Liturgia e Homilias na Solenidade da Santíssima Trindade
Destaque

 

Concluído o tempo pascal, celebramos hoje a Solenidade da Santíssima Trindade, como coroamento e meta do caminho do amor, no âmbito do 17.º Dia Diocesano da Família. Esta solenidade aviva em nós a adoração do mistério do Deus único, na unidade indivisível do amor e na comunhão perfeita das três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta comunhão é a própria vida de Deus, o mistério do Seu amor, no qual nos movemos, somos e existimos.

 

HOMILIA NA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE B 2018

Movidos pelo amor de Deus, a alegria do Evangelho é a nossa missão!

1. Este é o lema do nosso ano pastoral, que caminha a passos largos para a sua conclusão. Depois da longa caminhada, das Cinzas ao Pentecostes, inspirada no Hino ao Amor, a Solenidade da Santíssima Trindade permite-nos agora uma síntese e um coroamento da mesma, centrando-nos e concentrando-nos na origem, na forma e na meta deste caminho: o amor trinitário de Deus. Chamamos Santíssima Trindade a esta comunhão perfeita de amor entre as três Pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo), as quais existem uma para a outra, uma com a outra, uma pela outra, uma na outra. É no oceano infinito deste amor de Deus, deste Deus que é Amor (1 Jo 4,6), que afinal todos nós “nos movemos, somos e existimos” (At 17,28). Portanto, o que nos move, o que nos impele verdadeiramente é este amor de Deus que Se revelou em Jesus Cristo e que foi derramado pelo Espírito Santo em nossos corações. Este amor, que se vive em Deus, à imagem do qual fomos criados, chama-nos, por isso, a viver, no mesmo amor, não uns sem os outros, não uns sobre os outros ou uns contra os outros, mas uns com os outros, uns pelos outros e uns nos outros. Onde houver este amor, capaz de se dar e receber mutuamente, na aceitação, partilha e valorização das diferenças, aí habita o nosso Deus, pois, como disse Santo Agostinho: «Se vês a caridade, vês a Trindade».

 

2.Por isso, esta Solenidade da Santíssima Trindade desafia-nos, em Igreja, em família, em sociedade, a viver da caridade, a viver a caridade e a viver em caridade!

2.1. Movidos pelo amor de Deus, vivamos da caridade! Não nos entreguemos às boas ações ou às obras de misericórdia, por ímpeto da nossa vontade, por nossa própria conta e risco, apostados nas nossas forças, virtudes ou qualidades, que depressa se cansam ou esgotam. Não. Vamos à fonte beber e viver da caridade verdadeira, daquele amor que brota do mistério trinitário e que dimana, para todos nós, nas múltiplas experiências do encontro com Cristo, na escuta e anúncio da Palavra, na oração e celebração dos sacramentos, no testemunho feliz do amor recebido e oferecido. É esse amor que nos habilita e capacita, que nos inspira e nos impele, que nos remove de nós mesmos e nos move a sair do nosso pequeno mundo de interesses, em direção ao bem dos outros. Perder o contacto com esta fonte inesgotável do amor divino é submeter a caridade a um curto prazo de validade.

2.2. Movidos pelo amor de Deus, vivamos a caridade, na prática concreta do mandamento novo do amor, «como Ele nos amou». Tornemo-nos verdadeiros evangelizadores, que anunciam a Boa Nova, não apenas com palavras, mas sobretudo com uma vida transfigurada pela presença de Deus, movida e comovida pelo Seu amor. Vivamos, na relação pessoa a pessoa, este amor concreto; e, como comunidade cristã, como comunidade samaritana, empenhemo-nos no serviço e na atenção do amor, em favor dos que mais precisam (cf. EG 199). Que o estilo da nossa paróquia seja “marcado pelo acolhimento, pela presença solidária e pela proximidade humilde” (Dom Carlos Azevedo).

2.3. Movidos pelo amor de Deus, vivamos em caridade, fomentando nas nossas comunidades a comunhão visível, a unidade de alma e coração, a partilha de bens materiais e espirituais, a valorização da justa diversidade de dons e ministérios, o diálogo paciente e permanente entre todos, a cultura do encontro e da proximidade, a estima recíproca entre pessoas e grupos.

 

3. Assim, queridos irmãos e irmãs, enraizados, embebidos, envolvidos, movidos e comovidos pelo amor de Deus, teremos todo o poder, para sair ao encontro de todos, batizar a todos, ensinar a todos e a todos e em todos os tempos levar a alegria do Evangelho.

 

Movidos pelo amor de Deus, a alegria do Evangelho é a nossa missão!

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