Este é o último domingo do ano litúrgico. E, no final de um ano litúrgico, os nossos olhos estão postos no fim, «quando Cristo entregar o Reino a Deus, seu Pai». Somos confrontados por esta escolha: viver para ter na Terra… ou dar para ganhar o Céu.
Igreja Mãe e Igreja Esposa. Para isso, deverá começar por ser Igreja Mulher, de género e de génio feminino, à imagem da Mulher forte que o livro dos Provérbios nos retrata, com os traços de uma diligência atenta e pronta para o serviço e no seu amor concreto aos mais pobres.
«Aí vem o Esposo; ide ao seu encontro»! Se há oito dias meditávamos na Igreja como Mãe, hoje somos desafiados a contemplá-la como Esposa de Cristo.
«Aí vem o Esposo; ide ao seu encontro»! Se há oito dias meditávamos na Igreja como Mãe, hoje somos desafiados a contemplá-la como Esposa de Cristo.
Movidos pelo amor de Deus, somos chamados a edificar uma Igreja de rosto materno, “como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar” e os educa pela força do seu exemplo de uma vida dada até ao fim. Reunidos pela Igreja-Mãe, revivemos a nossa consciência e a nossa experiência de filhos de Deus, à volta da mesa da Eucaristia.
E continuamos, pelo segundo dia, a professar, a celebrar e a testemunhar a nossa esperança na Ressurreição. E fazemo-lo nesta comemoração de Fiéis Defuntos, em plena Eucaristia, sacramento da nossa comunhão.
E são dois dias de esperança, projetados naquele terceiro dia, o dia da Ressurreição do Senhor. Os santos são a razão e a esperança de que é possível uma nova humanidade e, com ela, um mundo novo, uma alegria maior, uma vida eterna.
Depois da controvérsia sobre o tributo a César, à pergunta sobre o mandamento maior Jesus responde com a mesma moeda: amar a Deus e amar o próximo. Ambos provêm do mesmo Amor com que Deus primeiro nos amou. Amar a Deus e amar o próximo não é mais do que responder ou corresponder a esse primeiro amor.