Liturgia e Homilias no III Domingo da Quaresma C 2019
Destaque

No cais da conversão, há um sério aviso à navegação: «Se não vos converterdes, morrereis todos» (Lc 13,5). A tempestade IDAI, em Moçambique, em resultado da emissão desproporcional de gases de efeito estufa, é um grito de Deus, no gemido da Criação, a dizer-nos: “ou mudais de rota ou morrereis todos”! Até a jovem baleia dada à costa, nas Filipinas, com 40 kg de plástico no estômago, parece trazer de volta a mensagem de Jonas: toda a Terra será destruída, “os homens e os animais, os bois e as ovelhas” (Jn 3,7.8), se o homem velho, dominador e devorador não se converter em nova criatura (2 Cor 5,7), se não aprender a viver como filho de Deus e como irmão. Estou decidido a mudar o meu estilo de vida e os meus hábitos de consumo, de modo a alegrar-me com pouco, com o mais simples, dando apreço às pequenas coisas da vida (cf. LS 222-223)? Ou mudamos já e agora ou morreremos todos! Não há um Planeta B!

Homilia no III Domingo da Quaresma C 2019 – 1.º ESQUEMA

 

1. No cais da conversão, há um sério aviso à navegação: «Se não vos converterdes, morrereis todos» (Lc 13,5), o mesmo é dizer, se não mudardes de rota não chegareis a bom porto! É preciso arrepiar caminho e sem demora. Esta mudança começa em mim e por mim e não se faz sem mim, porque, nesta barca, ou se salvam todos ou não se salva ninguém. “Quem se julga de pé tenha cuidado para não cair” (1 Cor 10,12).

2. 40 dias para chegar a bom porto” é o tempo favorável da infinita paciência de Deus. Jesus compara este prazo especial ao cuidado de um camponês, que mima a sua figueira e lhe dá mais um ano, na esperança de que venha a dar frutos. Esta oportunidade de salvação ganha particular significado quando recordamos o incisivo apelo à conversão, que o profeta Jonas lançara outrora aos ninivitas: «Dentro de quarenta dias Nínive será destruída» (Jn 3,4). Não é uma ameaça. É a certeza de que o mundo não pode mudar se não mudarmos nós. E já.Não adiemos a conversão. O tempo de Deus é infinito, mas o nosso tem prazo de validade.

3. É urgente, por isso, a conversão, a mudança, a vários níveis:

+ Conversão pessoal, mudando a rota da nossa vida, e voltando o nosso coração definitivamente para o Senhor, para chegarmos com Ele a bom porto.Estou disponível para confiar às mãos de Cristo o leme da minha vida e mudar de rota?

+ Conversão moral, afastando-se cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado, para produzir abundantes frutos de amor.Estou decidido a dar prioridade às necessidades dos outros sobre os meus interesses?

+ Conversão ecológica (LS 217), cuidando do mundo como Casa comum, para transformarmos os desertos da Terra em jardim da nova Criação. A tempestade IDAI, em Moçambique, em resultado da emissão desproporcional de gases de efeito estufa, é um grito de Deus, no gemido da Criação, a dizer-nos: “ou mudais de rota ou morrereis todos”! Até a jovem baleia dada à costa, nas Filipinas, com 40 kg de plástico no estômago, parece trazer de volta a mensagem de Jonas: toda a Terra será destruída, “os homens e os animais, os bois e as ovelhas” (Jn 3,7.8), se o homem velho, dominador e devorador não se converter em nova criatura (2 Cor 5,7), se não aprender a viver como filho de Deus e como irmão. Estou decidido a mudar o meu estilo de vida e os meus hábitos de consumo, de modo a alegrar-me com pouco, com o mais simples, dando apreço às pequenas coisas da vida (cf. LS 222-223)? Ou mudamos já e agora ou morreremos todos! Não há um Planeta B!

