Abraça o presente da Páscoa que é Cristo vivo”! E hoje podíamos dizer: “Abraça o presente de Cristo vivo, que é o Espírito Santo, o Dom de Deus”. Chega hoje à sua plenitude o tempo de Páscoa, desde a Ressurreição de Jesus até ao Pentecostes, que hoje celebramos. De facto, o Dom pascal por excelência é o Espírito Santo. O Espírito Santo é Dom. É presente. É oferta. É o Amor do Pai e do Filho, o fruto do amor entre eles, comunicado como Dom de Deus,  àqueles que acreditam.

Da Páscoa à Ascensão quarenta dias vão. E hoje, em vez de lágrimas na partida e na despedida de Jesus, fazemos Festa. Porque Ele parte para ficar e nós ficamos para partir em missão. Jesus, elevado agora aos céus, permanece vivo e presente, por meio do Espírito Santo. Cristo é o presente sempre presente. O seu modo novo de ser e de estar presente, pelo dom e pela ação do Espírito Santo, é uma presença que não limita a nossa liberdade. Pelo contrário, dá-nos espaço e faz-nos protagonistas da missão, na construção do Reino de Deus. Elevado ao céu, Jesus, em vez de ser e de estar presente apenas a uns poucos (de contemporâneos ou de conterrâneos), faz-se próximo de todos, em todos os tempos e latitudes. O Espírito Santo torna Jesus presente em nós, além das barreiras do tempo e do espaço, para fazer de nós testemunhas da verdade no amor.

 

Há pressa no ar, a poucos dias da Jornada Mundial da Juventude! A imagem e a mensagem escolhidas para este grande acontecimento eclesial mostram-nos a pressa de Maria, em visita à Sua prima Isabel, para um encontro que ficará marcado por aquele “abraço ao presente”, com que Deus surpreendeu duas mulheres, com o dom e a graça de uma gravidez. Essa “pressa no ar” e “em terra”, também faz parte do desejo mais íntimo da mulher grávida, enquanto espera a hora grande do parto. Deseja-se-lhe sempre «uma hora pequenina». “Que modo tão lindo de desejar a brevidade de uma dor ou de uma dúvida; apenas um medo suave ou o rangido fácil da janela que se abre à luz” (PE. JOÃO AGUIAR CAMPOS, Cochichos, 81, «Hora pequena», Ed. Diário do Minho, Braga, 2023, p. 56).

Vai longa a Páscoa do Senhor. Este é já o sexto domingo destes cinquenta dias, que são como que um só domingo.Jesus prepara-Se para partir para junto do Pai. Mas não nos deixa órfãos, nem sozinhos. Deus Pai enviou-nos o Seu Filho e agora o Pai e o Filho enviam-nos o Espírito Santo, derramado em nossos corações, para sermos habitados pelo hóspede divino.Não somos, nem estamos órfãos, também por outra razão: porque temos Mãe! Não somos órfãos porque temos Maria, a Mãe de Jesus, que nos foi dada por Ele como Mãe. Eis-nos, pois, no regaço do seu abraço. Que ela nos ajude a sermos cada vez mais dóceis ao Espírito Santo Paráclito, nosso Advogado e Consolador.

Irmãos e irmãs: estamos a celebrar o 5.º domingo da Páscoa, neste 1.º domingo do mês de maio, que é também, em Portugal, o Dia da Mãe. Viemos até aqui, para nos aproximarmos de Cristo, a Pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus. Esta imagem da Pedra Angular, referida a Cristo, também nos recorda a figura de cada mãe, na construção do edifício familiar. Preparemo-nos para esta celebração, pedindo ao Senhor, que nenhuma pedra de tropeço se atravesse no nosso caminho e nos faça cair; pelo contrário, que nos tornemos também nós pedras vivas do Templo do Senhor.

A Páscoa continua, para que tenhamos vida e vida em abundância. Celebramos neste 4.º Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor, o Sexagésimo Dia Mundial de Oração pelas Vocações. A Oração pelas vocações não se reduz à oração pelas vocações sacerdotais ou religiosas, mas destina-se a despertar uma cultura vocacional, em que todos os cristãos se sintam chamados a escutar e a descobrir, a responder e a corresponder... a um projeto original de Deus, cada qual pelo seu caminho. Somos desafiados, este ano, a trocar o instante pelo Eterno, a discernir a voz do Pastor e de outras mil vozes e a segui-l’o, só a Ele, única Porta de entrada e de salvação, com saída para a Vida.

Este é terceiro domingo da Páscoa, como de Páscoa são todos os domingos. E Jesus Ressuscitado continua hoje a vir ao nosso encontro, no primeiro dia da semana – o domingo – para ser a nossa luz na escuridão, a nossa paz no meio dos medos, a nossa companhia em casa e à mesa. Ele oferece-Se-nos como o verdadeiro Pão e Caminho da Vida.

Oito dias depois, no primeiro dia da Semana, cá estamos de novo, reunidos em comunidade, no lugar da Ceia, onde Cristo, de pé, vivo e Ressuscitado, nos preside e nos precede no Seu amor. Neste domingo, que São João Paulo II, instituiu no ano 2000, como Domingo da Divina Misericórdia, queremos abraçar a presença de Cristo Ressuscitado, que derrama sobre nós o seu Espírito Santo e com ele os dons da fé e da alegria, do perdão, da misericórdia e da Paz. Este é também o Domingo in albis, em que os batizados na noite de Páscoa, se apresentam vestidos de branco diante da comunidade. Este é o tempo oportuno para redescobrirmos nós as riquezas do nosso Batismo.

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