Liturgia e Homilias no VI Domingo Comum C 2022
Destaque

Felizes! Felizes. Felizes. Felizes. É a palavra com que Jesus começa a sua pregação. E é o refrão que Ele repete hoje, por 4 vezes, como se quisesse, antes de mais nada, fixar no nosso coração uma mensagem basilar: se estás com Jesus, se gostas de escutar a sua Palavra, se procuras vivê-la cada dia, és feliz. Não serás feliz, mas és feliz! Aqui está a primeira realidade da vida cristã. Somos, em Jesus Cristo, filhos amados e esperados do Pai. Eis a razão da nossa alegria, uma alegria que nada e ninguém poderá tirar-nos. Aqui e agora, somos felizes porque convidados para o banquete do Reino. Vistamos o traje de festa, o coração simples e pobre, e confessemos ao Senhor a tristeza da nossa pouca alegria!

HOMILIA NO VI DOMINGO COMUM C 2022 – Esquema A

no contexto da Celebração prolongada do Dia Mundial do Doente com Transmissão pelo Facebook

 

1. Escutámos quatro das oito bem-aventuranças! Jesus, numa espécie de selfie, olhando para Si faz o Seu autorretrato e olhando para os seus, felicita-os. Jesus não é um burlão, que engana tolos com papas e bolos, com promessas de ilusão. Jesus não é um cínico, que apresenta a miséria e o sofrimento como coisas invejáveis. Jesus é bem realista. Para ele, os pobres, Aqueles que O seguem, são felizes, não obviamente pela sua indigência ou miséria, mas porque Deus está do seu lado e porque só n’Ele põem a sua confiança. Os que têm fome não são felizes porque um dia – sabe-se lá quando – irão ficar de barriga cheia. Não. Jesus sabe bem que as suas palavras não significam sequer o fim da fome. Mas, por elas, o mundo fica a saber que estes pobres de Cristo são realmente os filhos prediletos de Deus e a sua vida é sagrada! Precisamente aqueles que nós ignoramos, maltratamos ou marginalizamos, os que não têm sequer quem os defenda, são precisamente esses os bem-aventurados, com lugar privilegiado no coração de Deus. E assim o deverão ser no coração da Igreja e no nosso coração.

2. No contexto do 30.º Dia Mundial do Doente – que ontem celebrávamos e hoje prolongamos – permitam-me que destaque aquela bem-aventurança, que vai direta, como uma seta, ao coração dos doentes: Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir (Lc 6,21). Jesus quer felicitar-vos, a vós, queridos doentes. Felicitar-vos, não por causa do vosso sofrimento, que é sempre tão duro de roer. O próprio Jesus sentiu-o na carne, como vós, e continua ainda a sofrê-lo nas chagas do Seu Corpo glorioso, de que sois membros eleitos. Jesus quer felicitar-vos, sim, porque, no meio do sofrimento e daquela dor que vos isola de uma forma absoluta, brotará, por certo, do vosso coração o apelo ao outro, com o seu rosto, para vos ver, escutar e sorrir. Do vosso isolamento nasce a invocação do outro, com as suas mãos bondosas, para cuidar de vós e vos acariciar com ternura. É verdade, que com a doença, o vosso coração – queridos doentes – se sente acabrunhado, cresce o medo, multiplicam-se as dúvidas e agudiza-se a pergunta sobre o sentido de tudo o que está a acontecer-vos – pergunta a que só um Deus, crucificado por Amor, poderá responder. E, por tudo isto, na vossa ferida aberta, abre-se uma brecha de entrada para Deus e para os outros, fonte de consolação e de esperança.

3.Queridos doentes: ao prometer-vos, nesta bem-aventurança, que haveis de rir, Jesus não vos está a dar uma anestesia, para aguentardes a penada, até ao dia, em que vos chamar à Sua presença, mas está a dizer-vos: nenhum sofrimento é inútil; as vossas lágrimas não caem em saco roto, mas são um dom precioso, que traz dentro de si o segredo e a promessa da alegria plena. Haveis de rir quer também dizer, haveis de passar da solidão à consolação, do desespero à esperança, do sofrimento à glória, da deterioração do corpo à sua transfiguração, da sombra da Cruz à luz da Ressurreição. Realmente, viverdes felizes, unidos a Cristo, não significa estardes imunes ao sofrimento e sempre alegres. Significa serdes gente feliz com lágrimas, porque o Senhor está ainda mais perto dos corações atribulados. Não estais sozinhos. Ainda que Ele não intervenha, de imediato e como desejáveis, Ele caminha ao vosso lado e, se permanecerdes do lado d’Ele, o Senhor abrir-vos-á um caminho novo!