+ Conversão missionária, vencendo a tentação de Jonas, de fugir para um lugar seguro. Talvez nos sintamos relutantes em deixar um território que nos era conhecido e controlável. Temos medo de enfrentar contextos novos e mais difíceis. Saiamos ao encontro dos outros, para os escutar nos seus sonhos e anseios, para lhes propor um caminho novo, para os contagiar na alegria da fé, de modo que o nosso respeito pela diferença não nos faça cair na indiferença! Estou decidido a vencer a síndrome de Jonas, a perder o medo, a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora, a avançar «por mares nunca dantes navegados»?

 

4. Estamos no cais da conversão. A conversão é a inversão da rota do barco que, se continua assim, vai mesmo encalhar nas rochas! Nessa altura, pouco importa fazer a conta dos bons e dos maus. Porque todos temos de mudar de rumo!

5. Lembremo-nos, por fim, da séria advertência de Jesus, que recai agora sobre nós: “No dia do juízo, – disse Jesus – os habitantes de Nínive hão de levantar-se contra esta geração, para a condenar, porque fizeram penitência, quando ouviram a pregação de Jonas. Ora aqui está quem é mais do que Jonas” (Mt 12,41). Entremos com Ele, neste cais da conversão, para sairmos de nós mesmos, sem medo, e chegarmos juntos a bom porto!


Homilia mais breve no III Domingo da Quaresma C 2019 -2.º ESQUEMA (catequese)

 

1. No cais da conversão, há um sério aviso à navegação: «se não vos converterdes, morrereis todos» (Lc 13,5), o mesmo é dizer, se não mudardes de rota, não chegareis a bom porto. Temos “40 dias para chegar a bom porto”, mas já não falta um mês para a Páscoa. Este é o tempo favorável da infinita paciência de Deus, que Jonas anunciava dizendo: «Dentro de quarenta dias Nínive será destruída» (Jn 3,4). Não é uma ameaça. É a certeza de que o mundo não pode mudar se não mudarmos nós. E já. Não adiemos a conversão. O tempo de Deus é infinito, mas o nosso tem prazo de validade.

2. É urgente, por isso, a conversão, a mudança, a vários níveis:

+ Conversão pessoal, mudando a rota da nossa vida. Esta mudança começa em mim e por mim e não se faz sem mim, porque, nesta barca, ou se salvam todos ou não se salva ninguém.

Estou disponível para confiar às mãos de Cristo o leme da minha vida e mudar de rota?

+ Conversão moral, afastando-se cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado, para produzir frutos de amor.

Estou decidido a dar prioridade às necessidades dos outros sobre os meus interesses?

+ Conversão ecológica (LS 217), cuidando do mundo como Casa comum, para transformarmos os desertos da Terra em jardim da nova Criação. A tempestade IDAI, em Moçambique, é um grito de Deus, no gemido da criação, a dizer-nos: “ou mudais de rota ou morrereis todos”! Até a jovem baleia dada à costa, nas Filipinas, com 40 kg de plástico no estômago, parece trazer de volta a mensagem de Jonas: toda a Terra será destruída, “os homens e os animais, os bois e as ovelhas” (Jn 3,7.8), se o homem velho, dominador e devorador não se converter em nova criatura (2 Cor 5,7), se não aprender a viver como filho de Deus e como irmão.

Estou decidido a mudar o meu estilo de vida e os meus hábitos de consumo, de modo a alegrar-me com pouco, com o mais simples, dando apreço às pequenas coisas da vida (cf. LS 222-223)?

Eis alguns modos de cuidar a criação, com pequenas ações diárias:resguardar-se um pouco mais em vez de ligar o aquecimento, evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias (cf. LS 211).

Ou mudamos já e agora ou morreremos todos! Não há um Planeta B!

3. Lembremo-nos, por fim, da séria advertência de Jesus, que recai agora sobre nós: “No dia do juízo, – disse Jesus – os habitantes de Nínive hão de levantar-se contra esta geração, para a condenar, porque fizeram penitência, quando ouviram a pregação de Jonas. Ora aqui está quem é mais do que Jonas” (Mt 12,41). Entremos com Ele, neste cais da conversão, para sairmos de nós mesmos, sem medo, e chegarmos juntos a bom porto!

