Homilia na Vigília Pascal B 2024
Forma mais breve | Vigília Pascal *
1.Hoje exultamos e cantamos todos de alegria, num eterno Aleluia, porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente! O amor foi mais forte do que a morte. A vida triunfou. A tristeza mortal converteu-se em alegria pascal. Cristo está vivo e vive para sempre. Ele faz-nos viver em «cheio» e eternamente. Ele é o Eterno vivente, fonte da nossa alegria para sempre!
2. Diante do caminho pascal, que se abre agora diante de nós, perguntemo-nos: Com que alegria caminharemos? Que faremos das chagas expostas na Cruz? Qual é agora a meta do nosso caminho pascal?
2.1.Com que alegria caminharemos doravante?Com a alegria maior, a alegria daquelas mulheres, em alvoroço, na manhã de Páscoa, ao ver a pedra removida, ao ver o sepulcro aberto e ao escutar a notícia mais que surpreendente da manhã de Páscoa: «Ressuscitou, não está aqui». Elas partiram logo cheias de temor e alegria e a toda a pressa, para levar aos discípulos a inaudita notícia. Sem medo, sem táticas nem oportunismos; só com o desejo de levar a todos a alegria da Páscoa. Nós que fazemos a experiência da alegria, que brota do encontro transformador com Cristo Ressuscitado, não fiquemos a lamber as feridas junto do sepulcro, mas dêmos lugar a Cristo Vivo. Levemo-l’O para a vida de todos os dias: com gestos de paz; com obras de reconciliação, com a ternura da compaixão e, sobretudo, com obras de amor e de fraternidade, que curam as feridas deste mundo tão ensombrado e fechado!
2.2. Que faremos nós das chagas expostas na cruz?Iremos retirá-las? Não. No círio pascal, com o qual acendemos a luz nova da Páscoa, sinalizamos, sob a forma de uma cruz, as cinco chagas do Senhor Ressuscitado, dizendo: “Pelas suas santas e gloriosas chagas nos proteja e guarde o Senhor”. Sim. Nós continuamos a anunciar a Páscoa com a imagem de um Cristo Crucificado. O Corpo glorioso de Cristo Ressuscitado mantém as suas chagas, porque Jesus não se descarta da nossa história de dor e de amor. Ressuscitado, Jesus leva consigo e mostra ao Pai as feridas da Sua e da nossa humanidade. As suas chagas são uma marca, um timbre indelével do seu Amor por nós. Quem sofre uma provação dura, encontrará sempre um refúgio nas santas e gloriosas chagas do Senhor, frestas de esperança!
2.3.Qual é agora a meta do nosso caminho pascal?Já não é apenas Jerusalém, a comunidade, a Igreja, aonde sempre devemos voltar, para que o Senhor Se manifeste no meio de nós. É também e sobretudo a Galileia, onde tudo começou e de onde os discípulos hão de recomeçar e partir de novo. Não para voltar atrás, nem ao antigamente, mas para levar a luz da Páscoa a todos e até aos confins da terra. Tenhamos então a coragem de sair do medo e do escondimento para a missão; libertemo-nos do apego ao passado, do medo do presente e caminhemos rumo ao futuro; aprendamos a percorrer caminhos novos e vamos lá, ali precisamente aonde ninguém quer ir, aos excluídos, aos mal-amados, aos afastados. Vamos lá, aonde é mais difícil ir.
3.Irmãos e irmãs: Vamos com alegria. Desçamos à Galileia. Vamos em contínua visita pascal, até à Galileia, isto é, até às periferias, até às zonas mais escuras e frias da nossa Paróquia e dos nossos ambientes quotidianos. Como é bela uma Igreja que corre assim pelas estradas do mundo! Levemos a todos a luz, o calor, o fogo, a água viva, o pão da esperança, o sangue novo, a alegria da vida nova. Cheguem a toda a parte as graças que brotam das chagas do Redentor, como fontes de alegria e de salvação. Anunciemos com alegria, anunciemos a todos, com uma vida nova, a grande notícia desta noite (e deste dia) de Páscoa: Ressuscitou o Senhor. Aleluia. Aleluia.
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Pode optar-se pela forma mais breve ou mais longa. As duas versões são compatíveis com a celebração da noite ou do domingo de Páscoa. Apresentamos neste guião a forma mais breve. O guião da celebração do Domingo de Páscoa inclui a forma mais longa.