Esta é uma daquelas parábolas, de que me abeiro, descalço e a tremer, com medo de tocar na tela e «estragar» a pintura, com explicações, sem propósito. Jesus consegue contar esta parábola, de forma tão viva, tão bela e comovente, que chega a parecer uma novela da vida real, se vestirmos a roupa do filho mais novo, perdido da cabeça, ou a do filho mais velho, duro de coração. Mas se, pelo contrário, nos pusermos à janela do Pai misericordioso, com vista direta para o coração de Deus, a nossa perspetiva muda completamente. Nada naquele Pai é normal: a liberdade com que entrega a herança e deixa o filho partir, a esperança que O mantém à janela de olho no filho até que regresse, a festa de arromba que manda preparar sem esperar por um pedido de perdão, a loucura daquela alegria maior que Lhe inunda o coração ao oferecer sem medida o perdão.
Francisco encontrou-se hoje com responsáveis das organizações solidárias da Igreja Católica em todo o mundo
Cidade do Vaticano, 26 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa classificou hoje a caridade como uma atitude “mais precisa do que nunca” no mundo, numa audiência com os participantes de um congresso dedicado aos 10 anos da encíclica “Deus caritas est”.
Segundo a sala de imprensa da Santa Sé, durante o encontro no Vaticano, Francisco enalteceu o esforço que a Cáritas e outras organizações solidárias católicas têm feito no mundo no sentido de “garantir aos mais pobres uma vida mais digna e humana”.
Numa terra tão árida e seca, como a Palestina, «dar de beber a quem tem sede» chegava a ser mais importante do que «dar de comer a quem tem fome». A resistência à sede é, nos seres vivos, bem mais curta do que a de um longo tempo de fome. Por isso, esta obra de misericórdia para com os homens é também um dever sagrado para com os animais e os outros seres vivos.