Vamos com alegria. Subamos a Jerusalém.Antes, porém, a meio do caminho, rumo a Jerusalém, Jesus convida os seus mais íntimos amigos, a subir com Ele a um alto monte, a um lugar retirado, para uma pausa, para uma visão a partir do alto. E aí – diz o texto – Jesus transfigurou-Se. Na prática, Jesus mostrou-lhes, por um momento, a meta gloriosa do caminho da cruz: a Sua Ressurreição. Mas a visão dessa meta, não é uma ilusão enganadora. É um vislumbre de esperança e de confiança, para que possamos aguentar a subida a Jerusalém, suportando e superando as provações da vida. Somos chamados, nesta 2.ª semana da Quaresma a viver a alegria no meio das provações. E hoje trataremos das feridas familiares, que se contam entre as mais difíceis provações da nossa vida.
“Vamos com alegria. Subamos juntos a Jerusalém”. Este é o convite do Senhor, para esta Quaresma, que iniciámos na passada Quarta-Feira de Cinzas e que tem como meta a Páscoa gloriosa de Cristo. É um caminho de quarenta dias, de libertação e para alcançarmos a liberdade; um caminho que passa pelo deserto da oração e da conversão da tristeza em alegria. Neste domingo e nesta primeira semana, vivamos a alegria da conversão, daquela mudança de rota, que traz o amor, a harmonia e a paz de volta ao nosso coração.
“Vamos com alegria. Subamos juntos a Jerusalém”. Este é o convite do Senhor, no início do nosso caminho quaresmal, cuja meta é a Sua Páscoa gloriosa. É um caminho árduo de liberdade e de libertação, um caminho que passa pelo deserto da oração e da conversão, um caminho que implica uma luta livre contra os muitos falsos deuses a quem servimos. É um caminho de subida para a cruz, que nos desafia a descer até ao fundo de nós mesmos, a abandonarmos os vínculos ou os laços que nos prendem, para regressarmos ao Senhor, para voltamos ao Seu primeiro amor (Os 2,16-17). É um caminho de conversão da tristeza em alegria: da tristeza pelo pecado e pela ausência do Senhor nas nossas vidas; da alegria, que brota sempre da Sua Páscoa, das suas chagas, das suas feridas, abertas por amor. Aclamemos o Senhor, que é rico em misericórdia.
Celebramos, neste Domingo (amanhã), dia 11 de fevereiro, o Dia Mundial do Doente. Somos desafiados pelo Papa Francisco, na sua Mensagem, a cuidar do doente, cuidado das relações, imitando assim o próprio Jesus, que cura salvando e nos salva curando. As suas curas retiram das margens os excluídos, que podem então voltar ao convívio familiar, religioso e social. Jesus tudo faz para a maior glória de Deus. E a glória de Deus é o homem vivo: são e salvo, curado e salvo no Seu amor. Por isso, conscientes da nossa impureza, pedimos ao Senhor que nos limpe. Que nos purifique. Que o toque da Sua mão misericordiosa nos deixe limpos, para participar na Sua mesa.
No diário de Jesus, feito por São Marcos, Jesus tem tempo para rezar, para pregar, para curar. Tempo para Deus e tempo para os irmãos. E são muitas as curas que Jesus faz. Impressiona-nos o tempo que Jesus dedica às pessoas doentes. Reunidos hoje à volta de Jesus, é a nós que Ele quer pregar, é a nós que Jesus quer curar. É connosco que Ele quer rezar. Conscientes dos nossos males e das nossas misérias, voltemo-nos para Ele e deixemo-nos curar pela Sua misericórdia.
Jesus entra na sinagoga a um sábado. E ali ensina com a autoridade que lhe vem da Sua proximidade, da Sua unidade, da Sua coerência de vida! A Sua Palavra é eficaz e os Seus gestos são eloquentes. Jesus é o que diz. Ele faz ao dizer. Ele fala ao fazer. Ele enfrenta e afronta o mal pela sua raiz. Jesus liberta-nos do pecado que nos divide. No fulgor da luz deste Deus Santo, reconheçamos a nossa face negra, as sombrias regiões dos nossos pecados, sobretudo os de incoerência e de desobediência à Palavra de Deus.
Hoje celebramos o 3.º do Tempo Comum. Desde há 5 anos que o Papa Francisco nos pede que este seja o “Domingo da Palavra de Deus”. É um Domingo “dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus" (Aperuit Illis, 3). Seja este Domingo da Palavra “não uma vez por ano, mas uma vez por todo o ano” (Aperuit Illis, 3). “Permanecei na minha Palavra” (Jo 8,31)é o desafio que marca a celebração deste 5.º Domingo da Palavra. Só assim nos tornaremos discípulos de Jesus! A celebração deste Domingo da Palavra é, pois, uma oportunidade, para descobrirmos a importância da Palavra de Deus na nossa vida, quer como fiéis ouvintes, quer como anunciadores e testemunhas.
Com o mês de janeiro, quase a meio, deixámos o calor das festas e enfrentamos o frio destes dias, os dias do nosso quotidiano. É um tempo para crescer no conhecimento e na amizade com Cristo. Aquele Jesus que Se manifestou outrora no Presépio e nas águas do Rio Jordão é agora indicado por João Batista aos seus discípulos como «o Cordeiro de Deus». Nesta Eucaristia, Ele oferece-Se e dá a Vida por nós. E, na humildade da Sua entrega, chama-nos a procurá-l’O, a encontrá-l’O e segui-l’O, de corpo e alma.