Homilia no III Domingo da Páscoa C 2019 | Dia da Mãe 2019 | Início da Semana das Vocações
1.Sem Cristo, o Homem do leme, o grupo disperso dos discípulos volta à pesca, regressa às lides de antigamente, faz-se ao mar. Mas andaram toda a noite… e os sete não apanharam nada! Nesta escuridão estéril, e sem nada para comer, Jesus vem ao encontro daqueles pescadores, para lhes quebrar a paralisia da normalidade. Ele não quer que a vida dos seus discípulos se torne prisioneira do banal ou que se deixe arrastar por inércia, nos hábitos de todos os dias. O Senhor não quer que eles se resignem a viver o dia a dia, pensando que afinal de contas não há nada por que valha a pena comprometer-se apaixonadamente, apagando a inquietação interior de quem procura novas rotas para a nossa navegação. Por isso e para isso, Jesus manifesta-Se, pela terceira vez, ao romper da manhã, como no dia inaugural da Sua Páscoa gloriosa. Com Ele vem a luz do dia! E, à Sua Palavra «Lançai a rede» (Jo 21,6), os discípulos retomam ânimo e fazem-se ao mar, porque quem não arrisca não petisca! E eis que são surpreendidos e arrastados pela abundância da pesca. Reconhecem então que estão diante do mesmo “Homem do leme” que um dia os chamara, nas margens do mesmo mar da Galileia, e os desafiara a ter a coragem de arriscar tudo com Ele e por Ele.Jesus viera pela terceira vez ao seu encontro, para os desafiar a entrar num grande projeto; apresenta-lhes o horizonte de um mar mais amplo e de uma pesca superabundante.Se os faz experimentar uma «pesca miraculosa», é porque lhes quer fazer descobrir que cada um deles é chamado – de diferentes modos – para algo de grande, e que a vida não deve ficar presa nas redes do sem sentido e daquilo que anestesia o coração. Em suma, a vocação é um convite a não ficar parado na praia com as redes na mão, mas a seguir Jesus pelo caminho que Ele pensou para nós, para a nossa felicidade e para o bem daqueles que nos rodeiam.
2. Irmãos e irmãs: neste Ano missionário, neste início da Semana de Oração pelas Vocações, e neste tão belo Dia da Mãe, a ação de Jesus Ressuscitado junto dos discípulos desafia-nos a termos a generosidade e a coragem de Maria, nossa Mãe, e de todas as mães, que são capazes de arriscar tudo, pela promessa de Deus!
2.1. Penso, antes de mais nada, na Igreja como Mãe, que nos gera e dá à luz, através do Batismo. É precisamente na comunidade eclesial, como no ventre de uma mãe, que nasce e se desenvolve a existência cristã. Precisamente porque nos gera para a vida nova e nos leva a Cristo, a Igreja é nossa Mãe; devemos amá-la e embelezá-la quando vislumbramos no seu rosto as rugas do nosso pecado.
2.2. Por outro lado, uma boa mãe não retém para si os filhos; ajuda-os a fazerem-se à vida, para não permanecerem comodamente debaixo das suas asas maternas ou, dito de outro modo, para não ficarem parados na praia, a reparar as redes do barco, que lhes dá mais segurança. Encorajados pelo testemunho das mães, os filhos tornar-se-ão capazes de se fiar na promessa do Senhor e deixar tudo o que os poderia manter amarrados ao seu pequeno barco, impedindo-os de fazer uma escolha definitiva. Como uma mãe corajosa, a Igreja não pode tornar-se uma babysitter, mas deve lançar os seus filhos no mar da vocação, fazê-los sair de si mesmos em missão. Na verdade, Jesus que vem ao nosso encontro nas praias das nossas vidas, desafia-nos, a partir do belo exemplo das nossas mães, a termos a coragem de arriscar com Ele e por Ele, a aventurarmo-nos por novas rotas, rumo a um sonho maior, para que as nossas vidas não fiquem vazias e a Igreja se torne uma mãe estéril.
3. Irmãos e irmãs, e particularmente vós, os mais novos: não vos deixeis contagiar pelo medo, que vos paralisa, à vista dos altos cumes, que o Senhor vos propõe. Àqueles que deixam as redes e o barco para O seguirem, Jesus promete a alegria de uma vida nova, que enche o coração e anima o caminho. Se quereis perder o medo, voltai hoje aos braços d’Aquela que foi portadora da promessa de Deus e dizei-Lhe: “Mãe, obrigado(a) pela coragem de arriscar!”
Homilia no III Domingo da Páscoa C 2019 | Dia da Mãe 2019 | Início da Semana das Vocações
fórmula mais breve
1. Neste Ano missionário, neste início da Semana de Oração pelas Vocações, e neste tão belo Dia da Mãe, a ação de Jesus Ressuscitado junto dos discípulos desafia-nos a termos a generosidade e a coragem de Maria, nossa Mãe, e de todas as mães, que são capazes de arriscar tudo, pela promessa de Deus, quando diz aos discípulos: «Lançai a rede» (Jo 21,6).
2. Uma boa mãe não retém para si os filhos, ajuda-os a fazerem-se à vida, para não permanecerem comodamente debaixo das suas asas maternas ou, dito de outro modo, para não ficarem parados na praia, a reparar as redes do barco, que lhes dá mais segurança. Encorajados pelo testemunho das mães, os filhos tornar-se-ão capazes de se fiar na promessa do Senhor e deixar tudo o que os poderia manter amarrados ao seu pequeno barco, impedindo-os de fazer uma escolha definitiva.
3. Como uma mãe corajosa, a Igreja não pode tornar-se uma babysitter, mas deve lançar os seus filhos no mar da vocação, fazê-los sair de si mesmos em missão. Na verdade, Jesus que vem ao nosso encontro nas praias das nossas vidas, desafia-nos, com o exemplo das nossas mães, a termos a coragem de arriscar com Ele e por Ele, a aventurarmo-nos por novas rotas, rumo a um sonho maior, para que as nossas vidas não fiquem vazias e a Igreja se torne uma mãe estéril.
4. Irmãos e irmãs, e particularmente vós, os mais novos: não vos deixeis contagiar pelo medo, que nos ata, que não nos deixa ser livres. O Senhor pede-vos a coragem de ser mais, de dar mais, de ir mais longe, de ir contra a corrente, de ser diferente. Ser discípulo, isto é, seguir Jesus, e ser missionário, isto é, anunciá-l’O, pede-nos muita coragem e ousadia, sobretudo quando os outros, que nos rodeiam, se contentam em viver a vida apenas a pensar em si ou a pensar só no que comer ou vestir.
5. Àqueles que deixam as redes e o barco para O seguirem, Jesus promete a alegria de uma vida nova, que enche o coração e anima o nosso caminho. Se quereis perder o medo, olhai para as vossas mães, voltai hoje aos braços d’Aquela que foi portadora da promessa de Deus e dizei-Lhe: “Mãe, obrigado(a) pela coragem de arriscar!”