Oração para a Bênção da Mesa | 14.09.2025
Destaque

Quando fizeres o sinal da cruz,

fá-lo bem feito.

Não seja um gesto acanhado

e feito à pressa,

 cujo significado

ninguém sabe interpretar.

 Mas uma cruz verdadeira,

lenta e ampla,

da testa ao peito,

dum ombro ao outro.

Recolhe-te bem.

Concentra neste sinal

todos os teus pensamentos e afetos,

à medida que o vais traçando…

Senti-lo-ás então a penetrar-te todo, corpo e alma.

A apoderar-se de ti, a consagrar-te, a santificar-te. Porquê?

É o símbolo da totalidade, o sinal da redenção.

Nosso Senhor remiu todos os homens na cruz.

Pela cruz santifica o homem todo

até à última fibra do seu ser.

Por isso o fazemos antes da oração,

para que nos recolha e ponha espiritualmente em ordem;

fixe em Deus o nosso pensamento, coração e vontade.

Depois da oração,

para que permaneça em nós aquilo que Deus nos deu.

Nas tentações, para que Deus nos fortaleça.

No perigo, para que Ele nos proteja.

No ato da bênção,

para que a plenitude da vida divina penetre na alma,

a torne fecunda e consagre quanto nela há.

Pensa nisto sempre que fazes o sinal da cruz.

É o sinal mais santo que existe.

Fá-lo bem: devagar, amplo, conscientemente.

Envolverá então todo o teu ser, corpo e alma,

pensamentos e vontade, sentido e sentimentos, atos e ocupações,

e tudo nele ficará robustecido, assinalado,

consagrado na força de Cristo,

em nome de Deus uno e trino.

 

Romano Guardini, Sinais Sagrados, SNL, Fátima, 2017, p.12.

Texto escrito em 1927

 

 

Top

A Paróquia Senhora da Hora utiliza cookies para lhe garantir a melhor experiência enquanto utilizador. Ao continuar a navegar no site, concorda com a utilização destes cookies. Para saber mais sobre os cookies que usamos e como apagá-los, veja a nossa Política de Privacidade Política de Cookies.

  Eu aceito o uso de cookies deste website.
EU Cookie Directive plugin by www.channeldigital.co.uk