Liturgia e Homilia no III Domingo de Advento A 2016
Destaque

Com Maria e José, sonhar a alegria do Natal” que já se aproxima! É a alegria no Senhor! É a alegria do Senhor. É a alegria porque o Senhor está próximo! É também a alegria de quem sonha e espera o nascimento de um Menino! É a alegria que o mundo não dá, mas “que desperta, como uma secreta, mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias” (EG 6). É alegria que brota na fonte do amor maior, que é o amor de Deus. É alegria do nosso encontro com Cristo. “Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria” (EG 1). Desta alegria, somos todos felizes mensageiros. Todos mensageiros do sonho de Deus!

Homilia no III Domingo do Advento A 2016

Mensageiros do sonho

 

1.“Com Maria e José, sonhar a alegria do Natal”. E podemos sonhá-la com o profeta Isaías, que nos acorda “com brados de alegria” e nos encoraja, na esperança de um Deus, que está aí e vem salvar-nos! E podemos sonhar a alegria do Natal, com a paciência do agricultor, que dilata o seu coração, até chegar o tempo maduro da ceifa! E podemos sonhar a alegria do Natal, com João Batista, que aprende a ver os sinais da vinda do Senhor, não no espetáculo mágico da força ou do poder, mas nas obras do amor, de cada dia!

2. Os sinais do Messias são fonte daquela alegria “que se vive no meio das pequenas coisas da vida de cada dia” (EG 4): quando se abrem os olhos para a luz a alguém que caminha na escuridão; quando se consola alguém que sofre a lepra da exclusão; quando se abrem os ouvidos aos indiferentes a qualquer grito de dor; quando se reanimam os que perderam toda a esperança; enfim, os sinais do Messias, estão aí, quando a Boa Nova é anunciada aos pobres! E os pobres são felizes porque o Evangelho os coloca na linha da frente, de todas as nossas prioridades. E estes pobres não são apenas os da rua, os desconhecidos. Estão em nossa casa, na nossa família, e reclamam cuidados intensivos e continuados, atenção e ternura redobradas, mais tempo, menos queixas e a infinita paciência do amor!

Neste sentido, a Boa Nova anuncia-se aos pobres, não tanto com mensagens piedosas ou slogans comerciais, mas com a força dos factos e dos afetos, com a eloquência dos gestos concretos e das obras do amor, que falam por si! “O cristão sabe quando é tempo de falar de Deus e quando é justo não o fazer, deixando falar somente o amor” (Bento XVI, DCE 31). São Francisco advertia aos seus confrades: “Indo, anunciai o Evangelho, com obras. E, só se for preciso, dizei alguma palavra”…

3. Na verdade, o primeiro Evangelho, e às vezes o único Evangelho, que as pessoas leem, é a nossa vida, o nosso testemunho, a alegria de Deus estampada no nosso rosto, a Sua marca de amor, tatuada nas nossas mãos gastas! Mesmo em nossa casa, mesmo aos nossos parentes mais chegados, é urgente anunciar a Boa Nova, com os sinais e as marcas, que o próprio Evangelho grava em nós. E diria mais: o primeiro anúncio do Evangelho, em família, faz-se pela alegria do amor, que aí se vive. Somos chamados a construir uma família, tão bela, que ela mesma se torne uma boa notícia, uma resposta aos sonhos mais profundos das crianças, dos jovens, dos adultos e dos idosos. Porque afinal todos sonham a família. E todos sonham em família: as crianças sonham guardar no coração o amor dos pais; os pais sonham dar azo e asas à felicidade dos filhos; os jovens sonham uma vida bela e feliz, para sempre; os adultos sonham colher os frutos do seu empenho educativo; os anciãos sonham uma família, em que ninguém se sinta só!

4. Nesta terceira semana do Advento, a figura de João Batista, o Mensageiro, que vai à frente, leva-nos a recordar que todos os membros da família são verdadeiros “mensageiros do sonho de Deus”. EDeus continua a enviar-nos mensageiros à nossa casa e a enviar-nos, como mensageiros, à nossa casa. Ele envia-nos anjos, ou envia-nos como anjos, a cada uma das nossas casas, como à de Maria e de José. Deus abençoa-nos, pondo ao nosso lado, ou fazendo de nós mesmos, pessoas de luz, pessoas boas que cuidam umas das outras, com amor.

5. Esta semana, tornemo-nos mensageiros do sonho de Deus. Preparemos cuidadosamente uma mensagem de Natal: pessoal, inspirada no sonho de Deus, na alegria do Natal e do amor em família. Enviemos uma mensagem bonita a quem mais precise de boas notícias. Sobretudo, que esta mensagem seja assinada por um gesto, por uma atitude, por uma obra de amor. Para que se torne realidade o que nos propomos neste tempo: «Com Maria e José, sonhar a alegria do Natal». 

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