Felizes! Felizes. Felizes. Felizes. É a palavra com que Jesus começa a sua pregação. E é o refrão que Ele repete hoje, por 4 vezes, como se quisesse, antes de mais nada, fixar no nosso coração uma mensagem basilar: se estás com Jesus, se gostas de escutar a sua Palavra, se procuras vivê-la cada dia, és feliz. Não serás feliz, mas és feliz! Aqui está a primeira realidade da vida cristã. Somos, em Jesus Cristo, filhos amados e esperados do Pai. Eis a razão da nossa alegria, uma alegria que nada e ninguém poderá tirar-nos. Aqui e agora, somos felizes porque convidados para o banquete do Reino. Vistamos o traje de festa, o coração simples e pobre, e confessemos ao Senhor a tristeza da nossa pouca alegria!

Três grandes pecadores, à cabeça da missão: Isaías, o homem de lábios impuros, a quem Deus chama e envia; Paulo, o menor dos apóstolos por ter sido perseguidor de cristãos, que a graça de Deus transforma em arauto do Evangelho; e Pedro, o pecador convertido por Jesus em pescador de homens. “Jesus faz milagres também com o nosso pecado, com aquilo que somos, com o nosso nada, com a nossa miséria” (Papa Francisco, O nome de Deus é misericórdia, 89-90). Diante do Senhor, reconheçamos humildemente, como Isaías, como Paulo, como Pedro, a nossa pequenez e o nosso pecado, para que o Senhor nos tome, transforme e envie em missão.

Caríssimos irmãos: celebrámos com alegria, há 40 dias, a solenidade do Natal do Senhor. Hoje é o santo dia em que Jesus foi apresentado no templo por Maria e José. Exteriormente cumpria as prescrições da Lei mas, na realidade, vinha ao encontro do seu povo fiel. Aqueles dois santos velhos, Simeão e Ana, tinham vindo ao templo sob a inspiração do Espírito Santo; iluminados pelo Espírito, reconheceram o Senhor e anunciavam-n’O a todos com entusiasmo. Também nós, aqui reunidos pelo Espírito Santo, caminhemos para a casa do Senhor ao encontro de Cristo. Aí O encontraremos e O reconheceremos na fração do pão, enquanto aguardamos a Sua vinda gloriosa!

E continuamos, com Jesus, na sinagoga de Nazaré, onde há novos desenvolvimento na reação dos seus conterrâneos. Depois do maravilhamento e louvor, vem o desencanto e a hostilidade. Quão depressa muda o coração em Nazaré. O fracasso de Jesus em Nazaré ajuda-nos a mantermo-nos de pé perante a rejeição, a recusa e a perseguição. Nós aqui vimos, para acolher Jesus, para que Ele não seja expulso da nossa cidade, nem rejeitado pelo nosso coração e para que Ele nos anime e fortaleça na missão. Deixemos que a Sua Palavra nos arda cá dentro e o Seu amor se apodere de nós.

Celebramos hoje, de modo festivo, o Domingo da Palavra. No dia 30 de setembro de 2019, memória litúrgica de São Jerónimo, o Papa Francisco fixou esta data para o Domingo da Palavra: precisamente o dia em que a Igreja celebra o III Domingo do Tempo Comum (Motu proprio Aperuit illis, n.º 3).  O Papa já tinha esclarecido o objetivo deste Domingo da Palavra: “Seria conveniente que cada comunidade pudesse, num domingo do Ano Litúrgico, renovar o compromisso em prol da difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, para compreender a riqueza inesgotável que provém daquele diálogo constante de Deus com o seu povo” (Papa Francisco, Bula Misericordia et Misera, n.º 7). Vamos, por isso, nesta celebração, comprometer a nossa vida com esta Palavra e, à luz desta Palavra, rever toda a nossa vida.

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