Ano da Misericórdia

27 fevereiro 2016
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A Caminhada Quaresma-Páscoa, que agora apresentamos, integra-se na pedagogia de ação pastoral que desejamos implementar na nossa Diocese e que o Plano Diocesano de Pastoral 2015/2020 nos propõe, para motivar todos os agentes de pastoral, mobilizar as comunidades cristãs e fortalecer o sentido de que somos uma só Igreja. Desejamos, assim, neste Ano Jubilar e, particularmente neste tempo da quaresma e da páscoa, “valorizar a formação sobre as obras de misericórdia, traduzidas e concretizadas, para hoje, em resposta às exigências do nosso tempo e aos desafios das novas formas de pobreza” (PDP, 2015, p.31).

Na Carta Pastoral “Felizes os misericordiosos” que, a 3 de dezembro de 2015, poucos dias antes da abertura do Ano Santo da Misericórdia, dirigimos à Diocese, lembrávamos que o Papa Francisco retomou (MV15) o elenco clássico das obras de misericórdia corporais e espirituais (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2447) e convidou-nos a refletir sobre o seu alcance como maneira de “acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do evangelho, onde os pobres são os privilegiados da Misericórdia divina (MV15).

Com esta Caminhada, queremos corresponder a este desejo do Papa Francisco, que nos pede insistentemente para redescobrir e realizar as obras de misericórdia corporais e espirituais.

No evangelho de Mateus, capítulo 25, Jesus abre o coração e a inteligência dos discípulos e apresenta-lhes as obras de misericórdia, como critério incontornável de santidade e condição irrenunciável de bem-aventurança e de recompensa eterna.

Para ajudar os discípulos a compreender que as bem-aventuranças são possíveis e que as obras de misericórdia são necessárias, Jesus diz-lhes em parábolas que a felicidade está ao seu alcance e que Deus se excede em amor e em misericórdia a exemplo do pai diante do filho pródigo, do pastor na procura da ovelha extraviada, da mãe de família na busca da moeda perdida, do publicano humilde que entra no templo e regressa reconciliado, do mesmo modo com que corrige a atitude errada do servo perdoado na sua grande dívida mas sem capacidade de compaixão para perdoar a quem pouco lhe deve (cf. MV 9).

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