4.Hoje pedimos ao Senhor que nunca vos sintais sós, que Ele vos envie sempre um anjo, um bom samaritano, uma pessoa misericordiosa, alguém que se coloque ao vosso lado, num caminho de caridade. E então, sim, serão felizes não apenas os que choram, mas também os misericordiosos como o Pai(Lc 6,36), os que enxugam as lágrimas, para as recolherem com alegria!

HOMILIA NO VI DOMINGO COMUM C 2022 – Esquema B

no contexto da Celebração prolongada do Dia Mundial do Doente sem doentes participantes

 

1. Escutámos quatro das oito bem-aventuranças! Jesus, numa espécie de selfie, olhando para Si faz o Seu autorretrato e olhando para os seus, felicita-os. Jesus não é um burlão, que engana tolos com papas e bolos, com promessas de ilusão. Jesus não é um cínico, que apresenta a miséria e o sofrimento como coisas invejáveis. Jesus é bem realista. Para ele, os pobres, Aqueles que O seguem, são felizes, não obviamente pela sua indigência ou miséria, mas porque Deus está do seu lado e porque só n’Ele põem a sua confiança. Os que têm fome não são felizes porque um dia – sabe-se lá quando – irão ficar de barriga cheia. Não. Jesus sabe bem que as suas palavras não significam sequer o fim da fome. Mas, por elas, o mundo fica a saber que estes pobres de Cristo são realmente os filhos prediletos de Deus e a sua vida é sagrada! Precisamente aqueles que nós ignoramos, maltratamos ou marginalizamos, os que não têm sequer quem os defenda, são precisamente esses os bem-aventurados, com lugar privilegiado no coração de Deus. E assim o deverão ser no coração da Igreja e no nosso coração.

2. No contexto do 30.º Dia Mundial do Doente – que ontem celebrávamos e hoje prolongamos – permitam-me que destaque aquela bem-aventurança, que vai direta, como uma seta, ao coração dos doentes: Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir (Lc 6,21). Jesus quer felicitar os doentes, não por causa do seu sofrimento, que é sempre tão duro de roer. O próprio Jesus sentiu-o na carne, como Servo sofredor, e continua ainda a sofrê-lo nas chagas do Seu Corpo glorioso, de que fazem parte também os membros mais doentes. Jesus quer felicitar os doentes, porque, no meio do sofrimento e daquela dor que os isola de uma forma absoluta, brotará, por certo, do seu coração o apelo ao outro, com o seu rosto, para os ver, escutar e sorrir. Daquele isolamento nascerá a invocação do outro, com as suas mãos bondosas, para cuidar e acariciar com ternura. É verdade, que com a doença, o coração sente-se acabrunhado, cresce o medo, multiplicam-se as dúvidas e agudiza-se a pergunta sobre o sentido de tudo o que está a acontecer – pergunta a que só um Deus, crucificado por Amor, poderá responder. E, por tudo isto, na ferida aberta da dor e da doença, abre-se uma brecha de entrada para Deus e para os outros, da qual brota uma fonte de consolação e de esperança.

3. Ao prometer aos que sofrem, que hão de rir, Jesus não lhes está a dar uma anestesia, para aguentarem a penada, até ao dia, em que os chamar à Sua presença, mas está a dizer-lhes que nenhum sofrimento é inútil, que as suas lágrimas não caem em saco roto, mas são um dom precioso, que traz dentro de si o segredo e a promessa da alegria plena. Haveis de rir, quer também dizer, aos doentes e a todos nós, haveis de passar da solidão à consolação, do desespero à esperança, do sofrimento à glória, da deterioração do corpo à sua transfiguração, da sombra da Cruz à luz da Ressurreição. Realmente, viver felizes, unidos a Cristo, não significa estarmos imunes ao sofrimento e sempre alegres. Significa sermos gente feliz com lágrimas, porque o Senhor está ainda mais perto dos corações atribulados. Nunca estamos sozinhos. Ainda que Ele não intervenha, de imediato e como desejávamos, Ele caminha ao nosso lado e, se permanecermos do lado d’Ele, o Senhor abrir-nos-á um caminho novo!

4.Hoje, todos juntos, pedimos ao Senhor, que os doentes nunca se sintam sós, que Deus lhes envie, através de cada um de nós, um anjo, um bom samaritano, uma pessoa misericordiosa, alguém que se coloque a seu lado, num caminho de caridade. E então, sim, serão felizes não apenas os que choram, mas também os misericordiosos como o Pai (Lc 6,36), os que enxugam as lágrimas, para as recolherem com alegria!

 

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