 

Homilia no III Domingo da Quaresma C 2019 – 3.º ESQUEMA

 

1. No cais da conversão, há um sério aviso à navegação: «Se não vos converterdes, morrereis todos» (Lc 13,5), o mesmo é dizer, se não mudardes de rota não chegareis a bom porto! É preciso arrepiar caminho e sem demora. Esta mudança começa em mim e por mim e não se faz sem mim, porque, nesta barca, ou se salvam todos ou não se salva ninguém. “Quem se julga de pé tenha cuidado para não cair” (1 Cor 10,12).

2. 40 dias para chegar a bom porto” é para todos o tempo favorável da infinita paciência de Deus. Jesus compara este prazo especial ao cuidado de um camponês, que mima a sua figueira e lhe dá mais um ano, na esperança de que venha a dar frutos. Esta oportunidade de salvação ganha particular significado quando recordamos o incisivo apelo à conversão, que o profeta Jonas lançara outrora aos ninivitas: «Dentro de quarenta dias Nínive será destruída» (Jn 3,4). Não é uma ameaça. É a certeza de que o mundo não pode mudar se não mudarmos nós.

3. O apelo de Jonas contém, pois, um especial significado de urgência de salvação, de necessidade imperiosa de conversão, a vários níveis:

+ Conversão pessoal, mudando a rota da nossa vida, e voltando o nosso coração definitivamente para o Senhor, para chegarmos com Ele a bom porto.

Estou disponível para confiar às mãos de Cristo o leme da minha vida e mudar de rota?

+ Conversão moral, afastando-se cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado, para produzir abundantes frutos de amor.

Estou decidido a dar prioridade às necessidades dos outros sobre os meus interesses?

+ Conversão ecológica (LS 217), cuidando do mundo como Casa comum, para transformarmos os desertos da Terra em jardim da nova Criação. Na verdade, morreremos todos e tudo será destruído, “os homens e os animais, os bois e as ovelhas” (Jn 3,7.8), se o homem velho, dominador e devorador não se converter em nova criatura (2 Cor 5,7), se não aprender a viver como filhode Deus e como irmão.

Estou decidido a mudar o meu estilo de vida e os meus hábitos de consumo, de modo a alegrar-me com pouco, com o mais simples, dando apreço às pequenas coisas da vida (cf. LS 222-223)?

 Conversão missionária, vencendo a tentação de Jonas, de fugir para um lugar seguro. Esse lugar seguro pode ter muitos nomes, tais como o individualismo, o espiritualismo, o fechamento em mundos pequenos, a dependência, a instalação, as ideias fixas, o saudosismo, o pessimismo, o refúgio nas leis (cf. GE 134). É grande a tentação da habituação, do “fez-se sempre assim” (EG 33). Talvez nos sintamos relutantes em deixar um território que nos era conhecido e controlável. Temos medo de enfrentar contextos novos e mais difíceis. Saiamos ao encontro dos outros, para os escutar nos seus sonhos e anseios, para lhes propor um caminho novo, para os contagiar na alegria da fé, de modo que o nosso respeito pela diferença não nos faça cair na indiferença!

Estou decidido a vencer a síndrome de Jonas, a perder o medo, a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora, a avançar «por mares nunca dantes navegados»?

 

4. Deixemos que o Senhor venha hoje despertar-nos, “dar-nos um abanão na nossa sonolência, libertar-nos da inércia, para nos deixarmos mover pelo que acontece ao nosso redor e pelo clamor da Palavra viva e eficaz do Ressuscitado” (GE 137), que nos precede e nos excede no Seu amor.É realmente preciso mudar, em várias direções, mas num rumo certo e aberto à novidade de Deus na nossa vida!

5. Lembremo-nos, por fim, da séria advertência de Jesus, que recai agora sobre nós: “No dia do juízo, – disse Jesus – os habitantes de Nínive hão de levantar-se contra esta geração, para a condenar, porque fizeram penitência, quando ouviram a pregação de Jonas. Ora aqui está quem é mais do que Jonas” (Mt 12,41). Entremos com Ele, neste cais da conversão, para sairmos de nós mesmos, sem medo, e chegarmos juntos a bom porto!

 

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