Vamos com alegria. Vamos todos a Belém”. Com este propósito, iniciámos e continuamos o caminho, desde o Advento à Festa do Batismo do Senhor. Alegres na esperança, foi a divisa da semana que concluímos. Com este 2.º domingo, o nosso propósito é viver a alegria de dar alegria, num tempo em que o gozo se tornou o nosso primeiro dever. Deixemo-nos tocar pela Palavra de Deus, que nos convida à consolação, à paciência, a um novo início. 

Alegres na esperança, olhamos hoje para a Virgem Maria, Santa e Imaculada, escolhida por Deus para ser a Mãe do Seu Filho. Graças àquele «sim», graças àquele «faça-se» de Maria, Deus refaz, a partir da raiz, tudo o que “não” do nosso pecado, tantas vezes desfaz. Hoje olhamos para Maria, a Virgem Imaculada desde a sua conceção. Maria, como toda a mulher grávida, partilha tudo o que é, vive e sente, com o filho, que gera nas suas entranhas. De Maria, da sua humanidade, nesta gestação, Jesus, o Santo de Deus, só recebe a pureza e a beleza da santidade.

Vamos com alegria. Vamos todos a Belém”.  Este é o convite dos pobres pastores, na noite de Natal. Este é o lema proposto pela nossa Diocese do Porto, para a vivência dos tempos litúrgicos, que vão do Advento até à Festa do Batismo do Senhor. A ideia principal é a de prepararmos e percorrermos juntos este caminho, que nos conduz ao Presépio de Belém, cidade situada na atual Palestina, tão cruelmente dilacerada pela guerra entre Israel e o Hamas. O sentimento dominante, que há de preencher e atravessar os nossos corações é o da alegria do Senhor, cuja raiz e rosto é Jesus Cristo. A imagem de marca é a de um sorriso, que podemos oferecer e provocar naqueles que encontramos todos os dias. Nesta 1.ª semana de Advento, somos desafiados a viver a alegria própria de uma espera: “sede alegres na esperança” (Rm 12,12).  

Há oito dias celebrávamos o Dia Mundial dos Pobres. O domingo anterior pretendia ser uma preparação para esta celebração de Cristo, Rei e Senhor do Universo, cuja coroa de poder é o serviço, deste Rei que se identifica e se revê nos mais pequeninos e pobres. Neste último domingo do ano litúrgico, Jesus faz-nos compreender que o balanço final da mossa vida será feito pela balança do amor. A parábola do juízo final, que vamos escutar, dá-nos já as perguntas do exame final, o protocolo de entrada no Reino, com a certeza de que o amor aos pobres é o nosso passaporte para o Céu. Deixemo-nos, desde já, mover pelo amor de Deus, para que a Sua misericórdia nos converta em irmãos, próximos e cuidadores uns dos outros.

O Ano litúrgico caminha para o fim.  O Senhor veio, virá e vem ao nosso encontro e diante d’Ele somos chamados a prestar contas sobre o que fizemos do muito que d’Ele recebemos. Enquanto esperamos «o dia do Senhor», somos chamados a vigiar, a estar atentos, não com um medo paralisador e preguiçoso, mas com uma fidelidade alegre, criativa e diligente, fazendo render todos os talentos que o Senhor nos confia. Neste domingo, que antecede a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, reunimo-nos ao redor da sua Mesa para voltar a receber d’Ele o dom e o compromisso de viver a pobreza e servir os pobres. Celebramos hoje o 7.º Dia Mundial dos Pobres. O Papa deixa-nos hoje o desafio do velho sábio Tobite ao seu filho Tobias: “Nunca afastes de algum pobre o teu olhar” (Tb 4, 7). À luz da sua Mensagem, façamos o nosso ato penitencial.

 

 

Estamos já na reta final do ano litúrgico. Apagadas as velas, que foram acesas no início de novembro, já se se preparam e acendem, nas ruas e nos centros comerciais as luzes do Natal. Mas a Liturgia ensina-nos a viver o presente, a não queimar etapas, a não esgotar as energias da festa antes do seu tempo. Este é ainda o tempo da espera, da preparação, da luta, da vigilância. E nós aqui estamos para reabastecer a almotolia do nosso coração, a fim de mantermos acesa em nós a luz da fé, da esperança e do amor. E fazemo-lo na conclusão da Semana dos Seminários, pedindo a Deus a sabedoria dos caminhos que nos quer abrir, para que não faltem à Igreja os Pastores que Deus quer, quando quer e como quer.

Deus e o ser humano, o amor a Deus e ao próximo… as duas faces da mesma moeda. Hoje, o título de pai e a imagem da mãe aparecem-nos como as duas faces do rosto paterno e materno de Deus. Deixemo-nos mover e comover pela Palavra e peçamos ao Senhor que nos faça crescer como filhos de Deus e como irmãos em Cristo. Invoquemos o perdão deste Deus Pai, que a todos nos ama com coração de Mãe. 

Alegres na esperança é a proposta que somos chamados a viver, nestes dois dias. Celebrámos, em primeiro lugar, a bem-aventurança dos santos, a feliz condição e a plena realização de Todos os Santos. Exultamos de alegria: a alegria completa, a alegria que é participar da vida nova da ressurreição. Por graça de Deus, os Santos, já alcançaram a meta do Paraíso e querem-nos atrair para aí, para o coração de Deus. Entre “Todos os Santos” estarão muitos que viveram e conviveram connosco: santos de “ao pé da porta”, que foram nossos familiares, amigos, conterrâneos, da nossa idade e profissão. Esta comunhão dos santos e de santos, faz-nos rezar e celebrar a Eucaristia, para apressar e intensificar o caminho de purificação que nos conduz ao Céu. Rezemos juntos, vivos e defuntos, uns com os outros e uns pelos outros. Rezemos pelos que partiram antes de nós, confiantes de que também eles intercedem por nós junto de Deus. É agora o dia e a oportunidade de proclamar a última bem-aventurança: «bem-aventurados os que morrem no Senhor» (Ap 14,13).

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