Newsletter Semanal | 15.1.2021
Olá, bom dia.
Estamos no chamado “Tempo Comum”, socialmente muito «extraordinário», com um novo confinamento. Uma oportunidade para valorizar a família, como Igreja Doméstica, primeiro lugar da missão e da transmissão da fé.
Mesmo sem vídeo “tutorial” segue a proposta de uma Liturgia familiar, em texto, para 10 minutos de oração em família ao domingo ou em outro momento mais conveniente.
Para a celebração deste II Domingo Comum, estão disponíveis os recursos habituais.
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É verdade que temos feito tudo, entre nós, para evitar o risco de contágio na Igreja. A gravidade da situação epidemiológica requer, todavia, o dever de "ficar em casa", o mais possível, sempre que possível.
A deslocação de casa para à Igreja só faz sentido se entendermos a Eucaristia como um bem supremo, essencial, indispensável, e a celebração comunitária como uma fonte de consolação, de ânimo e de esperança em tempos tão difíceis como estes. Que Deus nos livre de uma participação, como moeda de troca para "desconfinar".
Peço que os fiéis ponderem, por amor a Deus e ao próximo, a sua participação presencial na Eucaristia. Nós tudo faremos, para que seja um encontro que revigore as nossas forças para este combate e o nosso cuidado atento de uns pelos outros.
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Para quem não puder, de todo, participar, realize em família algum momento de oração, de liturgia familiar, de bênção da mesa, de partilha de bens, que faça do Domingo o dia do Senhor e o senhor dos dias.
Cuidemos ainda mais uns dos outros
No início do ano, o Papa Francisco, na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2021, propunha-nos «a cultura do cuidado como percurso de paz»; a cultura do cuidado para erradicar a cultura da indiferença, do descarte e do conflito.
Agora que estamos em novo confinamento, não é de mais lembrar o dever que temos de cuidar ainda mais uns dos outros. Verifiquemos se alguém precisa de nós para fazer as compras, para ir ao centro de saúde, para ir à farmácia, para ir votar, para se deslocar ou pagar as despesas de água, luz e telefone. Estejamos atentos, no seio da comunidade, para ver se nos damos conta de alguma ausência persistente e procuremos saber o que se passa com essa pessoa, com essa família: doença, luto, desemprego, isolamento profilático, desânimo, desespero? Procedamos de tal modo que as pessoas que há muito não vemos na comunidade sintam que podem pedir-nos ajuda ou, ainda melhor, que nós oferecemos essa ajuda, antes mesmo de no-la pedirem. Não deixemos ninguém para trás. Criemos uma verdadeira rede de proximidade e interajuda, entre os membros dos grupos paroquiais e da comunidade inteira. Partilhemos as situações e aflições da vida. Telefonemos mais uns aos outros. Comuniquemos mais entre nós. Partilhemos, sem vergonha, dificuldades e disponibilidades. Sejamos uma comunidade fraterna e não um aglomerado de pessoas que se junta para cumprir um preceito ou satisfazer uma necessidade individual. Se todos cuidarmos uns dos outros, quando terminar a pandemia muitos voltarão à vida comunitária, porque alguém se lembrou deles, quando não puderam ou não quiserem vir. Este é o tempo de cuidarmos uns dos outros, de cuidar sempre, de curar, se possível.
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Contem comigo. Conto convosco. Neste combate contamos todos, mas não contamos como números. Contamos com as pessoas, contamos como pessoas.
Vosso
Padre A. Gonçalo
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