa nem se cansa(Santa Teresa de Jesus). Quando Jesus entra na nossa vida chega a paz, aquela paz que permanece também nas provações, nos cansaços, sofrimentos e aflições.

5. Irmãos e irmãs: nestes meses de verão, em que procuramos descanso para o nosso corpo, encontramos no Senhor o repouso verdadeiro para as nossas almas. No Seu coração manso e humilde, encontraremos o refúgio e a paz. O programa de férias de Jesus é este: “Vai para fora cá dentro; vem a Mim”. E tudo isto a custo zero!


Homilia inspirada em Papa Francisco, Angelus, 9.7.2017

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